Notas econômico-financeiras para a imprensa, Setor Externo Junho de 2010

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26.7.2010

I – Balanço de pagamentos – Junho de 2010
O balanço de pagamentos registrou superávit de US$2,4 bilhões em junho.

As transações correntes foram deficitárias em US$5,2 bilhões, acumulando déficit de US$40,9 bilhões nos últimos doze meses, equivalentes a 2,13% do PIB.

A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$7,6 bilhões no mês. Destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros em carteira, US$3 bilhões em junho.

A conta de serviços apresentou déficit de US$2,7 bilhões no mês, 42,3% superior ao registrado em junho de 2009. As despesas líquidas com transportes somaram US$630 milhões, aumento de 40,9% na mesma base de comparação. A conta de viagens internacionais registrou déficit de US$909 milhões, ante despesas líquidas de US$584 milhões em junho do ano anterior, com aumento de 34,2% nos gastos efetuados por brasileiros no exterior e de 3,3% nas despesas de turistas estrangeiros no País. Dentre os demais itens da conta de serviços, no mesmo período comparativo, destacaram-se as elevações nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, 40,8%, computação e informações, 55,1%, e royalties e licenças, 90,9%. Houve declínio nas despesas líquidas com seguros, 55,6%. Os outros serviços registraram ingresso líquido de US$708 milhões, acréscimo de 52,1% na comparação com o ocorrido em junho de 2009.
As remessas líquidas de renda para o exterior totalizaram US$4,8 bilhões no mês, elevação de 37,4% em relação a junho do ano anterior. As saídas líquidas de renda de investimento direto somaram US$3,6 bilhões, ante US$2,1 bilhões no mesmo período comparativo. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira atingiram US$837 milhões, ante US$1,1 bilhão em junho de 2009. No mês, a despesa líquida de renda de outros investimentos somou US$457 milhões, redução de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As despesas líquidas totais de lucros e dividendos atingiram US$4,2 bilhões, crescimento de 37,3% no período comparativo, enquanto aquelas relacionadas a juros somaram US$728 milhões, acréscimo de 32,1%.
As transferências unilaterais acumularam ingressos líquidos de US$144 milhões, recuo de 49,4% na comparação com junho de 2009.
Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$692 milhões, compreendendo US$934 milhões em saídas de investimentos líquidos em participação no capital, e US$242 milhões de retornos líquidos de empréstimos intercompanhias concedidos ao exterior.

Os investimentos estrangeiros diretos somaram ingressos líquidos de US$708 milhões. Os ingressos líquidos em participação no capital de empresas no País, incluídas as conversões em investimentos, atingiram US$1,6 bilhão, enquanto as amortizações líquidas de empréstimos intercompanhias totalizaram US$889 milhões.
Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$3 bilhões no mês. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País e em ações negociadas no País e no exterior registraram ingressos líquidos de US$3,1 bilhões, comparados a US$1,7 bilhão no mês anterior. Os bônus negociados no exterior totalizaram remessas líquidas de US$285 milhões, decorrentes de amortizações de US$215 milhões e ágios de US$70 milhões. Os investimentos em notes e commercial papers apresentaram amortizações líquidas de US$498 milhões no mês, com captações de US$500 milhões e amortizações de US$998 milhões. Os ingressos líquidos em títulos de curto prazo somaram US$715 milhões em junho, comparados a US$102 milhões no mês anterior.
Os outros investimentos brasileiros no exterior resultaram em aplicações líquidas de US$1,5 bilhão em junho, compreendendo concessão líquida de empréstimos de curto prazo, US$4,6 bilhões, e redução de depósitos de bancos brasileiros no exterior, US$6,2 bilhões.
Os outros investimentos estrangeiros no País registraram ingressos líquidos de US$3 bilhões em junho. O crédito comercial de fornecedores registrou desembolsos líquidos de US$187 milhões, constituídos por ingressos líquidos nas operações de curto prazo, US$533 milhões, e amortizações líquidas nos créditos comerciais de longo prazo, US$346 milhões. Os empréstimos aos demais setores apresentaram ingressos líquidos de US$2,9 bilhões, compostos por desembolsos líquidos de organismos, US$1,3 bilhão; compradores, US$1 bilhão; e empréstimos diretos, US$642 milhões; e amortizações líquidas de agências, US$239 milhões no mês. Os empréstimos de curto prazo somaram ingressos líquidos de US$76 milhões.
II – Reservas internacionais
As reservas internacionais somaram US$253 bilhões em junho, com crescimento de US$3,3 bilhões em comparação ao estoque apurado para maio.
No mês, a autoridade monetária comprou liquidamente US$1,9 bilhão no mercado de câmbio à vista. As receitas de juros somaram US$309 milhões, enquanto as demais operações externas, que incluem principalmente as variações de preços e de paridades, elevaram o estoque em mais US$1 bilhão.
III – Dívida externa
A dívida externa total, estimada para junho de 2010, somou US$225 bilhões, elevando-se US$6,8 bilhões em relação à posição estimada para o mês anterior. No mesmo período, a dívida de longo prazo totalizou US$183 bilhões, aumento de US$2 bilhões, enquanto a dívida de curto prazo, US$42,2 bilhões, cresceu US$4,8 bilhões.
Os principais fluxos que afetaram o estoque da dívida externa de longo prazo foram ingressos líquidos de organismos internacionais, US$1,3 bilhão; Buyers, US$1 bilhão; e saídas líquidas de Notes, US$498 milhões. Contribuiu ainda para o resultado, a variação estimada por paridade, com aumento de US$367 milhões.
Quanto à dívida externa de curto prazo, o acréscimo de US$4,8 bilhões deveu-se ao aumento das obrigações em moedas estrangeiras dos bancos comerciais, US$2,8 bilhões, e a empréstimos diretos, US$2 bilhões…….

Redação

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