O Banco Central, alegria dos rentistas

Nassif

Festa para banqueiros e rentistas: SELIC maior 0,5%. Dessa vez o BACEN foi “bonzinho” e só vai transferir uns 6 bi para eles. Sem viés.

Reconheceram que pesaram na mão e que o  superaquecimento previsto era só uma lufada quente.

A propósito, parece que o nosso Banco Central atravessa uma fase equivalente a meno-pausa, onde, dizem, há ondas de calor intermitentes.

Só que a conta do tratamento cai nas costas do setor produtivo e implica em possível redução no nível já reduzido de investimentos em FBCF(hoje por volta de 16,9%).

Sem falar no impacto no saldo das transações correntes em nosso BP.

Quem vai domar esse touro pelos chifres? Como confio, e até aposto, que a Dilma Rouseff será a nova Presidenta, precisamos ouvir dela algo a respeito. Enterrar a cabeça na areia tal qual avestruz não pega bem.

Com todo o respeito, como já escrevera antes aqui,  nosso Bacen há muito largou as perspectivas técnicas e deu lugar a paranóia quanto a hiperavaliação da causa-inflação, como a fixação na única espécie de remédio – taxa de juros.

Por que não executar a PM por outros instrumentos, a exemplo da redução no ritmo de crescimento do crédito através do aumento do compulsório e diminuição de prazos?

Deu no Estado de São Paulo: 21/10/2010Copom eleva Selic em 0,50 ponto porcentual, para 10,75% ao ano

É a terceira alta consecutiva dos juros básicos pelo BC

Economia & Negócios, com Agência Estado  

SÃO PAULO – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 21, pela elevação da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual. Com a alta, os juros básicos no País passam a 10,75% ao ano. É a terceira alta consecutiva da Selic desde o início do novo aperto monetário, no final de abril deste ano.

Na última reunião do Copom, no início de junho, o comitê decidiu pelo aumento da taxa básica em 0,75 ponto porcentual. Foi a segunda alta consecutiva da Selic, depois de um período de nove meses seguidos de juros estáveis. Nesta segunda-feira, o relatório Focus, do BC, reduziu sua expectativa para a inflação neste ano, de 5,45% para 5,42%, patamar ainda acima do centro da meta do governo.

Já a previsão para a Selic ao final de 2010 permaneceu em 12% ao ano e 11,75% ao ano para 2011. Sobre a reunião do Copom desta quarta-feira, o mercado financeiro, de acordo com a Focus, esperava uma alta de 0,75 ponto porcentual.

A decisão de hoje (a quinta reunião do Copom deste ano) surpreendeu a maior parte dos analistas financeiros. De acordo com sondagem da Agência Estado feita com 64 instituições financeiras, 56 esperavam a elevação da Selic para 11%; apenas oito instituições previam um ajuste de 0,5 ponto porcentual no juro, para 10,75% ao ano.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 31 de agosto e 1º de setembro. A ata da reunião de hoje será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 28.

Veja a íntegra do comunicado:

“Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,75% a.a., sem viés. Considerando o processo de redução de riscos para o cenário inflacionário que se configura desde a última reunião do Copom, e que se deve à evolução recente de fatores domésticos e externos, o Comitê entende que a decisão irá contribuir para intensificar esse processo”

 

Luis Nassif

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