O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,19% em junho de 2010

22 de junho de 2010

…Vindo da alta de 1,00%, registrada no mês de maio, para uma queda de 0,42% em junho, o grupo alimentação e bebidas constituiu-se no responsável pela forte desaceleração do IPCA-15 de um mês para o outro….

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IPCA-15 de junho fica em 0,19, e IPCA-E fecha o semestre em 3,35%

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,19% em junho, taxa inferior à de maio (0,63%).

Com esse resultado, a variação do IPCA-E (acumulado do IPCA-15) ficou em 1,30% no segundo trimestre deste ano, pouco abaixo do segundo trimestre de 2009 (1,33%), e fechou o primeiro semestre de 2010 com 3,35%, resultado superior ao de igual período do ano anterior (2,49%). Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 5,06%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (5,26%). Em junho de 2009, o IPCA-15 havia sido 0,38 %.

Vindo da alta de 1,00%, registrada no mês de maio, para uma queda de 0,42% em junho, o grupo alimentação e bebidas constituiu-se no responsável pela forte desaceleração do IPCA-15 de um mês para o outro. Excetuando-se apenas as regiões metropolitanas de Recife e Belém, onde os alimentos mostraram relativa estabilidade (0,04% e 0,01%, respectivamente), nas demais áreas os preços estiveram em queda, chegando a -0,87% em Belo Horizonte.

Alguns alimentos ficaram bem mais baratos, como tomate (de -11,08% em maio para -16,30% em junho), batata inglesa (de 17,83% para -11,06%), açúcar cristal (de -2,71% para -11,76%) e refinado (de -0,22% para -9,49%). Além disso, o feijão carioca (de 31,75% em maio para 6,66% em junho) e outros feijões subiram bem menos. Entretanto, mesmo com os alimentos em queda, o item refeição fora teve aumento de 0,95% em junho, repetindo a variação registrada em maio, e ficou com a maior contribuição no mês: 0,04 ponto percentual.

Conforme mostra a tabela a seguir, não só o grupo dos alimentos desacelerou de um maio para junho.

Apenas os artigos de residência (de 0,03% em maio para 0,73% em junho), com destaque para eletrodomésticos (de 0,73% para 0,98%) e mobiliário (de -0,23% para 0,91%), e o grupo das despesas pessoais (de 0,58% para 0,61%) apresentaram resultados superiores aos de maio. O item cigarro, com variação de 1,88%, em razão de reajuste de preços nas marcas de um dos fabricantes, foi destaque nas despesas pessoais.

Com isso, o agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,37% em junho, abaixo dos 0,52% de maio.

O litro do etanol (de -2,87% para -7,59%) ficou ainda mais barato, influenciando os preços da gasolina (de 0,45% para -0,69%). Outros produtos e serviços também apresentaram menor ritmo de crescimento de maio para junho, a exemplo dos remédios (de 2,14% para 0,84%) e dos salários dos empregados domésticos (de 1,12% para 0,58%).

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Brasília e Salvador, ambas com 0,41%. Em Brasília, sobressaíram as passagens aéreas, cuja alta de 13,44% levou à contribuição de 0,16 ponto percentual na área. Em Salvador, aumentos na energia elétrica (2,38%) e na taxa de água e esgoto (3,83%), com 0,06 ponto percentual cada, geraram contribuição de 0,12 ponto percentual. O menor índice regional foi registrado na região metropolitana de Porto Alegre (-0,04%), destacando-se a queda de 0,72% nos preços dos alimentos.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de maio a 14 de junho e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 13 de maio. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.

 


Redação

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