O Iraque e o livre mercado

Olha o que dá tentar implantar modelos de livre mercado onde não existe uma economia madura e instituições adequadas:

Do Boletim do PNUD:

“A adoção de medidas voltadas à transformação da economia iraquiana para o modelo de livre mercado aumentou os níveis de pobreza no país. É o que indicam os dados preliminares de um estudo que está sendo elaborado pelo principal órgão estatístico do governo iraquiano com o apoio do PNUD. Os primeiros resultados do levantamento sugerem que a redução dos subsídios e a eliminação dos instrumentos de intervenção estatal agravaram o grau de privação no Iraque e que hoje aproximadamente um terço da população é pobre”.

Leia a íntegra aqui.

Luis Nassif

13 Comentários

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  1. Concordo com você. O que está
    Concordo com você. O que está acontecendo no Iraque é espelho do que acontece no Brasil! Aqui, o que sempre faltou foi intervenção estatal.

  2. Imagino que, respeitadas as
    Imagino que, respeitadas as diferenças, foi isso que aconteceu também na transição comunismo-capitalismo no leste europeu nos anos 1990.

  3. Nassif, não se trata de
    Nassif, não se trata de “maturidade” somente. Se não cairemos na idéia de que o “livre mercado” é um ponto no futuro a ser conquistado, um bem em si mesmo.

    É o tal do evolucionismo bobo que só sustenta a retórica dos grandes para garantir suas posses (os mesmos que lançam mão de medidas protecionistas nas disputas internacionais).

    Portanto, nem todo o mercado é tão livre assim. A tendência do capitalismo é a monopolização ou olipolização (onde há livre mercado no setor de cervejas no Brasil?????); segundo que há questões culturais fortes a serem consideradas (o Japão cresceu pelo livre mercado ou por uma conjugação de iniciativas de estado e grandes empresas familiares, tipo a Mitsubishi?), e principalmente, terceiro, porque o mercado não consegue promover a resolução dos problemas básicos: como saúde e educação em massa.

    Você pode pensar que o quase-livre mercado dos países desenvolvidos gerou muita riqueza. Mas não há notícia de que tenha contribuído para extinguir pobreza: o que eu chamaria de síndrome de Nova Orleans…

    Obs. A terra do jazz não merecia esta denominação, mas o caso é sério demais.

  4. Ora, Nassif, deixe de
    Ora, Nassif, deixe de implicância com o livre-mercado! Parece coisa de pitecantropo nacional-protecionista! Quem manda o Iraque não ser maduro nem ter instituições adequadas? Bem feito! Tem mais é que desaparecer do mapa mesmo! Fiat liber mercatus, pereat mundus!

  5. Ou seja, Sadan era um
    Ou seja, Sadan era um bandido, monstro e tudo mais, mas o povo era feliz e não sabia. Ou pelo menos os que sobreviveram.
    Mas só os EUA ainda pensam em liberdade total de mercado. Querem impingir ao restante do mundo um padrão que somente eles conseguiram (e a custa do empobrecimento do restante do mundo). Sem a participação do Estado, o povo fica a sua própria (falta) de sorte perante abusca incessante pelo lucro.
    Nestes pontos é que alguns ditadores levam as massas a pensarem serem eles os melhores, mas é que, as vezes, somente estes é que ainda intervém e redistribuem (os motivos obscuros é outro fato). Democracia sem Estado atento é população empobrecida e com tendência de miserabilidade.

  6. Sob o pretexto de criar o
    Sob o pretexto de criar o ESTADO FORTE criamos o ESTADO OBESO, visto que este não tem competência nem para garantir o mínimo: Saúde, Educação e Segurança. No campo econômico, o ESTADO deve ser o regulador das atividades, sem dela participar, garantindo igualdade de direitos e oportunidades, definindo políticas que previlegiem a livre iniciativa, que é quem gera o PIB, SALÁRIOS E IMPOSTOS. Aliás o setor público é o que deve mudar, aprendendo com a iniciativa privada valores como TRABALHO, GESTÃO, COMPETÊNCIA. Num país onde o capital-especulativo rende mais do que a atividade produtiva NÃO PODE CRESCER! Esta é a herença maldita que empobrece o país!

  7. Os métodos de gestão do
    Os métodos de gestão do privado não podem ser aplicados automaticamente ao Estado. O privado busca o lucro e mede seus resultados pelo dito lucro. O Estado viabilisa o lucro, por exemplo, criando estradas, infra-estrutura, etc… São entidades intrinsicamente diferentes.

  8. Ao Sr. J.Heredia

    Concordaria
    Ao Sr. J.Heredia

    Concordaria com o senhor, se no Brasil a carga tributária não fosse de 40% do PIB, e deste montante, 80% são gastos com pessoal, mais um tanto para o custeio da “máquina” e do superávit primário (que depois dos juros viram UM BAITA DÉFICIT). Ou seja : menos de 2% da arrecadação volta como investimento e os serviços prestados pelo ESTADO são de péssima qualidade! Concordaria com o sr. se o ESTADO brasileiro existisse em prol da sociedade, e não ao contrário como acontece hoje!

    Infelizmente, grande parte dos funcionários públicos de hoje não ficariam 1 semana empregados em uma empresa privada! Continuamos vivendo a mesma situação de políticos que falam uma coisa e fazem exatamente o inverso! Sobra NEPOTISMO, CORPORATIVISMO, CORRUPÇÃO, INCOMPETENCIA e o pior: CONIVENCIA DE MUITOS!

    Acho sim que o ESTADO tem que ser reconstruido A PARTIR DO ZERO, e aprender muito com a iniciativa privada!

  9. Mais um exemplo do que os EUA
    Mais um exemplo do que os EUA desejam com seu “Projeto para um Novo Século Americano” (norte-americano…)
    Privações para o povo do Iraque é um mero detalhe. O importante é mais uma vitória do complexo industrial-militar norte-americano, da globalização, do neoliberalismo, enfim, mais uma vitória da agenda que pretende garantir o Império cada vez mais rico e poderoso, enquanto aos demais… pobreza, miséria, completa submissão e subdesenvolvimento. Maldito seja Bush e os pscicopatas da Nova Ordem Mundial.

    Agradeço muito ao Gil pela caminho ao Chossudovsky.

  10. Mercado livre ? he he he he
    Mercado livre ? he he he he he !!!!
    Como é bom ser Americano……..do norte!
    Nassif, a grande competencia ainda continua a mesma dos primórdios do mundo, ou seja : na ponta da baioneta.

  11. Não se implanta livre mercado
    Não se implanta livre mercado em países com muita assimetria dos níveis educacionais e com concentração do poder econômico. Quando se libera mais, pau nos pobres, é inevitável. Só pode haver liberalismo com menos desnível entre fortes e fracos. Nenhum país vira Suécia por decreto. Mas a democracia liberal sempre deve ser uma meta, a meu ver. Só que até chegar lá passamos por períodos com maior participação do estado. Só não entendi porque alguém abaixo escreveu que os americanos ficaram ricos nos fazendo pobres. Como isto se deu?

  12. Concordo em genero número e
    Concordo em genero número e grau como o anônimo, o que falta no Brasil é a intervenção do estado. Tem muita gente por aí que fazem as leis no Brasil a seu bel prazer.
    Financeiramente nem se fala esses juros que não baixam é justamente pra manter uma elite que vive as custas de papeis do tesouro nacional.
    Se fosse o presidente eu experimentaria abaixar os juros drasticamente, só pra ver no que daria.
    Experimenta!!!!!!!!!

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