O perigo não é Cunha: é Tombini

O perigo não tem a face adunca e sibilina de Eduardo Cunha. O perigo mora ao lado e tem a cara bonachona de Alexandre Tombini, o presidente do Banco Central.

Vamos supor que o Congresso aprove o pacote fiscal de Dilma Rousseff, a base de apoio seja recomposta e os defensores do impeachment se acalmem.

Neste momento, a economia está rodando a quase -3%. Na melhor das hipóteses, o Banco Central manterá a Selic em 14,5%. Na pior das hipóteses, aumentará mais ainda. Segundo Alexandre Tombini, presidente do BC, em hipótese alguma o banco abandonará o objetivo de trazer a inflação para a meta ainda em 2016.

Ajuste fiscal, trancamento do crédito e taxa de juros em níveis especiais derrubarão mais ainda o PIB em 2016. No acumulado, há a possibilidade de queda do PIB de 5 a 6% em dois anos, derrubando mais que proporcionalmente as receitas fiscais.

Uma pequena operação aritmética – receita caindo 5% em dois anos, dívida aumentando 20% ao ano – é suficiente para saber que nada salvará o país do rebaixamento das agências de risco. E será o menor dos problemas que o governo enfrentará.

O perigo mora ao lado, no Banco Central, que adquiriu vida própria. A presidente não ousa chegar perto. E o Ministro da Fazenda Joaquim Levy está preso a um receituário ideológico. Ora, o que caracteriza os grandes Ministros da Fazenda é o pragmatismo, a capacidade de analisar os fatos e projetar os resultados. É mais que evidente, é de uma obviedade assustadora e não há teoria que possa endossar, essa combinação de ajuste fiscal e política monetária extraordinariamente restritiva em uma quadra recessiva.

O governo não tem cacife político para segurar esse baque. Se tivesse, perderia porque a conta final não fecharia.

Ou seja, essa combinação é politicamente desastrosa, economicamente ruinosa e financeiramente inviável.

Luis Nassif

60 Comentários

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  1. São os “economistas de

    São os “economistas de cartilha” incapazes de ver contextos e nuances, , aplicam sempre o mesmo diagnostico para problemas diferentes, a mesma receita velha para doenças novas,  não veem o muro onde o trem vai bater, não saem da trilha que aprenderam em alguma escola fria do hemisferio norte, fogem como o diabo da cruz de qualquer ideia nova ou visão flexivel, não sabem estabelecer prioridades, ver o bem maior e o mal menor ao mesmo tempo.

    No Cemitério da Consolação quando bate a meia noite não tem inflação, só tem tumbas e mortos. É o paraiso do BC.

    Como diz o Alexandre Schwartsman, Tombini “vai entregar” a meta em 2016, entrega a meta e o Pais em ruinas.

    1. E ……………………….

      Sem meias palavras é o que irá acontecer, para desespero de todos nós mortais que, vitimas da Banca, tal qual a Grecia, iremos nos chafurdar em eloquentes discursos academicos e politicos !!!!!!!!!!

  2. O que Lula e Dilma não fizeram

    1. dezembro/2006 – Lula chama o Meirelles para uma conversa, agradece profundamente os serviços prestados e, como recompensa, pede que o Meirelles, vaidoso que só, escolha uma embaixada, pode até ser no circuito Elizabeth Arden: Paris, Londres, Roma ou Nova Iorque. O enfrentamento da crise de 2008 seria bem diferente;

    2. dezembro/2014 – idem com o Tombini. Cadê coragem?

    1. Foi aí que tudo começou,

      Foi aí que tudo começou, 2006, pós escândalo do Mensalão, já sem Palocci, Lula abre os cofres, como de praxe em todo ano de reeleição, Mantega começa a “flexibilizar” as metas do tripe macroeconômico, a cereja do bolo é este enquadramento ao Meirelles, retirando sua autonomia. Daí por diante o crescimento das despesas x receitas é vegetativo ano a ano, inchaço da maquina pública, mais cargos mais ministérios, benefícios e subsidios a revelia que levou a um crescimento não sustentável, que levou ao terrível resultado fiscal atual, que nos leva à uma crise sem precedentes ainda sem ano pra acabar.

       

  3. Dilma poderia mudar

    Já que a taxa SELIC é decidida pelo COPOM, e dele faz parte a diretoria colegiada do BC, diretoria essa que  é de livre nomeação pelo presidente da república, após aprovação do Senado Federal, Dilma poderia mandar Tombini e sua turma se mandar do BC e nomear alguém que não pense somente em usar o governo para dar lucro aos bancos.

  4. Disse tudo, Nassif. Já passou

    Disse tudo, Nassif. Já passou da hora de Dilma dar um tombo no Tombini. Aliás, como tenho sugerido desde o início do ano, Dilma já deveria ter demitido toda a equipe econômica (Tombini, Levy e Nelson Barbosa). E digo isso sem nenhuma precipitação ou paixão; a razão é que recomenda isso. Quem elegeu Dilma não foi o ‘deus mercado”, os liberais ou neoliberais e muito menos os golpistas fascistóides. Dilma foi reconduzida ao Planalto justamente pelas classes trabalhadoras e por intelectuais e pensadores que não mudaram de barco e de lado. Reeleita, ela deve governar para todos, mas sobretudo para os que nela confiaram o voto. E Dilma tem feito exatamente o oposto disso. As críticas que você faz são pertinentes.

  5. Se juros nas alturas, por si

    Se juros nas alturas, por si só,  resolvessem o problema da inflação alta, no governo FHC a inflação não teria batido os 12%, com a SELIC que chegou a 46%. Burro o Tombini não é,  mas tudo indica que ele está levando algum dos banqueiros. Tendo a dar razão à oposição: Dilma perdeu as rédeas do governo, com cada pseudosubordinado fazendo o que lhe convém em detrimento da nação. 

  6. Eu só queria que alguém que é

    Eu só queria que alguém que é do ramo, por favor, me explicasse qual a função desse tal “boletim focus” e o porquê de sua composição ser do jeito que é.

  7. A dona da chave do Banco

    A dona da chave do Banco Central atualmente é a senhora presidente Dilma. Tombini é seu subordinado, assim como Levy, Mercadante, José Cardoso. É a presidente quem nomeia e quem demite. Não me parece que ela está insatisfeita com essas pessoas.

    Fico me perguntando: Quem em sã conciência (quem tem dinheiro, claro) vai colocar dinheiro na produção (correr riscos) de alguma neste país com juros de 14,75% a.a.?

    Outra pergunta que me faço sempre: Votei no Zé Cardoso, Tombini?

    É desanimador o que acontece atualmente neste país. 

    1. Djalma quem patrocinou as

      Djalma quem patrocinou as capas da Época e Veja da inflação do tomate na véspera da última reunião do COPOM para pressionar o Tombini a subir a SELIC? e depois canalhamente eles dizem que os juros estão altos.

  8. Esperavam o quê? Que o

    Esperavam o quê? Que o presidente do BC dissesse que não vai buscar o centro da meta?

    Ele não afirmou que a economia será engessada.Como tudo,a economia também poderá ser ajustada e,buscar,não significa que será alcançada,é uma meta.Seria melhor se ele dissesse que buscaria uma meta de 10?

    Parece que está faltando sensibilidade, não política,mas com o país. Muitos,mesmo os que dizem combater o golpismo fascista/midiático,já estão,na verdade,se posicionando de forma a auferir algum proveito no futuro.

    A conta será alta. A história,com H,não permitirá que os lobos fiquem eternamente com suas peles de cordeiro.

  9. O Banco Central não tem autonomia

    O BC e o seu presidente são meros carimbadores do BIS.

    Hoje sua função principal é criar uma falsa escassez de dinheiro para que os juros continuem pornográficos.

    Conta com o auxílio inestimável e imprecindível de seus pares no estrangeiro para perpretar esta farsa.

    Tempo de dois dinheiros, onde um, barato não é bom para o Brasil. Vai entender rsrsrsrsrsrs…..

  10. Essa “solução” de baixar os

    Essa “solução” de baixar os juros na marra já foi tentada e não deu certo.

    Se os juros estão a 14,25% é porque a inflação do ano corrente está perto de 9,5% e as expectativas dos 12 meses à frente já chega a algo acima de 6,5%. A inflação é um problema que afeta a todos, EM ESPECIAL OS MAIS POBRES, que dela não têm como se proteger.

    Se nossos juros baixarem “na marrar” como quer o Luis Nassif, o dólar imediatamente vai além dos R$ 4,00  e, por consequente, a inflação dispara para acima de 10%, o que obrigaria a subir os juros novamente, com mais força. A Economia é feita de “vazos comunicantes”  e não “Estanques”.

    Tenho certeza que o Luis Nassif sabe dessas coisas, porém “apenas imagino” porque continua a propalar essas ideias  de “culpar o termometro” pela febre.

    Por favor, é apenas uma análise e um ponto de vista da situação. Não sou dono da verdade e não estou atacando ou defendendo ninguém aqui.

  11. O grande problema foi o dólar

    O grande problema foi o dólar barato nesses anos todos (principalmente no governo Lula).

    Com o fim do boom das commodities acaba também a farra da desvalorização cambial.

    Só que o dólar encarecendo faz a inflação subir. Pra evitar as 2 coisas,  só resta ao governo aumentar os juros.

    Tudo isso porque nossa indústria manufatureira foi sucateada nesses anos todos com a farra cambial.

    Enquanto a indústria não se recupera o jeito é ir segurando o dólar atráves de juros. Ou é isso ou o dólar sobe mais rápido e inflação dispara.

    Óbvio que o juro alto  reduz o apetite  da indústria no investimento, mas muitas estão funcionando abaixo do potencial.

    A tendência no médio prazo é normalizar a produção, inflação cair e ai sim os juros começarem a baixar…..

     

     

    1. Me diz uma coisa

      Como era possivel aumentar o dolar, com os trilhões…

      Assim como agora, o aumento do dolar não dependeu e nem dependerá do nosso governo.  

      1. Todos os países controlam o

        Todos os países controlam o valor de sua moeda.

        A China fez isso e muito bem, mesmo com o enorme superávit comercial.

        Vão dizer que elea fez isso porque tem poupança interna. Mas existem outroas estratégias.

        Essa coisa de câmbio flutuante é muito bom para  especuladores.

        Dilma está carregando todo o peso da política econômica equivocada do Lula, embora é  difícil

        um político não se deixar levar pelo oba-oba quando a economia mundial vai de vento em popa.

         

        1. Concordo com a parte do

          Concordo com a parte do câmbio, mas… “Vento em popa”?!

          De 2008 pra cá o mundo vem atravessando a maior crise dos últimos 80 anos! Agora que ela bateu aqui por causa dessa chacrinha política…

  12. Mas fiquemos tranquilos. Este

    Mas fiquemos tranquilos. Este é apenas um investimento que os diretores do BC estão fazendo em seu futuro.

    Logo eles serão recompensados, saindo do BC e indo para o mercado financeiro ganhar horrores de dinheiro – uma pequena recompensa pelo “belo” trabalho realizado.

  13. Eh a coisa mais errada no

    Eh a coisa mais errada no Brasil ha muito tempo.

    No mundo todo a ferramenta basica eh a politica monetaria. A fiscal eh pra ultimo caso, haja vista q eh menos eficiente e pode gerar concentracao dr renda.

    Aki, a politica monetaria sempre eh bliqueada.

    O executivo que se vire com a politica fiscal.

    E as restricoes sao grandes, haja vista LRF.

    Assim nao tem saida.

  14. a ruína perfeita

    No início do Plano Real, para domar a hiperinflação, foi adotada uma política de juros estratosféricos e de moeda nacional valorizada na marra. Na época, o ministro da economia de Israel esteve no Brasil e advertiu: essa é certamente uma política emergencial de curto prazo, pois nenhum país é capaz de sustentá-la por longo tempo. A política já durou duas décadas, arruinou a indústria brasileira, impediu investimentos em infraestrura e dispêndios em educação e saúde, quebrou todos os estados e aumentou enormemente a dívida pública. 

    1. E tem gente que ainda se gaba

      E tem gente que ainda se gaba de ter “estabilizado” a economia, e outros tantos que os idolatram por causa de um celular!

      .. E ainda criticam quem lancha um sanduíche de mortadela… Chique, né?

      Enfiaram o país numa armadilha (âncora, na novilingua deles) cambial e posam de “sábios” e “salvadores”.

  15. O perigo não é Tombini: é Dilma

    Não culpe os imbecis, mas quem os coloca em posições com responsabilidades acima de suas capacidades e insiste em mantê-los lá por teimosia burra. Cardoso, Mercadante, Levy e Tombini foram escolhidos e são mantidos por ELA.

  16. Falta um debate sério sobre o ciclo de aumento na taxa de juros

    FAZ FALTA UM DEBATE SÉRIO SOBRE TAXA DE JUROS – Seria muito interessante, eu diria que fundamental, que a esquerda fizesse um debate sério e sem estereótipos sobre a taxa de juros no Brasil.

    Entre outubro de 2012 e abril de 2013 a taxa de juros da Selic atingiu o piso histórico, situando-se em 7,25% ao ano.

    De abril de 2013 até julho de 2015 (02 anos e 03 meses) houve um ciclo de alta na taxa de juros, que aumentou de 7,25% para os atuais 14,25% ao ano (quase o dobro).

    Alguém que pensa que a taxa de juros aumentou por causa de Joaquim Levy ou da mudança na política econômica em 2015, com todo o respeito, mas não entendeu ainda que esse processo de alta vem lá do ano de 2013.

    O aumento de 2,5% na taxa de juros em 2015, passando de 11,75% ao ano para 14,25% ao ano (menor do que o aumento havido entre abril de 2013 e dezembro de 2014), é mera continuação de um ciclo anterior.

    É inegável que em plena vigência da política econômica anticíclica, que durou até o fim de 2014, iniciou o ciclo de alta na taxa de juros.

    É também inegável que os aumentos havidos em 2015 foram mera continuação do ciclo iniciado em abril de 2013.

    Que tal se a esquerda se despisse de seus preconceitos e debatesse com seriedade sobre esse tema e sobre as causas fundamentais deste ciclo de aumento na taxa de juros, iniciado em abril de 2013?

    Ficar falando fora Levy o dia inteiro não vai resolver essa questão até porque, como vimos, o ciclo iniciou e veio forte lá atrás, em 2013, e não em 2015 que foi mera continuação desse ciclo. 

    1. Diogo, eu já li este teu

      Diogo, eu já li este teu comentário. O problema é que está se adotando uma política de juros altos que só funciona (mal e apenas parcialmente) quando se tem economia aquecida e inflação provocada por demanda. A economia brasileira está em retração, com queda acentuada nas receitas, não há demanda. Os juros altos desestimulam o investimento produtivo, retraem ainda mais a demanda e estimulam a especulação financeira. O diagnóstico e o receituário estão errados. Não se pode comparar  o momento atual com o período 2008-2012. A conjuntura econômica internacional também é outra. Essas velhas fórmulas da ortodoxia e seus ‘remédios amargos’ estão matando o paciente Brasil.

      1. .

        Eu não defendo a política monetária atual. 

        O meu ponto na discussão é o de dizer que esse aperto na política monetária nada tem a ver com a mudança na política econômica deste segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.

        Este ciclo de alta começou em plena vigência da política econômica anticíclica anterior, em abril de 2013. Ou seja, debitar o aperto na política monetária aos ”erros” do segundo mandato de Dilma é um rotundo equívoco. 

        A esquerda precisa urgentemente debater com a maior seriedade do mundo sobre as causas da inflação no Brasil e sobre a política monetária e sobre a política fiscal e sobre as políticas econômicas pró ou anticíclicas que tivemos nos últimos anos. 

        Não adianta ficar nessa de imaginar que antes de 2015 os resultados das políticas fiscal e monetária eram um paraíso e que a partir deste ano tudo virou um lixo. Essa é uma avaliação equivocada que foca somente nos resultados estanques e não nas trajetórias dos diversos índices econômicos do país. 

        Resumindo, eu gostaria de debater melhor sobre isso, sem estereótipos alguns. 

    2. Diogo,
      Acho que sua análise

      Diogo,

      Acho que sua análise deve ir um pouco além da comparação entre Selic e IPCA (14,25 menos 9,? ).

      Verifique os valores oficiais publicados pelo BC referente aos juros pagos pelo setor público, como porcentagem do PIB. Verificará que a porcentagem aumentou muito em 2014 e 2015 (não tenho no momento os dados corretos). São esses juros que impactam no aumento da dívida pública.

  17. O que esperar do ajuste fiscal

    A rápida deterioração da situação fiscal em 2014, cujo principal indicador é a relação dívida pública/PIB, foi considerada uma das principais causas das incertezas dos investidores em relação à política econômica do governo, tendo como consequência a queda dos investimentos e da atividade econômica.

    Surgiu então o consenso de que o governo precisava fazer um forte ajuste fiscal, garantindo um superávit primário de 1,2% em 2015, para estabilizar a dívida pública e recuperar a confiança dos investidores.

    Quando começou o ajuste, no início de 2015, a dívida pública estava em  58,9% do PIB.

    Estima-se que em 2017, no fim do ajuste e início da recuperação da economia, a dívida bruta estará em 72,2% do PIB. Neste período de ajuste, teremos adicionados 13,3 pontos percentuais à dívida pública.

    Esses 13,3 pontos percentuais foram adicionados principalmente pelo aumento de juros, no período 2015-2017. Os juros aumentaram de uma média de 13,8% da receita, no triênio 2012-2014, para estimados 20,8% no triênio 2015-2017.

    Minha conclusão é que, em termos estritamente fiscais, estaremos numa situação muito pior em 2017, no fim do ajuste fiscal, do que no início, em 2015. (Alem da perda de centena de milhares de empregos formais).

    O que levanta a questão: para que servirá o ajuste fiscal? A quem terá beneficiado?

    Evidentemente, aos rentistas, que abocanharão mais 7 pontos percentuais da receita do governo 20,8% – 13,8%). (Infelizmente não serão os pequenos rentistas os beneficiados, serão os bancos).

     

  18. Claro

    Mais claro do que a luz do meio dia. com o sol a pino, durante o verão, nas cidades mais ensolaradas daqui do nordeste. Ou, como diria Nelson Rodrigues, o óvio ululante. E se trata também  de desvio de recursos públicos para terceiros. Muitas vezes pior, em valor, dos que os escândalos de corrupção seletiva, tão a gosto da oposição, da mídia e da multidão de “midiotas”. Segundo os dicionários e a legislação, p e c u l a t o. Só Dilma não vê. Não vê mesmo?…

  19. AO MEU VER A RESPOSTA

    AO MEU VER A RESPOSTA É:

    REDUZIR A SELIC A “0” E AUMENTAR O COMPULSÓRIO DOS BANCOS PARA 100 %.

    ASSIM O GOVERNO NÃO TERIA QUE PAGAR OS JUROS DA DÍVIDA COMO VEM PAGANDO E OS BANCOS NÃO TERIAM COMO EMPRESTAR MAIS DINHEIRO…..

    RESOLVIDO !

      1. Essa é a intenção !
        Não é

        Essa é a intenção !

        Não é isso que a oposição busca ?

        Não é isso que buscam os cabeças de planilha ?

        Acaba com o crédito por um ano, não precisa mais que isso…..

        Tu já fez as contas ?  Cada ponto percentual da CELIC representa 40% de juros a mais na conta do devedor bancário !

        Zera a CELIC e mete 100% no compulsório dos bancos, vamos acompanhar a chiadeira da banca enlouquecida !

    1. O compulsório tem que ser
      O compulsório tem que ser zerado. O governo paga imposto sobre o depósito compulsório. O banco com mais dinheiro, vão ter q buscar tomadores com juros reais mais baixo ou aplicar no setor produtivo pra melhor remunerar o capital. Se as aplicacoes de curto prazo pagar IOF, mais alto, o banco nao tem pra onde correr,

  20. Já era!

    Dilma não tem condições de baixar a Selic e não tem condições de impor onerações fiscais aos ricos e ao capital financeiro.

    Ela jamais tratou de criar condições políticas para poder fazê-lo.  Isso simplesmente não fazia parte do seu horizonte de possibilidades. Agora é que não conseguirá fazer de jeito nenhum, mesmo que precise.

    O problema é político: é de covardia política. E esse problema não é apenas a completa inépcia política de Dilma. É a insuficiência do projeto do lulismo e, por extensão daquilo em que o PT se transformou.

  21. O Banco Central do Brasil

    O Banco Central do Brasil olha a nossa inflação pelo retrovisor e de uma maneira totalmente equivocada: a nossa inflação é inflação de custos (preços administrados, problemas climáticos, basicamente) e não inflação de demanda. Com o aumento do endividamento das famílias, aumento significativo do desemprego, as pessoas têm medo de aumentar o consumo. A inflação projetada para os próximos meses, segundo analistas sérios do mercado, é que a inflação em 2016 caia até 4 pontos percentuais e fique em 5,5%. O Banco Central deveria se antecipar e reduzir drasticamente os juros da selic, que já deveriam estar em, no máximo, 11%a.a., com tendência de queda para os próximos meses e, no fim de 2016, por volta de 9%a.a. O governo gasta com o BOLSA-JUROS R$ 700 bilhões, mais R$ 400 bilhões com as amortizações do principal da dívida. É simplesmente I-NA-CRE-DI-TÁ-VELgastar R$ 1,1 TRILHÃO de reais do orçamento federal para pagar os juros para quem não produz uma agulha neste país. A oposição não tem culpa por este gravíssimo erro do governo Dilma. O setor produtivo e as famílias estão prostradas diante do capital especulativo.

     

  22. Pode ser que não.

    Controle da taxa de Câmbio e redução dos juros da Selic

    Agora com a taxa de câmbio em R$ 3,80, patamar mais do que suficiente para permitir a rentabilidade das exportações de manufaturados, bem como substituir parte das importações pela produção nacional, vamos ver como se comporta o Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

    Para manter a inflação dentro da meta estipulada pelo CMN,  será necessário impedir um aumento de mais de 10% do dólar nos próximos 12 meses, apenas a venda de swaps cambias não conseguirá impedir um aumento dólar acima de 10% nos próximos 12 meses, será necessário também vender parte das Reservas Cambiais no mercado à vista.

    A afirmação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, na audiência pública no Senado,  de que a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, é “de passagem” e será reduzida quando as expectativas de inflação cederem, pode ser indicativo que o Copom irá iniciar um processo de redução dos juros da Selic no início de 2016.

    Quando ocorre uma  significativa mudança no cenário econômico pela alteração dos juros americanos, alteração da nota de crédito pelas agências internacionais ou quebra no sistema financeiro internacional, há uma intensa movimentação no mercado de câmbio.

    Se alteração provoca aumento da demanda por dólares, os agentes econômicos tomam posições compradoras no mercado de câmbio, com exportadores retendo ao máximo os dólares das exportações, os importadores comprando o mais rápido possível os dólares para quitar as importações, as instituições financeira e empresas cancelando a contratações de novos empréstimos e quitando antecipadamente os empréstimos já realizados, alterando significativamente a fluxo normal de  dólares no mercado de câmbio, o que torna necessário a ação do BC vendendo dólares para restabelecer a normalidade e sinalizar o patamar da taxa de câmbio.

    Nestes momentos alguns exportadores além de reter os dólares das exportações, passam a comprar dólares  para obter lucros financeiros, o mesmo ocorre nas instituições financeiras.

    A venda de parte dos dólares das Reservas Cambiais no mercado vista, faria com  que exportadores e importadores retomassem o fluxo normal de venda e compra de dólares.

    Mais importante do que impedir novas altas exageradas dólar, é impedir que o dólar volte a cair de forma acentuada, por meio de compra de dólares, caso seja necessário.

     

     

  23. Excelente post

    Sim, se Dilma enfrentasse o mercado e tirasse o Tombini, mesmo que amistosamente, seria a saída para a crise. Com um por cento de juros a menos poderiamos cancelar esta palhaçada de ajuste fiscal, sairiamos do rebaixamento da S&P, o PIB começaria a regir, e para ria de cair, tudo de uma só vez.

    Mas aí é que está, o PT não faz isto, porque tem medo de enfrentar os bancos, dos quais ele precisa do financiamento de campanha em 2016, e 2018. Mas pra que servirá um financiamento de campanha, se o país estará tão arruinado pelos juros que Lula não tem nem certeza se ganha? E mesmo que ganhe, a que custo? e pra que? Pra continuar subindo os juros e mantendo o país em crise?

    Ou seja venderam o almoço para comprar a janta, e no fim nem receberam pelo almoço e correm o risco de ficarem sem a janta. “Jênios”.

    Seria preciso coragem, para por um fim nesta vampirização. Dilma não tem nem de longe isto. Aliás, o que adianta termos elegido uma “guerrilheira”, se na hora que precisamos da coragem dela, ela se acovarda? Dilma nunca foi guerrilheira. Ela era apenas uma ingenua que fez amizades erradas, se meteu em encrencas, foi deixada pra trás e presa no lugar de seus “amigos”. Se Dilma tivesse um décimo da coragem de uma guerrilheira, já teríamos resolvido a crise causada pela alta dos juros do BC.

    Mais cedo mais tarde se é que sairemos desta crise, alguém terá de romper cm este ciclo de juros estratosféricos. E pelo jeito será alguém com coragem, ou seja não estamos falando da Dilma, pois ela não sabe o que isto significa.

    1. Os dilemas de Dilma

      O PT, como a esquerda de forma geral, não se capacita para adotar as políticas acordadas ANTES das eleições.

      Vencedora, a esquerda afina o discurso como se conseguisse, dessa forma covarde, a aliança do conservadorismo.

      Agora vemos o mesmo problema. Dilma venceu uma eleição e ao sinal de complicações assume pauta neoliberal, promovendo um arrocho contra os 99 %, garante brutal transferência de recursos do Tesouro para a turma de bancos e endinheirados via SELIC.  Politicamente, apesar de ter Lula e Temer a seu lado, se vale conselhos mirabolantes sabe-se lá de quem. 

      Mas a complicação Tombini pode piorar, sempre tem espaço para isso,  com a chegada de alguem “do mercado”.

  24. Quem sabe….

    Não seria hora de pensar no imposto único, em substituição a 70% dos tributos, deixando de fora imposto de importação e exportação, FGTS e ITR e IPTU e contribuição previdenciária do trabalhador, com uma alíquota de 5,30% sobre todas as movimentações financeiras. Ou uma alíquota até maior tipo 10% e poderia usar como pressão dois argumentos: 1) liberação de renda para o trabalhao assalariado em torno de 25%. 2) anistia de 50% do crédito tributário judicial que não tem como ser cobrado mesmo 3) traria a classe média para o lado do Governo, tudo isso garantindo 0s 35% da carga tributária necessária ao desenvolvimento do país.  Se for em torno uma alíquota mairo que os 5,30%, mesmo que transitório cobriria todo o ajuste fiscal e sobraria recursos.

    1. Seria ótimo fazer uma reforma

      Seria ótimo fazer uma reforma tributária, substituir o atual modelo ineficiente e ineficaz por outro  que seja realmente efetivo. Mas seria melhor pra quem ? Pra sociedade e os mais de 200 milhões de habitantes ? Para esses seria ótimo.

      Mas para aqueles que são beneficiados com os 500 bilhões que são sonegados todo ano, não! Eles não querem ocupar o congresso fazendo leis para mudar isso. Um dízimo desta quantia é mais que suficiente para eleger algumas centenas de picaretas e manter o controle do Congresso, se ocupar também a Presidência, só ajuda um pouco mais. Para eles, esse modelo tributário atual é tão bom que se melhorar estraga. Com ele é muito fácil sonegar, para alguns poucos, e muito lucrativo.

       

  25. Mesmo sendo leigo em

    Mesmo sendo leigo em economia, eu não acredito nessa fórmula de juros altos para conter inflação. Isso pode ter funcionado em países com mercados mais competitivos e, por isso, está presente na literatura econômica. Aqui no Brasil, pra mim, juros altos funciona quase que como um indexador de preços para reajustes anuais, hábito que permaneceu do tempo da hiper-inflação. Ainda mais que nosso mercado é quase cartelizado e pouco competitivo. Se juros altos baixassem inflação, quando o Armínio Fraga subiu a selic para 45% era pra ter ocorrido deflação, e não foi isso que aconteceu.

     

  26. Tombini e o PIG

    Massificar, na mosca.

    Nos primeiros dias de Tombini no comando do BC, a mídia especializada, patrocinada pelo sistema financeiro, questionava a autonomia dele, especialmente quando emperrou a taxa de juros pra baixo. A independência de Tombini só foi exaltada e confirmada quando os juros foram nas alturas.

    Dito isto, hoje temos a independência de Tombini e nossa dependência do SELIC nas alturas, que patrocina a felicidade dos rentistas, e aumenta significativamente nossa dívida, disparada a maior despesa do Governo.  – cortar juros, nem pensar, subir impostos, nem pensar.

    Tombini será santificado e bem remunerado se sair do BC. Tombini já superou o Meireles.

     

  27.  
     Ciro Gomes filia-se ao PDT

     

     Ciro Gomes filia-se ao PDT e chama Cunha de ‘maior vagabundo de todos’

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE BRASÍLIA

    16/09/2015 17p5

    Em sua primeira entrevista depois de filiar-se ao PDT, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes criticou o movimento pró-impeachment e chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de “maior vagabundo de todos”.
    (…)

    FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1682487-ciro-gomes-filia-se-ao-pdt-e-chama-cunha-de-maior-vagabundo-de-todos.shtml

  28. o papo,uma boa musica,o trago para sair do prumo e assim vamos!

    “No acumulado, há a possibilidade de queda do PIB de 5 a 6% em dois anos”.

    Possibilidade de cinco neste ano!

     A verdade que estamos ladeira abaixo em investimento/crescimento e com a corda no pescoço puxando a inflação por uma louca desconhecida. Não falta nada da produção brasileira e acredito que parte é inflação externa, não sei quanto.

    Possivelmente chegará a cinco este ano, todos fazendo suas partes e o povão sem outras oportunidades o crescente no limite de três por cento partirá para a não linearidade, e sim multiplicidade numérica em crescimento negativo tomando dos fatores políticos, econômicos, sociais e da forca inercia por não haver outra forca se opondo firmemente então serão acumulativos.

    Seria como crescer acima de três por cento, sempre gera uma expectativa e instabilidade. Não é regra ou estabelece, é formulação das variáveis na conjuntura (econômica) dos momentos de stress. Observamos hoje na China este ponto como o entorno dos sete por cento. Um limite para cima e para baixo.

    estava para falar, boa oportunidade!

    cascudo neles!

  29. Depois do “voto” ou do libelo

    Depois do “voto” ou do libelo antipetista do GiOmar, o Mendes, Tombini virou refresco.

    Venho propor muito intensamente neste blog que esqueçamos que o GiOmar, o Mendes seja Ministro do STF, uma vez que hoje sua toga era amarela e azul, cor do PSDB.

    E que tenhamos em mente o seu nome, GiOmar, pois no meio do nome dele sempre cabe tudo!

     

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

     

  30. Título é a piada do dia e das 10 h quando deve ter saído o post

     

    Luis Nassif,

    Junto ao post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy” de sexta-feira, 04/09/2015 às 19:14, aqui no seu blog e de sua autoria eu fiz menção a sua verve humorística relacionando uma séria de posts recentes seus em que no título e no conteúdo só havia motivos para risos, pelo menos se os posts fossem lidos com um viés mais favorável a diversão. O endereço do post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/e-hora-de-pensar-em-alternativa-para-o-plano-levy

    Este post “O perigo não é Cunha: é Tombini” de quarta-feira, 16/09/2015 às 19:46, só pode ser lido com o intuito de diversão porque em caso contrário seria imaginar que você está mais por fora do que seus comentaristas e alguns deles estão muito por fora como se pode ver no post “Os trabalhistas e a austeridade no Reino Unido, por Paul Krugman” de terça-feira, 15/09/2015 às 14:00, aqui no seu blog em que foi transcrito o artigo de Paul Krugman “Os trabalhistas em ponto morto” publicado na Folha de S. Paulo. O endereço do post “Os trabalhistas e a austeridade no Reino Unido, por Paul Krugman” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/os-trabalhistas-e-a-austeridade-no-reino-unido-por-paul-krugman

    Eu disse que alguns dos seus comentaristas estão por fora porque lá no post com o artigo de Paul Krugman eles ficaram a dizer que o artigo de Paul Krugman serviria para ser aplicado no Brasil e funciona como uma crítica à política econômica que está sendo executada no Brasil. Ora a realidade é bem diferente. A Inglaterra sofre com a possibilidade de deflação enquanto o Brasil não sofre desse mal.

    Aliás não custava nada que os comentaristas que queriam que se aplicasse no Brasil a receita de Paul Krugman para a Inglaterra, tivessem lido o post “Keynesianism Explained” de terça-feira, 15/09/2015 às 09:18 am, de autoria de Paul Krugman e que pode ser visto no blog dele no seguinte endereço:

    http://krugman.blogs.nytimes.com/2015/09/15/keynesianism-explained/

    Lendo o post de Paul Krugman eles iriam perceber que para realidades diferentes as políticas preconizadas por John Maynard Keynes são diferentes. E a sensação de que só resta mesmo rir cresce, quando se observa que comentaristas de alto coturno como o Andre Araujo dizem o oposto dos comentaristas que estão por fora, mas querendo dizer a mesma coisa. É assim que se entende o comentário que ele enviou quarta-feira, 16/09/2015 às 10:22, aqui para este post “O perigo não é Cunha: é Tombini”.

    Segundo Andre Araujo, no comentário que já deve ir para a segunda página, pessoas como Alexandre Tombini:

    “São os “economistas de cartilha” incapazes de ver contextos e nuances, aplicam sempre o mesmo diagnostico para problemas diferentes, a mesma receita velha . . ..”

    Seria como dizer que como o problema do Brasil é diferente do problema da Inglaterra não faz sentido aplicar a mesma receita, esquecendo que foi na Inglaterra que foi aplicada a receita errada.

    Então a única alternativa para ler um post com este título “O perigo não é Cunha: é Tombini”, é rir a bandeiras despregadas, afinal quem está sendo acusado de ser o verdadeiro perigo para o governo da presidenta Dilma Rousseff é o primeiro presidente do Banco Central do Brasil que durante quatro anos conseguiu, com a ajuda de Guido Mantega, manter a inflação em uma variação próxima de + ou – 0,5% na faixa ao redor de 6%. E mais ainda, vai ficar na história do Brasil como o único presidente do Banco Central do Brasil que enfrentou uma super desvalorização da moeda fazendo a taxa Selic variar apenas 0,5 ponto percentual em cada reunião do COPON que se realiza a cada 45 dias.

    Depois se diz que santo de casa não faz milagre. Não é bem isso. São as pessoas de casa que são incapazes de ver o milagre do santo. Já no início de 2014, Jonathan Wheatley em post publicado segunda-feira, 03/02/2014, no blog beyondbrics do Financial Times e intitulado “EM central bankers: guiders, reactors and mavericks”, classificou o presidente do Banco Central do Brasil como Banqueiro de Liderança, junto com Agus Martowardojo presidente do Banco da Indonesia e Raghuram Rajan presidente do Reserve Bank of India (RBI) e que fora indicado presidente em setembro de 2013. O endereço do post “EM central bankers: guiders, reactors and mavericks” é:

    http://blogs.ft.com/beyond-brics/2014/02/03/em-central-bankers-guiders-reactors-and-mavericks/

    Sobre o Reserve Bank of India há dois artigos que merecem ser acompanhados aqui. Primeiro não é propriamente do Reserve Bank of India, mas está bem interligado. trata-se do artigo “Understanding Inflation and Controlling It” de Kaushiuk Basu que era chefe do conselho econômico do Ministério das Finanças do governo da Índia e C Marks. O endereço do artigo “Understanding Inflation and Controlling It” é:

    http://finmin.nic.in/workingpaper/understanding_inflation_controlling.pdf

    Pouco mais de 40 páginas de texto que parecem ser escritas por leigos e para leigos. Sendo escritas para leigos permitiram que eu apreendesse bastante com o texto. E o texto deu a sensação que a Índia está aprendendo a analisar a inflação sobre o aspecto econômico como se estivesse atrasada 60 anos neste aprendizado e por isso o texto parece ser escrito por leigos e por isso há trechos que mesmo para leigos é motivo de sonoras gargalhadas. É um texto não tão recente de 2011, mas que vale bem uma leitura.

    E o outro artigo é recente e é uma reportagem de Shefaliu Anand e que saiu publicada no The Wall Street Journal na segunda-feira, 24/08/2015, intitulada “Raghuram Rajan’s Common Man Theory on Inflation” e que pode ser vista no seguinte endereço:

    http://blogs.wsj.com/indiarealtime/2015/08/24/raghuram-rajans-common-man-theory-on-inflation/

    Há muito informação interessante na reportagem, mas vou trazer de antemão uma declaração de Raghuram Rajan que me pareceu despropositada. Diz ele (embora a frase não tenha vindo entre aspas):

    “If consumers believe that inflation will remain high, they tend to save and not buy goods and services, thus tempering demand in the economy”.

    Eu sempre soube que a inflação corroía o poder de compra de por isso reduzia a demanda. Disso eu concluía que por reduzir a demanda a inflação tem o mesmo efeito da poupança e como tal deve ser comparada. Agora a lição de Raghuram Rajan é que a inflação induz a poupança, ou seja, o efeito da inflação na economia é funcionar como um mecanismo de fomento a poupança.

    O que me chamou mais atenção, entretanto, na reportagem foi a seguinte história sobre a inflação na Índia nos últimos 10 anos. Essa informação vem na seguinte frase:

    “Mr. Rajan noted that India’s average inflation was more than 9% between 2006 and 2013”

    Não é por nada que a dívida pública da Índia seja baixa. A taxa de inflação tem o belo benefício de reduzir a dívida pública. E talvez não seja por outra que a Índia venha crescendo tanto nos últimos anos. É bem verdade que o partido que estava no governo antes perdeu a eleição talvez exatamente porque a inflação estava alta.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 16/09/2015

  31. É FUNDAMENTAL FAZER O ENFRENTAMENTO AO BACEN

    Nassif,

     

    Parabens pelo seu artigo, tem muita gente que se preocupa em fazer análise apenas dos fenomenos e esquece da lei que rege o fenômeno. O problema maior da nossa crise financeira está no Bacen, pois apesar de todo esforço com a manutenção de superávit primário para pagar juros e amortizar a dívida interna curiosamente ela continuou crescendo. Então, acho que este artigo nos ajuda a enxergar um pouco além do que vem sendo divulgado pela mídia.

    O presidente do Bacen precisa explicar isso ao governo e a toda sociedade como é possível a dívida permanecer subindo se nos relatórios apresentados boa parte dos recursos são destinados para amortização da dívida. Ele precisa explicar porque o Bacen paga remunerçãode contratos com índices muito acima da taxa Selic. Qual justificativa? Quem autorizou?

    No ano de 2009 o gasto com juros e amortização da dívida representou 35,57 % do Orçamento da União (379,88 bilhões) e em 2014, o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida pública,  representando 45,11% de todo o orçamento efetivamente executado no ano.

    Caso o governo não rompa com esta armadilha, a tragédia Grega também não estará longe do povo brasileiro. Uma coisa é uma dívida interna do governo americano em mais de 100% do PIB com uma taxa de juros pequena e outra é a dívida interna brasileira com uma das maiores taxas de juros do mundo.

    Também cabe a nós e aos movimentos sociais fazer esta leitura fazendo o enfrentamento necessário para forçar o governo tomar outro caminho. Chega de lucro para os banqueiros e onus para o setor produtivo e para os trabalhadores.

     

     

  32. O Cunha já era ?
    E o

    O Cunha já era ?

    E o impeachment ?

    Nassif, vc tá sabendo de coisa e não quer contar.

    Será que a sessão instalada na Câmara para votar o impeachment de Dilma, com transmissão ao vivo, será interrompida pela entrada da polícia federal, carregando mandato de prisão expedido pelo STF, determinando a condução do Presidente da Câmara, Sr. Eduardo Cunha ? 

    O Janot, agora já assumiu o mandato de mais 2 anos,  poderá solicitar o afastamento do indiciado alegando que ele está usando do Poder do cargo para prejudicar as investigações e a ação lavajato.

    Já imaginou uma cena desta ?

    Eu já, num filme americano.  Aqui no Brasil ? Só no sonho.

    Com esse roteiro todo não, né ? Mas  afastar o Cunha do cargo  está bem próximo e espero que aconteça bem  rápido, está saindo caro pro país. A roda da economia precisa voltar a girar e para isso depende do orçamento. O orçamento do governo federal está feito refém, a economia parando e muita gente que diz que vê tudo, 24 horas no ar, finge que não vê. E a população totalmente dividida, porque a maioria não consegue entender esse momento histórico conturbado pelas disputas ideológicas. 

     

     

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