O tamanho da crise brasileira

Aqui você verá uma série de matérias que saíram hoje, sobre os efeitos positivos das políticas anticíclicas empreendidas no Brasil nos últimos meses.

Um dos impactos positivos advirá da redução do superávit fiscal (a “gastança”, na expressão primária de alguns analistas).

Diz o Valor de hoje:

“Boa parte dos economistas estima um superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) de 3% a 3,5% do PIB neste ano, bem abaixo dos 4,07% do PIB obtidos no ano passado pelo setor público (União, Estados, municípios e estatais). O economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero, lembra, contudo, que o superávit “oficial” ficou nesse nível por causa do aporte de R$ 14,2 bilhões para o Fundo Soberano, um mecanismo contábil usado pelo governo para transferir recursos fiscais de um ano para o outro.

(…) Montero projeta um superávit primário de 3,3% do PIB neste ano, considerando possível um número de 3% ou até menos. De um lado, a expansão das receitas vai perder fôlego, por causa do menor crescimento. De outro, a União já se comprometeu com despesas correntes mais altas, devido aos aumentos já contratados para o funcionalismo e ao reajuste do salário mínimo, que corrige dois terços dos benefícios da Previdência. Além disso, a promessa do governo é intensificar o ritmo de execução dos investimentos.

“Uma queda do superávit primário dessa magnitude será um estímulo importante para a atividade econômica”, ressalta ele, destacado que “a redução do esforço fiscal pode ficar próxima a 2 pontos percentuais do PIB, o que é mais do que muitos analistas projetam de crescimento para a economia neste ano”. Montero aposta numa expansão de 2,2% para o PIB em 2009, em parte por acreditar que a política fiscal terá um efeito expansionista sobre a atividade”.

Outro ponto importante são os efeitos dos investimentos públicos, especialmente da Petrobrás e das obras previstas no PAC (conforma nota colocada ontem aqui).

Um terceiro é o efeito da Bolsa Família e do aumento do salário mínimo, ajudando a fortalecer o consumo das classes C-, D e E.

Começa a tomar corpo a idéia de que a crise, no Brasil, será bem menor do que se estimava inicialmente. Mesmo assim, cautela e caldo de galinha.

A economia mundial não parou de cair. Há um artigo didático do Luiz Carlos Mendonça de Barros sobre as mudanças estruturais na economia global, com o novo padrão de consumo norte-americano (em níveis extraordinariamente baixos, graças à virtuosa “democratização do crédito”, enaltecida pelo meu colega Sardenberg).

Lições até agora da crise, que antecipamos em alguns artigos de dezembro:

1.A proatividade das políticas públicas foi essencial para segurar a peteca.

2.Passado o período de terrorismo, haveria um refluxo da ênfase às notícias ruins. Esse processo foi antecipado pelo calo doendo das empresas de mídia, com a queda da publicidade.

3.Passado o período de desova de estoques, a economia começaria, de fato, a mostrar qual o novo patamar de crescimento.

Em relação ao último item, ainda não há clareza no horizonte. Creio que só para maio se terá uma idéia melhor sobre qual o novo ritmo do crescimento.

De qualquer forma, o que importa é que jã há uma noção um pouco melhor sobre o fundo do poço. E não está sendo tão drástico quanto se supunha.

Luis Nassif

43 Comentários

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  1. Para quem está do lado de
    Para quem está do lado de fora das regras da teoria economica, e olha o desenrolar dos fatos com base em informações disponíveis na internet mundial, foi fácil antecipar que o Brasil se sairá muito bem nesta crise mundial, ao tempo em que os Estados Unidos terão que fazer pacote de socorro para pagar o anterior pacote de socorro.

  2. O Luiz Carlos Mendonça de
    O Luiz Carlos Mendonça de Barros escreve em qual veículo? Coloca o link do artigo citado, por favor.

    Está dando pau no Mac, na hora de colocar os links. Vou tentar do PC.

  3. Caro Nssif,
    A minha convicção
    Caro Nssif,
    A minha convicção é de que o tamanho do buraco da crise no Brasil depende umbilicalmente do tamanho do buraco nas economias centrais. E por lá isso ainda é uma incógnita. Deve ficar mais claro ao longo desse ano.

  4. Nassif,

    com estas políticas
    Nassif,

    com estas políticas anticíclicas citadas por você, pode-se prescindir da atuação do COPOM?

    Este órgão não tem se mostrado disposto a colaborar com o combate à crise.

    Qual seria a queda ideal da taxa de juros?

  5. Nassif, muito oportuna essa
    Nassif, muito oportuna essa reportagem.

    Temos bons indicadores que pelo menos “enxergamos” a água mais turva que caracteriza o fundo do poço. É momento de uso total da inteligência do governo e forças econômicas do país. Estamos navegando em mares revoltos e repleto de icebergs, o timoneiro não pode dormir, são 24 horas por dia no timão, qualquer distraída batemos no iceberg e, colocamos tudo a perder !

    Enquanto o Brasil navega com relativa segurança, vemos grandes economias em situação dramática,caso do Japão, totalmente dependente da economia externa vê sucumbir rapidamente o que demorou anos para construir !.

    Se conseguirmos navegar nesse ritmo durante os próximos 4 meses,teremos a felicidade de encontrar águas mais calmas.

    O Brasil tem tudo para sair dessa crise mais forte do que entrou. Que nossos políticos não brinquem em serviço. Se não ajudarem, pelo menos que não atrapalhem.

  6. Acabei de assistir uma
    Acabei de assistir uma entrevista da Ivete Sangalo (uma das musas do CANSEI , mas que eu aprecio muito) no Jornal Hoje, falando muito sobre nada e um pouco sobre a crise. Diz ela que não gosta de ler (igualzinho o Presidente, mas ela POOODE!!!), que se informa PRINCIPALMENTE pela internet, (o PIG deve estar se descabelando) e que o momento é de apreensão, que é preciso ter cuidado, mas que pra ela está tudo muito bem e que comparando este mês com o mesmo período do ano passado (então o antes e o durante a crise) o movimento em shows está 30% maior e que ela não tem do que se queixar. Parece que muita gente “graúda” também não gosta de crise e está mudando o discurso porque já está CANSADA dessa conversa baixo astral… enfim: uma luz no fim do túnel, que não é da Phillips!!!

  7. O tamanho da crise, no
    O tamanho da crise, no Brasil, é justamente o tamanho da gastança em que o brasileiro se meteu de mais ou menos uns três anos pra cá …e o tempo da crise, quem vai nos dizer é o desemprego em que estamos começando a desenfrear….fiz algumas perguntas no meu blog…..óbvio que se não tiverem coisas melhores pra se fazer, rsssss …www.blig.ig.com.br/blogdoluizhenriquelusvarghi

  8. O Siemaco, sindicato das
    O Siemaco, sindicato das empresas de asseio e conservação, aprovou um reajuste para a categoria de 8%, que entra em vigor agora em fevereiro.

    Para aqueles que falavam que não teríamos aumentos com ganhos reais em nenhuma negociação, está ai uma prova de que eles estavam errados.

    O sindicato representa em sua maior parte trabalhadores de classes C e D.

    Essas negociações, junto ao reajuste do mínimo podem garantir algum alívio nessa “crise” toda.

  9. O problema é que as ações dos
    O problema é que as ações dos governos tanto do Brasil quanto das nações ricas são para “tapar” buraco, ou seja eles tomam decisões quando o “rombo” já tem acontecido.

    EX: O governo brasileiro reduziu o IPI depois que percebeu o “rombo” no setor automotivo.

    Estão sempre “correnado atraz do rabo”.

  10. É duro a vida de cidadão
    É duro a vida de cidadão brasileiro. Há uns anos atras, o Elizer Batista deu uma entrevista (página amarela da Veja)celebrando sua saída da Vale do Rio Doce onde ele pregou o seguinte: “o brasileiro tem de deixar de poupar, de aplicar em títulos públicos e consumir; o futuro das economias está no consumo dos seus povos”. A nossa musa do carnaval está retratatando este fenômeno.

  11. Caro Nassif,

    Essa idéia de
    Caro Nassif,

    Essa idéia de que a crise não nos pega, ou pega menos é uma grande lorota. Não sou catedrático em nada. Mas vejo as coisas de modo simples: a) Se os EUA, afundam como estão afundando, b) A Europa isoladamente seus países como Alemanha, França, Itália e Espanha, estão fazendo enormes esforços para deter o derretimento de suas economias. c) O Japão, a Rússia e a China, também em seus casos tomando providencias fortes, sem entrar no mérito de Coréia e outros menores, não vejo como sermos uma ilha de prosperidade nesses tempos. Podemos até ser menos afetados que eles, mas isso não nos ajuda em nada. Teria-se que desmontar a tal globalização para nos imaginarmos isolados e eventualmente sobrevivendo com o mercado interno e uns poucos negócios com nossos combalidos companheiros latinos. O PAC seria uma misericórdia, se efetivamente estivesse em curso. A queda do desemprego poderia ser contida por aí, principalmente com investimentos maciços na construção civil. Mas o que se ve é um emaranhado de boas intenções, e, de prático nenhuma aplicação, pois parece não haver o convencimento dos agentes internos em se comprometer com investimentos. Ora o capital sempre foi arisco ao risco, e, se os detentores dele não se convencem, como nós humildes nos convencermos de que tudo isso passará ao largo. Os juros nos níveis que estão demonstram se não má vontade do tal copom, mostram também que os agentes do próprio governo não estão convencidos de que estamos blindados – para usar uma expressão corriqueira que não serve pra nada. Então o que existe, de parte dos agentes e do próprio governo em certo sentido uma empulhação. Isso me lembra o Plano Collor: Ninguém tinha coragem de dizer que era uma fria. Todos os que escreviam e comentavam naquela época diziam durante muitas linhas ou minutos que era bom etc. e tal, mas em seguida vinha um MAS ……. Hoje estamos que anestesiados, e, sequer levantamos o MAS…. O Brasil só vai se dar conta da crise e onde ela pegou quando abril chegar. Vamos ver a safra de balanços das empresas, vamos ver quanto e quantas perderam além de Sadia, Votorantin e Aracruz que já admitiram perdas em hedge. Isso apostando em favor do país. Estamos embalados num oba oba, que nos custará muito caro. Como sempre por termos um governo inconsequente que corre atrás do raba, e um povo indolente que prefere esquecer do óbvio. Afinal tudo isso é triste para uma geração que acreditou no país – desde Sarney – e acabrá por afundar a próxima pela ausencia de preocupação com o momento e compreensão de que não somos uma ilha, nem no aspecto geográfico.
    Mas como ninguém é de ferro, espero que o presidente diga isso: VAMOS AO CARNAVAL E ÁS FAVAS COM O AMANHÃ. – Jair

    Não tem ilha, não, embora a crise por aqui provavelmente será menor. O que analiso é o comportamento da mídia, de dar excessivo destaque a notas negativas e sumir com as positivas. Isso impacta as expectativas dos agentes econômicos, podendo agravar a crise. Agora, a mídia mudou de tom. Não significa que a crise terminou. Significa que um dos fatores de possível agravamento – a atuação das manchetes escandalosas sobre o estado de espírito do consumidor – refluiu. Agora, teremos que enfrentar a crise real, sem o fardo da crise de manchetes.

  12. Caro Nassif,

    Com 51 anos nas
    Caro Nassif,

    Com 51 anos nas costas, passei toda minha vida profissional, saltando de crise em crise. Já vivi: a moratória do Figueiredo em 1981,a aceleração da inflação em 85/86; a falência do plano Cruzado; os planos Bresser e Verão; Collor 1 e 2; as crises do México, Russia e Coréia e suas consequências em nossa economia de 95 até 98, a desvalorização de 99, o apagão em 2001, o arrocho monetário do Meireles de 2003 até 2006 …

    Dentre as coisas que mais me irritam, estão aqueles discursos bobocas daquele pessoal, que diz que devemos procurar encontrar as oportunidades que as crises trazem. Que a crise é uma ocasião para os indivíduos se reinventarem. Se voce bobear, o chato de plantão, para coroar o besteirol é capaz de sapecar, que devemos agregar mais valor a nossos produtos e atividades…

    De fato, o homem não é um animal racional, ele racionaliza.

    No entanto apesar de todas essas premissas que coloquei, surpreendi-me fazendo o seguinte raciocinio: será que no bojo da presente crise, além da correção do problema do cambio defasado que já se operou parcialmente, não se abre uma fresta de esperança em relação ao desmonte dessa politica de juros altos que infelicita o país?

    De fato, imagino que de modo semelhante a como foi o caso da inflação, socialmente, o país esteja esgotado dessa política monetária. Será que a inevitável baixa dos juros que ora se anuncia, não possa ser definitiva?

    Por favor me diga Nassif,na sua opinião, estou racionalizando ou posso ter alguma esperança nesse efeito colateral positivo, que a presente crise pode ter?

  13. retirei do texto das 17:20
    retirei do texto das 17:20 h.”o brasileiro tem de deixar de poupar, de aplicar em títulos públicos e consumir; o futuro das economias está no consumo dos seus povos”

    Por ex., na Europa o automóvel já não e´tão bem visto assim. Montadoras produzem lá e exportam grande parte.

    Na construção civil, os resíduos de obras também são bem pequenos.

    Prá se construir uma usina de geração de energia mesmo em Portugal gasta-se muito evitando o dano ambiental.

    Mas constrói-se e equipa-se bons hospitais e escolas no geral , por toda Europa rica, nos últimos anos, e nem mesmo assim eles conseguem absorver a crescente demanda causada pelo Leste Europeu.

    Dessa maneira eu arrisco um coment:
    Essa crise pode se revelar como sendo *crise da consciência*. As pessoas percebem que o Planeta está reclamando. O que fazer para NÃO ser um contribuinte ao aprofundamento dela ? Incentivar a industria automobilistica de ciclo Otto não me parece coerente.

    Está aí a prova de que só vale para nós a economia. Sendo então, o governo deve dar incentivos a GM/Toyota/Honda e outras prá produzirem seus elétricos por aqui o mais cedo possível.

    Reciclariam os funcionários pras tecnologias do futuro, ganhamos ambientalmente, e ajudamos manter empregos.

  14. Foram incluídos nestes
    Foram incluídos nestes últimos quatro anos milhares de cidadãos havidos de consumo e, apesar do Meireles o Brasil vai sim superar esta tempestade. Infelizmente a mídia partidarizou-se de forma descarada, imitando Hitler, que conhecia bem o poder dos órgãos de deformação. E o Brasil é um país rico a distribuição das riquezas é que são vergonhosas e conservadoras!

  15. Nassif, vc acredita no PAC,
    Nassif, vc acredita no PAC, empacado, agenda de lançamento de pedra fundamental, e de obras da iniciativa privada, pela arrecadação não é muito pouco o q este governo faz, ou não faz.

  16. Creio que o tamanho da crise
    Creio que o tamanho da crise depende das ações do governo do Presidente Lula e do Banco Central.

    Apesar da lentidão do BACEN a rápida resposta do Governo do Presidente Lula está conseguindo recuperar a confiança dos consumidores de bens duráveis, fato único no mundo, o que alías deve atrair a atenção inernacional.

    A atual recuperação da confiança dos consumidores no Brasil está colocando o COPOM contra a parede, caso o COPOM insista na redução do gradual dos juros da Selic a recuperação não se sustentará, obrigando o COPOM a aprofundar a redução dos juros da Selic masi adiante, muito provavelmente para o terreno negativo, tamanho será a recessão no Brasil.

    De qualquer maneira a recuperação da atividade econômica no Brasil depdende do Governo do presidente Lula e do BACEN e de mais ninguem.
    Pela primeira vez o Brasil não depende da boa vontante dos paíess ou das instituições financeiras internacionais.

  17. Do Estadão de Terça-Feira, 17
    Do Estadão de Terça-Feira, 17 de Fevereiro de 2009
    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090217/not_imp324987,0.php

    No Brasil, Renault chama operários de volta
    Quinhentos empregados com contrato suspenso vão retornar ao trabalho antes do previsto
    Evandro Fadel e Cleide Silva

    Cerca de 500 trabalhadores da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais (PR), que estavam com os contratos de trabalho suspensos até maio, devem ser chamados de volta até meados de março. Outros 500 trabalhadores continuarão aguardando a retomada total da produção, recebendo a Bolsa Qualificação. A produção de veículos de passeio da marca, hoje em torno de 380 por dia, deve subir para cerca de 540.

    “O mercado deu sinais positivos de recuperação e a empresa vai precisar de mais de um turno, porém menos de dois turnos, para dar conta da produção atual”, disse o representante do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Robson Jamaica. “Nosso objetivo é que a volta se dê de maneira gradual e sólida; estamos esperançosos e acreditamos que os serviços serão normalizados em breve.” A expectativa é que os outros metalúrgicos também sejam chamados antes do prazo previsto. Os mil trabalhadores com contratos suspensos equivalem a 30% da mão de obra da fábrica.

    Na primeira quinzena de fevereiro foram vendidos 99,3 mil automóveis e comerciais leves de todas as marcas, um aumento de 17% ante o mesmo período de janeiro
    e de 8% na comparação com igual mês de 2008………………………….

  18. Da Reuters divulgado pelo
    Da Reuters divulgado pelo Último Segundo do IG
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/02/16/conselhao+pede+a+meirelles+mais+reunioes+para+cortar+juros+4093993.html

    Conselhão pede a Meirelles mais reuniões para cortar juros 16/02/2009 – 19:23 – Reuters

    SÃO PAULO – Integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão consultivo do governo federal, pressionaram nesta segunda-feira o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, pela redução da periodicidade das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC durante a crise, visando um corte maior da taxa de juros. Reunidos em São Paulo, cerca de 35 conselheiros do grupo que monitora a crise econômica internacional procuraram sensibilizar o presidente do BC neste momento de turbulência global…………………

    …………..O grupo sugeriu que a periodicidade das reuniões do Comitê de Política Monetária passe dos atuais 45 para 30 dias neste período de crise, para possibilitar decisões mais rápidas para a redução da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 12,75% ao ano…………….

  19. caro Nassif, não entendi
    caro Nassif, não entendi !!!vc foi o primeiro a achar que a crise era incontornavel, etc,etc…que o governo não podia achar que era “marolinha” etc,,etc..
    O que aconteceu? passou para o lado dos otimistas? D e qualquer modo sempre concordei com esse posicionamento de que esse terrorismo feito pela midia não ajuda em nada, só atrapalha; imagino que deva vender mais do que uma analise criteriosa…
    um abraço

    Se o governo entrasse na onda da marolinha teria tomado o conjunto de medidas que tomou para enfrentá-la? Estamos em crise, em dimensão menor, porque o governo não a tratou como marolinha.

  20. Complementando… gostei
    Complementando… gostei do”” Crise das manchetes” e ainda acho que esse fator de agravamento tem um peso muito maior do que nos imaginamos…Ainda bem que vc nos diz que esta diminuindo…

  21. Ora meu caro Luis Nassif boas
    Ora meu caro Luis Nassif boas notícias ou mudança de foco das empresas de comunicação que já estão vislunbrando a crise nas sua redações pelo “vies” da falta de anunciantes.De um dia para o outro nós saímos de uma crise sem precedentes para um crescimento “virtuoso” .
    Neste mundo de cegos não tem nínguém bobo.

  22. É Nassif, mais uma vez me
    É Nassif, mais uma vez me parece que os inflamados ataques ao Sr. Presidente quando ele falou sobre a “marolinha” foram exagerados, maledicentes e carregados do velho preconceito de sempre. O velhinho, torneiro mecânico, semi-analfabeto, entende mais de economia do que grandes catedráticos. Aliás, entende de economia, saúde, educação e, principalmente, de política. Dá um banho nos senhores de todos esses ramos. Talvez por isso seja alvo da ira desses desacreditados…

  23. Bom dia a todos!
    Me desculpem
    Bom dia a todos!
    Me desculpem os jornalistas e os intelectuais, mas eu não estou vendo crise em lugar algum!
    Nunca os shoppings estiveram tão lotados de pessoas fazendo compras (inclusive em janeiro). Nunca vi tanta gente comprar carro ao mesmo tempo. Os congestionamentos nas ruas mais pacatas da minha cidade, no interior de SP, já se tornaram rotina diária. Não há mais lugar para se estacionar.
    Eu tenho um palpite, que as empresas automobilísticas se uniram e pararam a produção. Mandaram pessoas embora e com isso, querem forçar os salários para baixo através do medo. Com menos produção, e a demanda em alta, os preços dos produtos aumentam, e elas têm ganhos duas vezes: no aumento do valor dos produtos e na diminuição com gastos em mão de obra.
    Sem falar que tem muita empresa também que está aproveitando o momento para mandar funcionário incopetente embora, usando a suposta crise como pretexto.

    Somente reiterando, ainda não vi crise nenhuma.

  24. Crise??? Mas que crise????
    Crise??? Mas que crise???? Dois amigos meus que estavam desempregados com aproximadamente 60 anos de idade arrumaram emprego agora no mes de janeiro com carteira assinada. Um deles me disse “graças a Deus”. Eu lhe respondi: Não se esqueça também de agradecer ao governo do Sr. Luiz Inácio.

  25. Do Valor Online divulgado
    Do Valor Online divulgado pelo Último Segundo do IG
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/02/17/vendas+no+varejo+e+igp+m+estimulam+apostas+de+juros+menores+4115041.html

    Vendas no varejo e IGP-M estimulam apostas de juros menores
    17/02/2009 – 12:09 – Valor Online

    SÃO PAULO – Apoiados nos indicadores domésticos, os contratos de juros futuros voltaram a recuar na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F). A inflação parou de surpreender para cima e os dados de atividade ainda são negativos, cenário que abre espaço para corte mais acentuado de juro. ………………

    ……….O analista da Itaú Corretora, Maurício Oreng, comenta que o ambiente macroeconômico continua de redução na atividade, contração da inflação e, consequentemente, juros menores.

    Para Oreng as venda no varejo foram fracas, refletindo principalmente a menor comercialização de bens duráveis. Pelo lado da inflação, os dados de curto prazo não têm importância; o que tem validade é o cenário prospectivo e esse não traz preocupação, segundo o analista.

    “Continua a perspectiva de atividade ruim. Tem espaço para o Banco Central acelerar o passo”, diz o analista que trabalha com corte de 1,5 ponto percentual na taxa Selic na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom)…………………………………….

  26. Nassif,
    Se a memória não
    Nassif,
    Se a memória não falha, o início do Plano Real foi marcado – entre outras coisas – por um debate sobre a autonomia do Banco Central. A questão foi para debaixo do tapete após acordo político costurado no Governo FHC que resultou no arranjo atual, no qual o BC age com independência consentida. O modelo funcionou (?) razoavelmente enquanto a condução errática (ou errada?) da política econômica do governo passado “produziu” ou “absorveu” situações seguidas de crise que foram usadas para justificar a exorbitância das taxas de juros praticadas. Águas passadas, no cenário atual parece que o BC e o COPOM são os calcanhares de Aquiles na condução da política econômica. A rapidez necessária nas respostas governamentais aos desdobramentos da crise talvez esteja desnudando a verdadeira natureza do arranjo costurado no Governo de FHC, e que deu ao BC e ao COPOM os poderem que eles detem hoje. Não está na hora de rediscutir o papel do Banco Central e o grau e natureza da autonomia, adequando o Banco às necessidades de um ciclo de expansão da economia brasileira, quiçá rumo à sustentabilidade?

  27. Da Gazeta Mercantil
    Da Gazeta Mercantil ddivulgaddo pelo Clipping do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/2/17/brasil-quer-repatriar-mais-de-us-100-bi

    Brasil quer repatriar mais de US$ 100 bi
    Autor(es): Vasconcelo Quadros /Gazeta Mercantil – 17/02/2009

    O sucesso obtido pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, no bloqueio de mais de US$ 2 bilhões do banqueiro Daniel Dantas em fundos de investimentos suspeitos, assustou o mercado financeiro, mas animou o governo.

    O DRCI está recebendo um reforço em sua estrutura de investigação para tentar repatriar também o dinheiro guardado no exterior, mas não declarado ao Fisco.
    As estimativas extraoficiais indicam que não é pouca coisa: cerca de US$ 100 bilhões, nas contas da Secretaria Nacional de Justiça, ou R$ 150 bilhões, segundo o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o deputado José Mentor (PT-SP), autores de projetos de lei propondo anistia a quem concordar em trazer o dinheiro de volta…………………….

  28. Que fique claro que eu sou
    Que fique claro que eu sou completamente anti-lula. Não estou fazendo propaganda dele. É claro que ele tem mérito nos investimentos da Petrobras – incluindo aí a Refinaria do Nordeste – mas muitas apliações que vemos hoje por aí paritiu da iniciativa privada que, com as quedas de rentabilidade no mercado financeiro, resolveram investir em ampliações do parque produtivo.

  29. Sr Luiz Nassif boa tarde,
    te
    Sr Luiz Nassif boa tarde,
    te parabenizo pela matéria extremamente elucidatória que apresentou, sabe faz tempo que não se vê tamanha responsabilidade com a informação, Parabéns. Mas, eu gostaria que esta mensagem fosse transmitida a Febrabam, a Fiesp e a tantas confederações industriais que estão tremendo de medo com a chamada crise, crise existe a muitos anos e elas sempre nos provocam a agir não acha? Gostaria de saber o que o Governo, os empresários, a Mídia – o maior poder na face da Terra depois de Cristo e de Deus claro – tem feito para que esta chamada crise termine, veja, se a Tx. de juros cair mais, os impostos tbm caírem e o emprego for mantido o que poderia acontecer no Brasil? a sim, uma revolução não acha? Peço a Deus que algum Empresário e algum político de peso possa ler minhas curtas frases sem propósito mas que com uma grande vontade de fazer algo por nós, assalariados que dependemos da ciranda do dinheiro para viver e dar vida às futuras gerações…, a propósito, o que estamos fazendo para que elas tenham um país melhor? será que ainda somos um Grande Gigante adormecido? Puxa Luiz, espero que voce tenha força e sensibilidade para perceber o que estou clamando…, eu clamo por coragem, por progresso, por prosperidade em nosso país que está esquecido por essa massa de irresponsáveis que possuem um único pensamento, meu lucro não pode diminuir. Obrigado e perdão pelo desabafo, estou cansado desta mesmice que não acaba no Brasil, acho que o eslogam do governo deveria ser Brasil, um país de mesmice para todos…

  30. Creio que entre todas as
    Creio que entre todas as medidas adotadas pelo Governo do Presidente Lula no enfrentamento da atual crise econômica, a preservação das Reservas Cambias e a permissão para que o cambio flutuante realizasse a correção cambial deve ter sido a que mais causou disputa no debate econômico dentro do Governo do Presidente Lula.

    O debate realizado no BLOG LUIZ NASSIF ONLINE ao longo de 2009 sobre o passivo externo, a posição dos investimentos estrangeiro em ações e renda fixa e de sua relação com o M2, sobre o impacto da queda dos preços das commodities na inflação no Brasil, e a possibilidade de forte queda da dívida pública em relação ao PIB com a subida do dólar no Brasil, contribuirão para que o Governo do Presidente Lula não queimasse as Reservas Cambias para segurar o dólar a R$ 1,70 ou R$ 1,90.

  31. Querido Economista,

    Insisto
    Querido Economista,

    Insisto em dizer que a crise nao é financeira, o pacote de Obama nao fará diferença alguma no declinio americano, simplesmente por que a crise e proveniente da gloabalização onde nivelou os emergentes com os paises do g7 por baixo….por exemplo as industriais americanas automotivas só sairá da crise se alcançarem um nível tecnológico avassalador sobre os seus concorrentes coisa que nao vai acontencer nos proximos dez anos, além do mais a renda do trabalhador americano vai cair causando uma menor diminuição do consumo, e uma politica com viés protecionista que vai fazer estragos maiores.A china coitada dela…com o setor exportador respondendo por 47% do PIB …vai para a miseria e caos social.

    Ao Brasil…é a sorte grande se investir em tecnologia e educação….e abrir mercado o mesmo tempo..por que os outros estaram desesperados para exportar…eis a grande vantagem para o brasil…barganhar para comprar em troca de investimentos.

    sds benito villarim

  32. Caro Marcos Luis, se a Tx. de
    Caro Marcos Luis, se a Tx. de juros cair mais, os impostos tbm caírem e o emprego for mantido, o Brasil entraria em uma era de inflação sem precedentes. O nosso mercado não comportaria tamanha demanda e entraria em cena a inflação, caos portuário, mais congestionamentos, apagão, falta de alimentos, etc. Não temos estrutura montada para dar conta de tamanho boom de consumo.

  33. A ,crise é extremamente
    A ,crise é extremamente grave, profunda e sem tempo previsivel para terminar., ,Deve durar anos. Mas existem jornalistas que nao querem que se diga a verdade. Afinal, Soros, Roubini, Murdoch, o FMI,(que hoje fala que o Brasil sera fortemente atingido) e ate o ,antigo Senhor dos ,Mercados dizem o mesmo. ,O crescimento brasilierio foi fortemente influenciado pelo comercio internacional, que desaba. Enfim, a previsao atual para o crescimento do Brasil este ano cai de semana a semanha,..e agora de 1,5%. Chegara a menos, talvez zero. Enfin…paraece que temos a censura economica desta vez, uma outra forma de censura. ,

  34. Caro Nassif,
    Nunca li uma
    Caro Nassif,
    Nunca li uma bobagem tão grande. Parece matéria enviada pelo Franklin Martins. E justamente no dia que é divulgado a queda no PIB japonês de 12%. Não vou constestá-lo, vai que Você acerta. Mas o seu comentário é uma besteira sem limites, só posso elogiar sua coragem em divulgá-lo. Estou guardando-o para falarmos sobre ele daqui a alguns meses. Só para concluir. Pare com essa estória que a Mìdia inventou a crise. Não acredito que Você acredita no que escreve, pois todos nós conhecemos bem a sua inteligência.

    Só posso lamentar sua falta de coragem de não bancar a aposta. Se a bobagem é tão grande qual o risco de eu estar certo? Presunção e ignorância é uma mistura braba.

  35. Boa tarde,
    Boa tarde, Nassif

    Desculpe-me, mas acho que minha questão é meio fora desta pauta. Por não encontrar espaço mais adequado no forum, coloco-a aqui. Imagino que se lembre do jornalista Aloysio Biondi que acompanhou de perto o nosso período de privatizações na era FHC. Como não acompanhei de perto o periodo, você saberia me dizer se as contas dele estavam corretas? No seu livro Brasil privatizado (disponível na internet), cap 4, ele alega que o balanço das privatizações foi 85,2 bi de entradas e 87,6 bi de dinheiro que não entrou ou saiu dos cofres públicos. Isto foi atestado ou verificado a posteriori?
    Obrigado.

    Confesso que não me lembro. Mas a queima de ativos começou antes, com a política de juros do BC, que transferiu ao mercado todo o patrimônio da venda futura das estatais.

  36. eu moro em Salt Lake
    eu moro em Salt Lake City(UTHA)….estou vivendo aqi com essa crise….e acho qe nenhum pacote qe o OBAMA, fizer vai resolver o problema dos americanos…..pq o americano faz mto tempo qe ganha muito pouco….a maioria deve tudo no cartao de credito….da comida de comem a casa onde moram……so tem um jeito de resolver a economia por aqi e aumentar o salario dos americanos…e isso ate agora o OBAMA….nao disse qe vai fazer……outra coisa qe esta acontecendo por aqi….os mexicanos…estao tirando o emprego dos americanos……como aconteceu ai no brasil…os japoneses, arabes, chineses….passaram os brasileiros pra traz…tem americano..por aqi…trabalhando nos lava-rapidos…enquanto tem mexicano na chefia….principalmente nos hoteis….e os americanos nao perceberam…na minha opiniao o Brasil…nao tem nada ver com a crise por aqi no USA., o qe ta acontecendo aqi e problema americano…o Brasil e um pais qe pode ser independente do resto do mundo…fabrica de botao ..a um aviao…pra qe depender da economia de outro pais…nao precisa mesmo.

  37. Da Agência Petrobras de
    Da Agência Petrobras de Notícias
    http://www.agenciapetrobrasdenoticias.com.br/materia.asp?id_editoria=8&id_noticia=6187

    Produção de petróleo e gás da Petrobras no Brasil em janeiro aumentou 4,8%/Publicada em 17/2/2009 17:11:38
    ……….A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais, de 1.922.946 barris/dia, foi recorde mensal superando em 5,3% a do mesmo mês do ano passado
    e em 2,5% o volume extraído em dezembro de 2008.

    A diferença positiva de 47 mil barris/dia ocorreu na Bacia de Campos e foi proporcionada pela entrada em produção da plataforma P-51, no campo de Marlim Sul, pelo crescimento do volume extraído pela P-53 e entrada de novos poços no campo de Marlim.

    O recorde mensal anterior, obtido em setembro de 2008, foi de 1.897.563 barris/dia…………..

  38. Nassif

    O impacto da crise
    Nassif

    O impacto da crise deverá ser localizado, isto é, nas empresas exportadoras e na cadeia industrial e de serviços que atendem a essas empresas. Quanto às projeções feitas por analistas e agências de rating, não são confiáveis, pois cada um defende os seus próprios interesses em detrimento ao profissionalismo. O mesmo vale para grande parte da imprensa, que tem um comportamento irresponsável e inidôneo.

  39. Crise financeira, crise
    Crise financeira, crise política, crise aérea, crise rodoviária, crise portuária, crise carcerária, crise educacional, crise na Saúde, crise previdenciária, crise moral, crise disso, crise daquilo; isso não é crise, isso é caos. Esse governo é o caos. Se sobrevive até agora é porque manteve as medidas amargas e impopulares (desestatizações, lei de responsabilidade fiscal, programas sociais, etc) tomadas lá atrás, enquanto Lula, pigmeu da ética, fazia meras bravatas. O resto é ficção. O Brasil só retomará os trilhos do crescimento quando deixar de ser o País da Impunidade, da Cultura da Má-Fé, da Desmoralização e Banalização Geral. O desenvolvimento de um povo começa pela Justiça. Justiça é o pão que o povo precisa.

  40. Mentes curiosas querem saber
    Mentes curiosas querem saber quem decretou que política anti-cíclica é coisa boa ? Segundo meu entendimento pode ser boa ou ruim, depende da situação, mas mesmo assim não vai elucidar muito devido a falta de precisão dos vocábulos para exprimir a problemática.

    Em outras palavras, querer acabar a crise trocando o palavreado ,na minha humilde opinião, não funciona.

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