Os efeitos das medidas macroprudenciais

……O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sergio Reze, disse hoje (3) que o aumento dos preços do álcool combustível é uma consequência da omissão do governo e da ganância da indústria sucroalcooleira. De acordo com ele, a alta no preço do álcool tem sido uma fonte de inflação sobre a qual o governo deveria atuar. “O projeto do álcool foi criado em 1979 e, desde então, o governo nunca criou uma regra que evite os solavancos (de preço) que os consumidores enfrentam até hoje”, criticou.

Para Reze, a indústria automobilística e as concessionárias, por outro lado, não contribuem com a inflação
. “Nosso setor continua a praticar os mesmos preços do ano passado e, em alguns casos, os preços estão até menores devido aos recentes lançamentos de veículos importados no País que já chegam com preços menores”, disse. “O automóvel não é responsável pelo crescimento da inflação nem mesmo no mercado de usados.”…..

.Reze explicou que as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para reduzir a demanda têm tido impacto nas vendas do setor. Segundo ele, não foi o consumidor que esgotou sua capacidade de crédito, mas sim o governo que reduziu prazos de financiamento, aumentou o valor de entrada da compra e aumentou a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os financiamentos de 1,5% para 3,0% ao ano. “O governo conseguiu alcançar dois objetivos: reduzir o ímpeto de crescimento do setor e reforçar o caixa. Com o aumento do IOF, o governo criou uma nova CPMF sem nem precisar de uma lei para isso”, afirmou, referindo-se à antiga contribuição que incidia sobre as operações financeiras….

Do Estadão

Fenabrave vai rever projeção de venda de veículos no ano

De acordo com o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, as vendas do mês de abril já indicam uma tendência de queda em todos os segmentos, inclusive de caminhões e motos

03de03 de maio de 2011 | 13h 17, Anne Warth, da Agência Estado

SÃO PAULO – A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) deve rever em junho a projeção de vendas de veículos para 2011, projetando um número menor que o atual. Atualmente, a expectativa é de um crescimento de 5,20% nas vendas de automóveis comerciais leves, caminhões, ônibus e motos no mercado interno neste ano ante 2010, totalizando 5.595.722 unidades. Considerando-se apenas automóveis e comerciais leves, a Fenabrave espera um aumento de 4,20% nas vendas de 2011, para 3.468.995 unidades.

De acordo com o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, as vendas do mês de abril já indicam uma tendência de queda em todos os segmentos, inclusive de caminhões, cujo mercado estava mais aquecido, e motos, que vinha registrando uma retomada. “As vendas tendem a se estabilizar nos próximos meses e devemos registrar neste ano um crescimento bem moderado. Não se assustem se o crescimento for menor do que aquele que projetamos agora, porque ainda assim será um crescimento”, disse.

Reze explicou que as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para reduzir a demanda têm tido impacto nas vendas do setor. Segundo ele, não foi o consumidor que esgotou sua capacidade de crédito, mas sim o governo que reduziu prazos de financiamento, aumentou o valor de entrada da compra e aumentou a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os financiamentos de 1,5% para 3,0% ao ano. “O governo conseguiu alcançar dois objetivos: reduzir o ímpeto de crescimento do setor e reforçar o caixa. Com o aumento do IOF, o governo criou uma nova CPMF sem nem precisar de uma lei para isso”, afirmou, referindo-se à antiga contribuição que incidia sobre as operações financeiras.

No mês de abril, as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus sofreram uma redução de 5,54% em comparação com março e totalizaram 289.213 unidades. De acordo com Reze, essa queda está relacionada ao menor número de dias úteis em abril ante março. Não fosse essa diferença de dois dias, segundo ele, as vendas teriam aumentando cerca de 3%.

Alta do álcool

O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sergio Reze, disse hoje (3) que o aumento dos preços do álcool combustível é uma consequência da omissão do governo e da ganância da indústria sucroalcooleira. De acordo com ele, a alta no preço do álcool tem sido uma fonte de inflação sobre a qual o governo deveria atuar. “O projeto do álcool foi criado em 1979 e, desde então, o governo nunca criou uma regra que evite os solavancos (de preço) que os consumidores enfrentam até hoje”, criticou.

Para Reze, a indústria automobilística e as concessionárias, por outro lado, não contribuem com a inflação. “Nosso setor continua a praticar os mesmos preços do ano passado e, em alguns casos, os preços estão até menores devido aos recentes lançamentos de veículos importados no País que já chegam com preços menores”, disse. “O automóvel não é responsável pelo crescimento da inflação nem mesmo no mercado de usados.”

Reze comparou a diferença entre o abastecimento de álcool e de gasolina. “Você não imagina que vai faltar gasolina nos postos”, disse. “Tem que haver um estoque regulador de álcool para atender momentos de crescimento da demanda. Agora parece que o governo acordou e transferiu (a responsabilidade) para a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Vamos ver se as coisas vão mudar”, afirmou o presidente da Fenabrave.

De acordo com Reze, a indústria sucroalcooleira foi altamente beneficiada e subsidiada pelo governo. “A indústria sucroalcooleira usou os benefícios que sempre teve e não os devolveu. É pura ganância”, afirmou. Já o governo, na avaliação dele, foi “omisso” porque o aumento dos preços do álcool acabou por elevar o preço da gasolina que também tem álcool na sua composição. “Isso é uma fonte de inflação e o governo tem de atuar, até porque é um ótimo negócio haja vista a entrada de investidores estrangeiros no País interessados na compra de usinas.”

No mês de abril, a participação dos veículos flex nas vendas de automóveis e comerciais leves foi 83,22% ante 84,59% em março e 85,12% em fevereiro. Já os veículos abastecidos com outros combustíveis, dentre eles apenas gasolina, tiveram uma participação 16,78% em abril ante 15,41% em março e 14,88% em fevereiro. De acordo com Reze, a menor participação de veículos flex no total de vendas não pode ser relacionada ao aumento do preço do álcool. Ele explicou que essa redução decorre da maior participação de veículos importados nas vendas do mercado interno. Diferentemente dos veículos fabricados no Brasil, os importados chegam ao País com motores movidos unicamente à gasolina.

Luis Nassif

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