Divulgado antes de ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o levantamento Produção Agrícola Municipal traz conclusões relevantes para o estudo do setor.
Sem surpresas maiores, as maiores áreas plantadas são a soja, milho e Cana-de-Açúcar. Hoje em dia, a soja tem quase o triplo da área plantada da Cana.
Em valores de produção, a liderança também é da Soja, Milho e Cana de Açúcar. Nesse conta, a Soja é quase 3 vezes superior à Cana. A diferença se deve à explosão das cotações internacionais do Produto.
O efeito-preço fica mais visível quando se compara a variação da área plantada e do valor da produção de 2019 para 2020. Os cinco principais produtos tiveram queda na área plantada e alta expressiva no valor de produção. Confirma-se que a área plantada da Soja caiu 3,4%, a do Milho caiu 3,1% e o crescimento do valor da produção de, respectivamente, 35% e 55,4%.
Comparando a participação dos principais produtos na área total plantada e na receita total do setor, com a curva de rendimentos, chegam-se a conclusões interessantes.
Soja mostra um crescimento consistente na área plantada e no rendimento da terra. A consequência lógica é o crescimento continuado nas receitas do setor.
Já a cana-de-açúcar registra estabilidade no rendimento e queda na receita, levando a uma queda na participação sobre a área total agricultável.
No caso do Milho, há uma melhoria história do rendimento, e também do trigo, embora uma estagnação na participação na receita total.
Outro levantamento interessante é do crescimento do rendimento médio.
Entre 1990 e 2020 o maior crescimento de rendimento foi da Melancia, mas com pequena produção.
Dentre as culturas de maior produção, os maiores aumentos de produtividade foram do arroz em casca (+251,6%), do algodão (+237,9%), do milho (+204,1%) e do feijão (+136,9%).
No último ano, dentre os 10 produtos com maior crescimento de produtividade, os dois com maior volume foram o arroz em casca (+9,0%) e a Soja (+2,8%).
Finalmente, há uma perda gradativa de relevância das culturas de alimento internos.
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Com a ausência de uma real política de agricultura familiar, falta de incentivo às pequenas e médias propriedades para cultivo de produtos agrícolas diversos, que satisfaçam a necessidade de consumo da população de humanos, logo ali adiante vamos começar a nos alimentar com soja e milho, em paridade com os porcos, galinhas e o gado. E ainda faltam 16 meses…