Painel internacional

O pior do desemprego nos EUA ainda está por vir

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Por Nouriel Roubini

Acha que o pior já passou? Errado. As condições no mercado de trabalho dos EUA estão terríveis e piorando. Enquanto a taxa oficial de desemprego já é de 10,2% e outros 200.000 postos foram perdidos em outubro, quando se incluem trabalhadores desencorajados e parcialmente empregados, o número é um gritante 17,5%. Enquanto perder 200.000 empregos por mês é melhor do que os 700.000 empregos perdidos em janeiro, as perdas atuais de emprego ainda são em média maiores do que a taxa mensal de 150.000 durante a última recessão. Além disso, lembre-se: a última recessão terminou em novembro de 2001, mas as perdas de emprego continuaram por mais de um ano e meio, até junho de 2003; idem para a recessão de 1990-91. Assim, podemos esperar que as perdas de empregos vão continuar até o final de 2010, no mínimo. Em outras palavras, se você está desempregado, procurando trabalho e apenas esperando a economia dobrar a esquina, é melhor se sentar. Todos os números econômicos sugerem que isto vai demorar um pouco. Os empregos simplesmente não estão voltando.

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PIB do Japão avança

O mundo fora de equilíbrio – Paul Krugman

Obama diz que falta tempo para acordos sobre clima

Diretor do Banco Central do Brasil vai deixar a instituição


PIB do Japão avança

A economia do Japão se expandiu no ritmo mais rápido em mais de dois anos no terceiro trimestre, liderada pela recuperação na demanda interna que pode abrandar as preocupações sobre a volta da recessão no próximo ano. O produto interno bruto cresceu a um ritmo anual de 4,8%, mais do que as previsões de todos os 20 economistas da pesquisa da Bloomberg News, após um ganho de 2,7% no segundo trimestre, mostraram os números do Gabinete Oficial hoje em Tóquio. Foi o segundo avanço consecutivo após a mais profunda recessão do país no pós-guerra. A expansão mais rápida da segunda maior economia do mundo ressalta o fortalecimento da recuperação global, depois de relatos na semana passada mostrarem aceleração da produção industrial chinesa e o retorno ao crescimento da região do euro. Ao mesmo tempo, as autoridades monetárias japonesas necessitam manter as políticas monetária e fiscal para reforçar a retomada, disse o Vice-Primeiro Ministro Naoto Kan.

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O mundo fora de equilíbrio

New York Times

Por Paul Krugman

As viagens internacionais dos líderes do mundo são principalmente sobre como fazer gestos simbólicos. Ninguém espera que o presidente Obama volte da China com novos acordos principais, de política econômica ou qualquer outra coisa. Mas vamos esperar que, quando as câmeras não estiverem acompanhando Obama e seus anfitriões, eles se envolvam em conversas francas sobre a política monetária. Pois os problemas de desequilíbrio do comércio internacional estão prestes a ficarem substancialmente piores. E há um confronto ameaçador potencialmente feio se a China não corrigir seus caminhos. Algumas informações básicas: a maioria das principais moedas do mundo “flutuam” umas contra as outras. Ou seja, os valores relativos movem-se para cima ou para baixo, dependendo das forças de mercado. Isso não significa necessariamente que os governos persigam políticas de não intervenção: os países às vezes limitam a saída de capitais quando há uma corrida em suas moedas (como a Islândia fez no ano passado), ou tomam medidas para desencorajar influxos de hot money (aplicações de curtíssimo prazo), quando temem que os especuladores amem suas economias não sabiamente (investimentos produtivos), mas bem demais – especulando – (que é o que o Brasil está fazendo agora). Mas hoje em dia a maioria das nações tenta manter o valor da sua moeda em consonância com os fundamentos econômicos de longo prazo.

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Obama diz que falta tempo para acordos sobre clima

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O presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceu hoje que o tempo se esgotou para garantir um acordo juridicamente vinculado ao clima na reunião de Copenhague em dezembro, e lançou seu apoio nos bastidores para atrasar o pacto formal até, no mínimo, o próximo ano. Durante uma reunião convocada às pressas, em Cingapura, o presidente dos EUA apoiou o plano dinamarquês de poupar alguma (das pautas da) reunião do próximo mês, objetivando torná-la a primeira etapa de uma série de compromissos, ao invés de um conteúdo abrangente. Adiando muitas decisões controversas em matéria de metas de emissões, financiamento e transferência de tecnologia até o segundo estágio, os líderes vão, ao invés disso, tentar chegar a um acordo político em Copenhague que envia uma forte mensagem de intenções. Enquanto caem as esperanças de que a reunião defina um plano de ação global que substitua o Protocolo de Quioto, se reconhece a falta de progressos nos últimos encontros preparatórios e as obstruções da legislação sobre o clima no Senado dos EUA.

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Diretor do Banco Central do Brasil vai deixar a instituição

Breaking News, World News and Taiwan News.

Um alto funcionário do Banco Central do Brasil demitiu-se e vai deixar seu posto em alguns dias, após uma entrevista que deu ter gerado críticas, noticiou o jornal Folha de São Paulo no sábado. Mario Torós, diretor de política monetária do banco central, deu detalhes sobre as deliberações dos bancos durante a crise financeira do ano passado, incluindo um e-mail entre ele e o presidente do banco, Henrique Meirelles, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada na sexta-feira. Torós era responsável pela gestão das reservas internacionais do Brasil e das operações de câmbio no mercado.

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Luis Nassif

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