Painel internacional

China é a dor de cabeça do Brasil

washingtonpost.com

O país do momento é o Brasil, aquele caldo de nacionalidades de quase 200 milhões de pessoas. Uma democracia próspera, que tem um presidente muito popular e acentuada queda da pobreza. Para manter seu sucesso maravilhoso nos trilhos, o Brasil pode ter que fazer algo que horroriza seus diplomatas: enfrentar a China. A vulnerabilidade do Brasil vem de sua moeda, o real, que saltou um terço em relação ao dólar no ano passado. Um novo aumento pode prejudicar os exportadores e tornar impossível aos produtores nacionais competir com as importações baratas, perfurando a vitalidade em que o milagre brasileiro é predicado. As forças motrizes (de valorização) do real não estão prestes a se inverter. O primeiro indicador é á fragilidade da economia dos EUA, que faz com que o Fed (banco central dos EUA) mantenha as taxas de juro baixas, induzindo o capital a procurar retornos mais elevados em quaisquer lugares. O Brasil é o destino favorito: suas taxas de juro são altas e as condições financeiras inspiram confiança. A segunda força motriz que está fortalecendo o real é a China. No último ano a China voltou a atrelar sua moeda ao dólar, então o yuan seguiu a queda da divisa norte-americana, martelando a capacidade do Brasil de competir com os produtos chineses. Enquanto isso, o ilogicamente fraco yuan atinge produtores em outros países, encorajando os bancos centrais a manter taxas baixas de juro e levando mais capital ao Brasil.

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Deflação japonesa barateia iene no mercado interbancário

A questão orçamentária nos EUA

Abu Dhabi injeta US$10 bilhões em Dubai

Obama quer apoio para agência de proteção ao consumidor


Deflação japonesa barateia iene no mercado interbancário

O iene está pronto para substituir o dólar como principal moeda de financiamento para investimentos em cidades que vão de Sydney a São Paulo, após os empréstimos do Japão se tornarem quase tão baratos quanto os empréstimos dos EUA, pela primeira vez em quatro meses. As taxas de empréstimos do iene para 90 dias entre bancos caíram no maior nível em 13 anos, em meio à deflação recorde que levou o Banco do Japão a iniciar um programa de empréstimos de US$ 113 bilhões na semana passada. Ao reduzir a demanda por empréstimos ao setor privado, o movimento ajudou a diminuir o fosso entre as taxas interbancárias dos EUA e japonesa no mercado de Londres em dois terços acima dos últimos três meses, para 0,024 pontos percentuais, a menor desde 26 de agosto, mostraram os dados compilados pela Bloomberg. Os investidores estão apostando que as taxas Libor nos EUA serão maiores até junho, uma vez que se recuperam da recessão mais rapidamente que o Japão, segundo dados da Bloomberg. Os EUA se expandirão 2,6% em 2010, duas vezes mais rápido que o Japão, revela a mediana de previsões de pesquisas Bloomberg com até 82 economistas. Isso pode motivar os operadores a mudar de dólares para ienes a compra de ativos em países com altas taxas de juros como a Austrália e o Brasil, enfraquecendo a moeda do Japão e sustentando o dólar, como preconizado nas declarações públicas de ambos os governos.

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A questão orçamentária nos EUA

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Os números são assustadores. O déficit do orçamento público federal dos EUA está projetado para aumentar até US$ 9 trilhões ao longo do acumulado dos próximos 10 anos. A dívida nacional já cobre US$ 12 trilhões. Somente a conta de juros do serviço da dívida do governo vai mais do que triplicar, para US$ 700 bilhões, em 2019. Parafraseando e atualizando o lendário senador Everett Dirksen: um trilhão aqui, um trilhão ali, e logo você está falando de dinheiro de verdade. Assustado? Não fique, pelo menos ainda não. Os números não estão em qualquer lugar próximo do assustador quanto aparentam à primeira vista. Por um lado, grande parte do déficit reflete medidas dramáticas, mas temporárias, tomadas pelo governo para escorar uma economia em queda livre com crédito congelados, gestões temerosas e dinheiro represado das famílias. Por outro lado, os pagamentos de juros como porcentagem do produto interno bruto (PIB) vai subir 2,4% em média, durante a próxima década, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso. Isso é consideravelmente inferior à média de 3,1% do PIB, de 1985 a 1994.
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Abu Dhabi injeta US$10 bilhões em Dubai

The Wall Street Journal

Dubai disse nesta segunda-feira que recebeu US$ 10 bilhões em financiamento de Abu Dhabi, que vai pagar parte da dívida detida pelo conglomerado Dubai World e sua unidade imobiliária Nakheel. Fora disto, US$ 4,1 bilhões serão usados para pagar os títulos islâmicos da Nakheel, ou sukuk, que vencem na segunda-feira. O restante dos recursos serão utilizados para financiar as necessidades do mundo de Dubai até o final de abril 2010. As notícias do financiamento levou as ações em bolsas de valores locais à alta. “Esta é uma notícia muito positiva, e será um bem-vindo alívio para os portadores de títulos, em particular”, disse Ali Khan, diretor-gerente da Arqaam Capital. “Estamos esperando uma forte reação positiva aos EAU (Emirados Árabes Unidos) e mercados regionais”.

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Obama quer apoio para agência de proteção ao consumidor

O presidente dos EUA Barack Obama está pedindo aos executivos de bancos que apóiem seus esforços para reforçar o setor financeiro, enquanto os bancos estão dispostos a dizer ao presidente que ele deveria parar de simplificar suas preocupações se quiser a colaboração de boa-fé. Uma reunião de uma hora entre o presidente e as principais empresas financeiras da nação foi se moldando para um encontro tenso na Casa Branca nesta segunda-feira, não menos importante por causa da descrição de Obama dos banqueiros na véspera das negociações como “gatos gordos”. Autoridades do governo descreveram a reunião como uma continuidade das discussões que o presidente abriu no começo de seu mandato e o último empurrão para que os credores assumam maior responsabilidade enquanto a nação combate uma crise econômica que começou em Wall Street. Especificamente: Wall Street deveria se alinhar a Obama e apoiar a proposta de uma agência de proteção ao consumidor que foi desobstruída pela Casa Branca na semana passada.

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Luis Nassif

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