Painel internacional

Aquela sensação de 1937

New York Times

Por Paul Krugman

Aqui está o que está vindo no noticiário econômico: o próximo relatório do emprego poderá mostrar a economia criando empregos pela primeira vez em dois anos. O próximo relatório do PIB (Produto Interno Bruto) deverá mostrar um crescimento sólido no final de 2009. Haverá muitos comentários otimistas – e os clamores que já estamos ouvindo pelo fim dos estímulos para reverter os passos que o governo e o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) levaram para sustentar a economia vão ficar ainda mais altos. Mas se os chamados forem atendidos, estaremos repetindo o grande erro de 1937, quando o Fed e o governo Roosevelt decidiram que a Grande Depressão acabou, e que era o momento para a economia jogar fora as suas muletas. Os gastos foram cortados, a política monetária foi apertada – e a economia prontamente mergulhou de volta às profundezas. Isto não deveria estar acontecendo. Tanto Ben Bernanke, o presidente do Fed, e Christina Romer, que lidera o Conselho de Assessores Econômicos do presidente Obama, são estudiosos da Grande Depressão. Romer alertou explicitamente contra a reedição dos acontecimentos de 1937. Mas, de qualquer forma, aqueles que recordam o passado às vezes o repetem.

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E mais:

Bernanke admite usar juro para evitar bolhas especulativas

Grécia discute plano econômico com Comissão Europeia

Indonésia negocia redução tarifária no acordo China-Asean

EUA e Grã-Bretanha mantêm embaixadas fechadas no Iêmen


Bernanke admite usar juro para evitar bolhas especulativas

The Wall Street Journal

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, abriu um pouco mais a porta para a idéia de aumento das taxas de juros se uma nova bolha financeira emergir. Ele também montou uma defesa vigorosa contra os críticos que dizem que foi a política de baixas taxas de juro ao longo da última década que causou a bolha imobiliária passada. Ao invés disso, disse, o problema foi a regulamentação negligente, que permitiu aos bancos emitir uma grande quantidade de hipotecas exóticas que as famílias depois tiveram dificuldade em pagar. “Temos de ser especialmente vigilantes para garantir que os recentes acontecimentos não se repitam”, disse Bernanke em um discurso no domingo na reunião anual da Associação Econômica Americana. Uma regulação melhor é a sua primeira linha de defesa contra crises futuras. Mas o Fed também precisa “permanecer aberto” ao uso da ferramenta sem corte das taxas de juros mais altas para evitar ou estourar bolhas de ativos futuros, disse Bernanke, especialmente se outros métodos não estiverem funcionando.

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Grécia discute plano econômico com Comissão Europeia

BBC NEWS

A Grécia está programada para dizer à Comissão Europeia como planeja controlar as suas finanças públicas e fazer com que sua sitiada economia volte aos trilhos em 2010. Os problemas de dívida representam um grande teste para o euro no seu 12º ano, enquanto os mercados esperam para ver como o as 16 nações do euro reagirão aos problemas da Grécia. Os ratings da dívida pública foram rebaixadas na Grécia pelas três principais agências internacionais de rating. Os peritos da comissão financeira vão submeter o plano a um severo escrutínio. Importantes economistas na Grécia passaram o período do feriado do Ano Novo refinando do documento, que deverá ser enviado a Bruxelas ao meio-dia de segunda-feira. A Comissão Europeia enviará uma equipe de auditores para a Grécia no final da semana.

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Indonésia negocia redução tarifária no acordo China-Asean

World Bulletin

A Indonésia pode apresentar um pedido formal aos vizinhos do Sudeste Asiático para atrasar algumas reduções tarifárias do acordo de livre comércio com a China, disse uma autoridade do ministério de comércio do país na segunda-feira. O pacto entre a China e os 10 países-membro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês) constitui um bloco comercial de US$ 200 bilhões que afeta 1,9 bilhão de pessoas, tornando-o o maior acordo de comércio do mundo em população e terceiro maior por volume de negócios após a Área Econômica Europeia e o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). O acordo, que deve ajudar a China a garantir fontes de matérias-primas e abrir novos mercados para os países da Asean em seu imenso vizinho, foi inicialmente assinado em 2002 e abrange cerca de 7.000 linhas de produtos. E entrou em vigor este ano. Mas a Indonésia liderou a resistência após setores como têxteis e vestuário reclamarem que o acordo deixou as indústrias vulneráveis a importações baratas da China.
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EUA e Grã-Bretanha mantêm embaixadas fechadas no Iêmen

Reuters

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha mantiveram suas embaixadas no Iêmen fechadas pelo segundo dia, devido a preocupações sobre possíveis ataques após o mal-sucedido atentado no Dia de Natal de um avião que seguia para os EUA, disseram diplomatas. A embaixada dos EUA citou ameaças da Al Qaeda, que as agências de inteligência do país acreditam ter uma presença crescente no Iêmen. Um assessor do presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o país tinha indicações de que a Al Qaeda estava planejando um ataque em Sanaa (capital do Iêmen). “A embaixada ainda está fechada hoje… Continuamos a fazer a revisão de segurança”, disse à Reuters um diplomata dos EUA que não quis ser identificado. A Grã-Bretanha já alegou motivos de segurança para o fechamento de sua embaixada, sem dar mais detalhes. O Iêmen, enfrentando uma rebelião de muçulmanos xiitas no norte do país e os protestos separatistas no sul, reforçou a segurança na sua costa para impedir a infiltração de militantes islâmicos da Somália.
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Luis Nassif

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