Painel internacional

As bolhas e os bancos

New York Times

Por Paul Krugman

A reforma do sistema de saúde é quase (bata na madeira) um negócio fechado. Em seguida: a reforma do sistema financeiro. Vou escrever muito sobre a reforma financeira nas próximas semanas. Deixe-me começar fazendo uma pergunta básica: o que os reformadores devem tentar fazer? Muito do debate público tem sido sobre como proteger os tomadores de crédito. De fato, uma nova Agência de Proteção Financeira do Consumidor ajudaria a acabar com as práticas enganosas de empréstimos é uma idéia muito boa. E a melhor proteção do consumidor poderia ter limitado o tamanho total da bolha imobiliária. Mas a defesa do consumidor, ao mesmo tempo em que poderia ter bloqueado muitos empréstimos subprime, não teria impedido o acentuado aumento da taxa de inadimplência nas hipotecas convencionais ‘plain vanilla’ (contratos padrões de empréstimo). E certamente não teria impedido o crescimento monstruoso e estouro dos imóveis comerciais. A reforma, em outras palavras, provavelmente não poderá impedir tanto os maus empréstimos como as bolhas. Mas pode fazer muito para assegurar que as bolhas não levem o colapso ao sistema financeiro, quando estourarem.

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E mais:

China prepara aumento de juros

Desemprego na Espanha é quase o dobro da Eurozona

AB InBev vai fazer demissões no Leste Europeu

Divisão do Iêmen complica esforços dos EUA para combater al-Qaeda


China prepara aumento de juros

A decisão da China de elevar o custo dos títulos de três meses vai provavelmente levar ao primeiro aumento da taxa básica de juro da nação em quase três anos em setembro, mostrou uma pesquisa de economistas. O Banco Popular da China vai elevar agora a taxa de referência dos empréstimos de um ano de 5,31% para 5,85% no final do ano, segundo a mediana das estimativas de 15 economistas consultados hoje pela Bloomberg News. O levantamento foi feito após o Banco Central vender ontem títulos na maior taxa de juros pela primeira vez em 19 semanas. “Os formuladores de políticas estão silenciosamente implementando uma estratégia de saída e abrindo o caminho para a subida da taxa de juros”, disse Kevin Lai, economista do Daiwa Institute of Research em Hong Kong. “Isto é razoável, porque a inflação provavelmente vai disparar nos próximos meses.

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Desemprego na Espanha é quase o dobro da Eurozona

ELPAIS.COM

A taxa de desemprego subiu um décimo na zona do euro (países que usam o euro como moeda) em novembro, para 10%. O mesmo que na Espanha, que alcançou 19,4% e permanece como o segundo país com maior desemprego da União Europeia (UE) e o primeiro na zona do euro, como relatado hoje pelo Eurostat, o escritório estatístico da UE. Em todos os vinte e sete países, o desemprego também aumentou um décimo, para 9,5%. O nível de desemprego registrado nos países do euro, e que afeta 15,71 milhões de pessoas, é o mais elevado desde agosto de 1998, enquanto a taxa da UE (onde 22,89 milhões de pessoas estão desempregadas) é o pior número desde o início da série histórica, em janeiro de 2000.

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AB InBev vai fazer demissões no Leste Europeu

The Wall Street Journal

A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, planeja reduzir sua força de trabalho da Europa Oriental em 10%, face ao declínio das vendas de toda a região, disse um porta-voz da InBev AB sexta-feira. Os consumidores europeus têm trocado a cerveja pelo vinho e bebidas destiladas nos últimos anos, uma tendência que tem causado constante declínio nas vendas da região. As vendas da fabricante de cerveja nas operações da Europa Ocidental caíram 7,5% em 2008 e outros 17% nos primeiros nove meses de 2009, mas ainda assim conseguiram aumentar os lucros na região por meio da redução de custos. Os cortes trarão um impacto provável de cerca de 800 pessoas em uma força de trabalho de 8 mil, principalmente na Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Holanda e Luxemburgo, disse a porta-voz Karen Couck. Os gerentes da empresa reuniram-se com os sindicatos de trabalhadores desses países na quinta-feira, para discutir seus planos. Na Bélgica, os trabalhadores da cervejaria InBev AB Jupiler mantiveram os gestores reféns no encontro, liberando-os finalmente de manhã cedo.

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Divisão do Iêmen complica esforços dos EUA para combater al-Qaeda

The Wall Street Journal

A turbulência do governo (sediado) no sul do Iêmen está complicando os esforços dos EUA para conter as ambições da Al-Qaeda na região, de acordo com autoridades ocidentais e iemenitas, analistas e ativistas de direitos humanos. As preocupações destacam a dimensão de que os Estados Unidos, enquanto aprofundam seu envolvimento militar na região, estão unindo forças com um governo que enfrenta divisões internas que em alguns aspectos são mais complexas do que no Iraque, Afeganistão e Paquistão. Em um discurso na quinta-feira, o presidente Obama disse que os Estados Unidos têm trabalhado em estreita colaboração com seus parceiros, incluindo o Iêmen, “para infligir grandes golpes” contra a Al-Qaeda. Mas especialistas familiarizados com esse grupo dizem que ele está pronto para explorar a divisão do país e atrair recrutas e a simpatia das tribos mais poderosas do sul. A Al-Qaeda sonha com a secessão”, disse Najib Ghallab, um professor de ciências políticas na Universidade de Sanaa. “Ela quer transformar o sul em um terreno ideal para o terrorismo global”. O Iêmen foi unificado em 1990, mas a tensão entre o norte e o sul permanece.

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Luis Nassif

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