Painel internacional

Déficit gigante pode mudar política dos EUA e poder global

New York Times

Em um orçamento federal preenchido com estatísticas confusas, dois números se destacam como particularmente impressionantes pela forma como podem mudar a política e o poderio norte-americanos. O primeiro é o déficit projetado para o próximo ano, quase 11% de toda a produção econômica do país. Isso não é inédito: durante a Guerra Civil, a Primeira e a Segunda Guerra mundiais, os Estados Unidos incorreram em crescentes déficits, mas geralmente com a expectativa de que recuariam quando a paz fosse restaurada e os gastos de guerra se reduzissem. Mas o segundo número, profundamente enterrado nas projeções do orçamento, é o único que realmente chama a atenção: de acordo com as estimativas otimistas do presidente Obama, os déficits norte-americanos não vão voltar ao que são amplamente considerados os níveis sustentáveis ao longo dos próximos 10 anos. Para Obama e seus sucessores, os efeitos dessas projeções são claros: a menos que um crescimento milagroso, miraculoso ou compromissos políticos criem alguma mudança imprevista durante a próxima década, praticamente não há espaço para novas iniciativas internas para Obama ou seus sucessores. O principal conselheiro econômico de Obama, Lawrence H. Summers, costumava perguntar antes de entrar para o governo um ano atrás, “quanto tempo o maior devedor do mundo permanecerá a maior potência do mundo?”

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Economia dos EUA dá sinais animadores

Austrália surpreende ao manter juro no patamar atual

Brasil planeja melhorar laços com a China

Produção brasileira deve equilibrar mercado de açúcar


Economia dos EUA dá sinais animadores

The Wall Street Journal

Em duas indicações recentes de aperto da economia dos EUA, uma nova pesquisa mostrou que os bancos pararam de estreitar as condições de crédito para consumidores e empresas e a atividade manufatureira subiu para o seu nível mais alto em cinco anos. O relatório de produção da segunda-feira, do Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês), animou o mercado acionário. O índice Dow Jones Industrial subiu 118,20 pontos, ou 1,17%, para 10.185,53. Os bancos nos EUA não viraram totalmente a esquina: ao mesmo tempo em que não estão apertando o crédito, também não o estão tornando mais fácil, de acordo com a pesquisa do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulgada na segunda-feira. Dos mais de 50 bancos pesquisados, nenhum disse que tinha apertado as normas do negócio de empréstimos para empresas de médio ou grande, e apenas dois disseram que tinham estreitado para as empresas menores. Em contrapartida, na pesquisa de outubro, oito bancos restringiram o crédito para empresas médias ou grandes empresas, e nove bancos endureceram para pequenas empresas. Os tomadores passaram grande parte dos últimos dois anos com crédito restrito, em meio à crise financeira. E com a atividade manufatureira no seu ponto mais alto desde agosto de 2004 e a continuidade dos ganhos mês a mês, a recuperação do setor parece mais sustentável do que muitos economistas previram apenas alguns meses atrás. Isso é um bom presságio para a economia global.

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Austrália surpreende ao manter juro no patamar atual

BBC NEWS

O banco central da Austrália surpreendeu os mercados ao manter a taxasica de juro em 3,75%. A maioria dos analistas vinha esperando um aumento da taxa para 4%, e a notícia de congelamento da taxa levou o valor do dólar australiano a cair. A Austrália escapou confortavelmente dos piores efeitos da crise bancária, e o Banco Central da Austrália aumentou a taxa três vezes desde outubro. No entanto, o Banco Central indicou que mais elevações da taxa podem ser necessárias. “Se as condições econômicas evoluírem como esperado, a diretoria considera provável que a política monetária terá, ao longo do tempo, necessidade de ser ajustada a fim de se garantir que a inflação permaneça consistente com a meta em médio prazo”, disse o presidente do Reserve Bank of Austrália (RBA, banco central da Austrália), Glenn Stevens.

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Brasil planeja melhorar laços com a China

O Brasil considera suas trocas comerciais com a China como prioridade e vai reforçar o seu desenvolvimento nos próximos anos, disse um funcionário do comércio brasileiro em Brasília, na segunda-feira. O Brasil estava planejando melhorar suas relações comerciais e de investimento com a China, Welber Barral, disse o secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em entrevista à Xinhua. Ele disse que a segunda reunião de Alto Nível Brasil-China da Comissão de Coordenação e Cooperação (Cosban, na sigla em inglês) será realizada em março no Brasil. “Na reunião, o plano de trabalho para aumentar as relações comerciais, missões comerciais e de investimentos entre Brasil e China serão revistos”, disse. Barral espera um maior crescimento no comércio bilateral este ano, especialmente no setor agrícola. Ele disse que seu país está ativamente envolvido na Expo Xangai 2010, com várias cidades brasileiras presentes no evento. “Há todo um calendário de eventos e em 3 de junho e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva provavelmente irá participar da Expo Xangai”, disse.

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Produção brasileira deve equilibrar mercado de açúcar

Os preços do açúcar bruto provavelmente declinarão a partir da maior alta em 29 anos com um “grande aumentona produção impulsionada principalmente pelo Brasil, e que pode equilibrar o mercado, de acordo com a empresa alemã de análises F.O. Licht. “Os fundamentos para o fim do boom do açúcar estão sendo colocados“, disse Christoph Berg, diretor da empresa, em uma entrevista hoje na conferência de Manila. “Os preços estão caindo ao longo de 2010. A variedade de matérias-primas mais que duplicou no ano passado, obtendo o maior ganho desde 1974, depois das chuvas e secas cortarem o fornecimento no Brasil e Índia, os maiores produtores. A produção pode ser retomada este ano, com os preços elevados induzindo os agricultores a impulsionar o plantio e as condições meteorológicas no Brasil melhorando, disse Berg. A escassez mundial alargou os ganhos futuros do açúcar bruto e branco este ano, enquanto trigo, milho e soja caíram.

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Luis Nassif

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