Painel internacional

FMI quer ditar termos da ajuda à Grécia, desafiando a Europa

O Fundo Monetário Internacional ditará os termos da ajuda que fornecerá à Grécia, disse o diretor gerente Dominique Strauss-Kahn, refletindo as tensões com os líderes europeus sobre um possível resgate. Os líderes da região das 16 nações do euro aprovaram um acordo com o FMI na semana passada e empréstimos bilaterais a taxas de juro de mercado que devem esvaziar a opção da Grécia de levantar fundos, enquanto dizem que vão manter o controle sobre o processo. Qualquer pacote grego “seria um programa do FMI e decidido pelo FMI, como acontece com todos e com cada país”, disse hoje Strauss-Kahn, em entrevista durante um vôo de Varsóvia para Bucareste. “O FMI vai definir as condições como faz em qualquer país”. Os comentários de Strauss-Kahn sinalizam uma potencial batalha campal com os líderes europeus. O primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker, que preside o painel de ministros das finanças da área do euro, disse na semana passada que “teria preferido” um plano “puramente europeu”. O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, que inicialmente se opôs a um papel do FMI, disse que os governos europeus permanecerão no controle dos termos. Ao aceitar a participação do FMI, os líderes da zona do euro cedem à insistência da chanceler alemã, Angela Merkel, que mais da metade de todos os empréstimos para a Grécia venham do emprestador de Washington como última instância.

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Taxação a bancos deve ser internacional

FMI alerta para desaceleração alemã

Economistas chineses sugerem aumento do yuan

Vale e BHP extinguem acordos anuais de preços de minério de ferro

Taxação a bancos deve ser internacional

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Os bancos vão deixar o Reino Unido e se mudar para o exterior se não houver cooperação internacional em qualquer regulação financeira mais dura, afirmou o chanceler de finanças Alistair Darling. Ele disse à Comissão de Finanças da Câmara que não quis por em risco a força de Londres como centro financeiro, agindo de forma unilateral. Os conservadores disseram que vão apresentar um novo imposto sobre os bancos mesmo se outros países não se decidirem a fazê-lo. Darling também disse que estava confiante em uma recuperação sustentável da economia. “É um crescimento modesto, é por isso que acho que temos de ter cuidado, mas é um crescimento, no entanto, disse. O chanceler acrescentou: “Tirar o apoio agora seria desastroso”. Darling falou enquanto os números mostraram que a economia britânica cresceu mais do que se pensava anteriormente – 0,4% – nos últimos três meses de 2009.

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FMI alerta para desaceleração alemã

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A Alemanha conseguiu deixar a recessão para trás, graças à força de seu setor exportador e à recuperação dos mercados consumidores. No entanto, segundo um relatório divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional, as últimas previsões para a locomotiva europeia sugerem que o crescimento será menor que o esperado, para 1,2% e 1,7% em 2010 e 2011, e que obrigará as empresas, especialmente do setor manufatureiro, a ajustar os seus modelos depois de resistir à fase mais aguda da crise, com destruição moderada de desemprego. Além disso, acrescentou o FMI, os entraves ao desenvolvimento de serviços e uma maior concorrência aumenta o risco de um ajuste estrutural prolongado após a crise, enquanto as reformas anunciadas para impulsionar a demanda doméstica, “não parecem fáceis“.

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Economistas chineses sugerem aumento do yuan

A China deve permitir que o yuan retome sua gradual apreciação, disseram dois novos conselheiros para o banco central na terça-feira, enquanto Pequim enfrenta intenso pressão dos EUA para deixar sua moeda se valorizar. O relógio está correndo para a data de 15 de abril, conduzido pelo Tesouro dos EUA sobre se a China está deliberadamente manipulando sua moeda para manter suas exportações competitivas e ganhar uma vantagem desleal nos mercados globais. Pequim permitiu que o yuan subisse 21% em relação ao dólar entre julho de 2005 e julho de 2008 antes de efetivamente voltar a atrelar sua moeda, também conhecida como renminbi, para perto de 6,83 por dólar para ajudar os exportadores a enfrentar a crise global de crédito. “(China) deve retomar a taxa de câmbio flutuante do pré-crise o mais rapidamente possível”, disse à Reuters Xia Bin, pesquisador do Centro de Desenvolvimento de Pesquisa, uma renomada instituição de estudos. Xia foi um dos três economistas nomeados na segunda-feira como membro do comitê de política monetária do Banco Popular da China, que desempenha um papel fundamental de consultoria na elaboração da política monetária. As grandes decisões sobre câmbio e juros, no entanto, são tomadas pelos líderes políticos da China, e não pelo banco central. Li Daokui, outro novo membro do órgão consultivo, disse que a China deveria desistir da paridade do dólar antes de setembro. “Uma maneira de aliviar as pressões sobre a taxa de câmbio do renminbi é fazer um ajuste por iniciativa própria da China”, disse Li, um economista da Universidade de Tsinghua.

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Vale e BHP extinguem acordos anuais de preços de minério de ferro

A Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, e a BHP Billiton encerraram um sistema de definição anual de preços de 40 anos, assinando contratos de curto prazo com siderúrgicas asiáticas, com a companhia brasileira ganhando um aumento de 90%. A Sumitomo Metal Industries, terceira maior siderúrgica japonesa, concordou em pagar à Vale de US$ 100 a US$ 110 por tonelada métrica no trimestre que se inicia em 1 de abril, disse o porta-voz Toshifumi Matsui. BHP, maior mineradora mundial, disse hoje que venderá a maioria de sua produção às siderúrgicas asiáticas com contratos de curto prazo, sem especificar o preço. Um julgamento em Xangai responsabilizou ontem o colapso das negociações de preços anuais ao executivo da Rio Tinto Stern Hu e três colegas, que obtiveram segredos comerciais, sentenciando-os a penas de 7 a 14 anos de prisão pelo delito e por corrupção. Os preços trimestrais flexíveis ajudarão os produtores a se beneficiar do aumento do valor do minério de ferro, que estão sendo negociados por mais que o dobro dos preços dos contratos anuais.

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Luis Nassif

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