Para Barbosa, melhora econômica vai reduzir temperatura política

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ministro ressaltou que reservas permitem que país não tenha problemas nas contas externas

Jornal GGN – O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (21) que é preciso haver “civilidade” no debate público. Para o ministro, no momento atual uma melhora na economia ajudaria a diminuir a temperatura da discussão política. Porém, ele defendeu que a política auxilie igualmente a estabilização da economia. “Uma melhora do quadro econômico ajuda a distensionar, a diminuir a polarização. Mas acho que está na hora de a política também ajudar a economia. A gente tem de resgatar a civilidade no debate público”, declarou.

Como exemplo de diálogo, o ministro citou as discussões com governadores que resultaram na proposta do governo de alongar em 20 anos o prazo da dívida dos estados.

“Essa construção foi junto com 27 governadores. Tem governador da oposição, da situação e nós construímos uma proposta que procurou atender às reivindicações de todos”, disse. A proposta de alongamento é uma das medidas que será encaminhada até amanhã (22) para apreciação do Congresso Nacional, na forma de Projeto de Lei Complementar.

Barbosa disse ainda que, em função da turbulência política, o governo deve “avaliar” o melhor momento de enviar ao Congresso a proposta de reforma da Previdência.

“Diante do cenário conturbado, obviamente o governo vai avaliar o melhor momento de enviar essa proposta. Essa decisão de quando enviar também tem de atentar para o cenário político. Mas, independente disso, as discussões técnicas no fórum [de Debates sobre Políticas de Trabalho, Emprego, Renda e Previdência] e do governo continuam”, concluiu.

A manutenção das reservas internacionais permitem que o Brasil não tenha problemas nas contas externas, disse Barbosa. Ele negou que o governo tenha a intenção de usar as reservas, atualmente em torno de US$ 375 bilhões, e afirmou que esses recursos dão autonomia ao país para não recorrer a organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) em momentos de turbulência econômica.

“As reservas dão autonomia para a política econômica brasileira. São elas que permitem que a gente não tenha de discutir política econômica com o FMI. É tanto um desafio quanto uma bênção”, declarou o ministro após anunciar o envio de um projeto de lei complementar ao Congresso com medidas fiscais.

O ministro negou que o governo pretenda usar recursos das reservas internacionais para aumentar os investimentos federais. “Não preciso usar as reservas. Para aumentar o investimento no Brasil, preciso do apoio do Congresso. É isso que estou pedindo”, declarou Barbosa.

Ainda esta semana, o governo pretende enviar ao Congresso um projeto de lei para alterar a meta fiscal de 2016. O Orçamento Geral da União estipulava meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central).

Em fevereiro, a equipe econômica tinha anunciado que não tinha condições de cumprir essa meta e que enviaria um projeto que autoriza o abatimento de até R$ 84,2 bilhões, o que faria o Governo Central fechar o ano com déficit de R$ 60,2 bilhões.

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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