Para diretor do BC, estresse do mercado exige calma

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira, disse que é preciso “calma e discernimento analítico”, em momento de estresse do mercado financeiro. “É necessário prosseguir nas políticas anunciadas, separar as causas da volatilidade, dar direção ao mercado e preservar sua funcionalidade”, ao divulgar o Relatório Trimestral de Inflação, do terceiro trimestre do ano.

Awazu destacou que ter calma não significa complacência ou “cegueira” e que é preciso discernimento para entender que os aumentos de prêmio de risco (retorno adicional que investidores recebem por aceitar risco) do Brasil são temporários. “O governo está resolutamente caminhando para que os efeitos de prêmios de riscos excessivos, que tem se manifestado recentemente, possam ser revertidos”, disse.

Ele enfatizou que a estratégia do BC é manter a taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar de 14,25% ao ano e que o governo está agindo para dar sustentabilidade à dívida pública. O BC espera que o governo consiga atingir a meta de superávit primário, economia para o pagamento dos juros da dívida pública, de 0,15% do Produto Interno Bruto (IPB) neste ano e de 0,70%, em 2016. O dólar e os juros futuros têm subido fortemente nos últimos dias, em momento de incertezas do mercado sobre o atingimento da meta de superávit primário.

No último dia 9, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) anunciou o rebaixamento da nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+. Com a redução, o Brasil perdeu o grau de investimento conferido a países considerados bons pagadores e seguros para investimento estrangeiro. A agência retirou o grau de investimento após o governo apresentar o Orçamento para o próximo ano com déficit de R$ 30,5 bilhões. Posteriormente, o governo anunciou medidas para ampliar as receitas e atingir a meta de superávit primário do setor público de 0,7%, no próximo ano.

Sobre a inflação, Awazu disse que o objetivo do BC continua sendo atingir a meta de 4,5%, em 2016. Para ele, a trabalho desenvolvido pelo BC tem mostrado resultados positivos porque não haverá descontrole inflacionário em 2016. Awazu acrescentou que isso dá confiança aos cidadãos e empresários, mas não é suficiente.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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