Participação da indústria na economia perde força em estados

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Segundo CNI, resultado reflete perda de competitividade observada nos últimos anos

Jornal GGN – A perda de participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) se propaga pela economia de quase todos os estados brasileiros, a reboque da perda de competitividade do setor no cenário nacional. De 2010 a 2013 – último dado disponível para o levantamento estadual -, 23 unidades da Federação sofreram retração da indústria na composição do PIB estadual, segundo levantamento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A pesquisa mostra que, em 11 estados, o decréscimo na participação da indústria no PIB no período foi igual ou ainda maior que a média nacional – a contribuição da indústria para o PIB brasileiro caiu 2,5 pontos percentuais, passando de 27,4% para 24,9% (indústria de transformação, extrativa, construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública).

A maior retração foi sentida pela Bahia. A indústria reduziu sua participação no PIB do estado em 6,6 pontos percentuais. Em seguida vêm Amazonas (5,7 p.p.), Tocantins (4,3 p.p.) e São Paulo (4,2 p.p.). São Paulo também perdeu espaço na composição nacional da produção industrial. O estado, que em 2010 era responsável por 32,1% de todos os produtos industrializados fabricados no Brasil, teve a participação reduzida para 28,6% em 2013.

Por outro lado, indústrias do Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro ganham importância em suas respectivas economias, com a produção de industrializados registrando aumento de participação na economia local.

As informações mostram ainda que 19 das 27 unidades da federação têm um setor industrial considerado concentrado ou muito concentrado. O mais concentrado é Roraima, onde os quatro principais setores respondem por 93,5% do produto industrial do estado. No outro extremo, Santa Catarina é a mais diversificada, com os quatro produtos respondendo por 47,9% da pauta. Na média do país, os quatro produtos mais importantes respondem por 50,3% do produto industrial nacional.

O peso do setor na economia local varia de 6,5% no Distrito Federal, para 40,5%, no Espírito Santo. Em São Paulo, o setor responde por 22,9% do PIB do estado. Também varia bastante a composição setorial e grau de diversificação das indústrias em cada estado.

Em nota, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, diz que a perda de relevância reflete a deterioração da competitividade de toda economia brasileira. “É um quadro preocupante que reforça a urgência da adoção de medidas capazes de resgatar a confiança do empresariado, impulsionar o investimento e melhorar o ambiente de negócios com foco no longo prazo. Isso só será alcançado com as reformas trabalhista, tributária e administrativa”, explica Andrade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. participação da indústria…

    Indústria? Que indústria? Existem pessoas que aprendem com a experiência e outras que só ficam burros velhos. Advinhem a natureza brasileira? Como os primeiros brasileiros continuamos, não importaa ideologia, a cor ou lado partidário, as mesmas elites a parasitarem o Estado e aniquilarem  desenvolvimento da sociedade. Agora não é somente ouro e diamantes a financiar a Revolução Industrial em algum outro país. Vendemos estradas, água, ar, portos, território, comunicação, liberdade, soberania, cidadania. E continuamos, como há 500 anos, recebendo em troca as mesmas quinquilharias. É lamentável olhar um país do tamanho de um continente, com todas as riquezas possíveis dentro dos seus limites e constatar a medíocridade das suas perspectivas. Pobre país de sociedade tão limitada.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador