Paul Krugman disseca o desastre Joaquim Levy, por Luis Nassif

 

Em sua coluna no The New York Times, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman mostra as razões do desastre econômico brasileiro, fixando-se na estratégia Joaquim Levy, no segundo governo Dilma Rousseff. Nenhuma novidade em relação ao que apontamos na época, mas, agora, partindo de um Prêmio Nobel.

O subtítulo do artigo é ´´Como uma economia em ascensão sofreu uma crise tão grave?´´

Ele não se debruça sobre as eleições. Diz apenas que está horrorizado como qualquer pessoa, com a escolha de alguém que parece ser um verdadeiro fascista.

Segundo ele, o Brasil parece ter sido atingida por uma tempestade perfeita de má sorte e má política.

O primeiro motivo foi a deterioração acentuada do ambiente global, com a queda dos preços das commodities exportadas pelo país. O segundo, os gastos privados domésticos que despencaram por conta de um acúmulo excessivo de dívidas. O terceiro, a política econômica que, em vez de combater a crise, exacerbou-a com a austeridade fiscal.

O mais espantoso, segundo Krugman, é o fato do país não estar exposto a nenhuma das vulnerabilidades que, nas últimas décadas, provocaram as chamadas crises de “parada súbita”, nas quais os investidores saem repentinamente do país. É o que ocorreu na crise mexicana de 1994-5, nas asiáticas de 1997-9, no sul da Europa, após 2009 e, agora, na Turquia e na Argentina.

O fenômeno ocorreu quando há uma desvalorização súbita da moeda, em países com grandes dívidas em moedas estrangeiras. A desvalorização prejudica os balanços patrimoniais, provocando queda acentuada na demanda doméstica. A única saída, então, é aumentar as taxas de juros para sustentar a moeda, afetando a demanda.

A queda de 9% do PIB real per capita é comparável ao desses países, mas em uma situação oposta. O Brasil não tem muitas dívidas em moedas estrangeiras e os efeitos cambiais nos balanços não foram relevantes. O que levou a esse desastre, então?

  1. Piora no ambiente econômico e pouca diversificação da pauta de exportações brasileiras. As relações de troca foram péssimas para o país.

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Figura 1 Banco Mundial deCrédito

PROPAGANDA

  1. Seguiu-se queda acentuada nos gastos dos consumidores domésticos, ligada ao período anterior, em que o país conseguiu passar pela crise de 2008.

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  1. ponto central foi a maneira como a economia brasileira reagiu: com a política fiscal e monetária que agravou profundamente a crise.

Do lado fiscal, diz Krugman – referindo-se à Previdencia e aos gastos públicos – o Brasil tem grandes problemas de solvência a longo prazo, que requer soluções de longo prazo. |O que aconteceu, em vez disso, foi que o governo de Roussef decidiu impor cortes de gastos acentuados no meio de uma recessão. O que eles estavam pensando?| Diz ele:  Incrivelmente, parece que eles compraram a doutrina da austeridade expansionista . Ou seja, com cortes fiscais pesados, mesmo que a demanda caia, o mercado volta a acreditar na economia e a investir.

Mas não apenas isso, diz Krugman. A política monetária também se tornou bastante contracionista, com um grande aumento nas taxas de juros. O que foi aquilo?, espanta-se Krugman,

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Figura 3 CréditoFRED

O real se desvalorizou elevando temporariamente a inflação. O Banco Central entrou em pânico, fixando-se na questão da inflação às custas da economia real. A inflação acabou quando o pico induzido pela moeda acabou. Mas o mal estava feito.

 

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Figura 4 CréditoFRED

Conclui ele: É uma história notável e deprimente. E essa combinação de má sorte e má política certamente desempenhou um papel no desastre político que se seguiu.

A propósito, Joaquim Levy está cotado para assumir a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).                  

 

Luis Nassif

35 Comentários

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  1. Simples assim…

    …Meu  velho pai,  com  sua  sabedoria típica da Chapada Diamantina,  terra  de Anísio Teixeira,  já  afirmava  o  mesmo  que  o  Krugman  conclui agora:  ” Relógio  que  atrasa,  não adianta ! ” 

  2. O tempo, a história, revelará

    O tempo, a história, revelará quem – na verdade – foi Dilma e o mal que fez ao sonho e à idéia de um novo Brasil.

    Dilma, republicana ? a de que governo não tem lado ? a de que basta usar o controle do aparelho de TV e mudar de canal ? a guerreira que se curvou (e defendeu) aos interesses do Capital Especulativo ? …

  3. O Prêmio Nobel só não sabe do

    O Prêmio Nobel só não sabe do terrorismo paralisante que o segundo governo Dilma sofreu, através de uma mídia, judiciário e legislativo ladrões. Comandados por forças obscurantistas de esgôto, da história brasileira de até agora.

  4. Prezados camaradas
    Não sou

    Prezados camaradas

    Não sou economista, mas vou dar um palpite de engenheiro: não sei se este cara vai largar o empregão que ele tem no Banco Mundial para terminar o serviço que ele mesmo começou em 2015, o de destruir a economia brasileira.

    Para liquidar o BNDES (objetivo do belzebu que assumiu o Minsitério da Economia) é só enfiar um bolsominion qualquer lá dentro, não precisa de um cara com etiqueta e grife neoliberal

  5. que analise FRACA  ..das

    que analise FRACA  ..das piores possíveis

    Dentre os fatores importantes que ele não soube ver

    – a MANIPULAÇÂO do cambio praticada por bancos no estrangeiro que visava aquecer a economia americana e que depois de 2-3-4 anos começou a afetar a pauta, e a economia brasileira

    – e a OPERAÇÂO LAVA JATO que já vinha ensaiando a PARALIZAÇÃO das locomotivas que levavam o BRASIL no pe´riodo Lulista (BB, CAixa, PETROBRAS e BNDES)

    ..claro que diante do CAOS fabricado – inbclusive com a INCOMPETÊNCIA política de Mama VANA facilitando –  o resto foi sendo consequencia duma crise anunciada  ..INCLUSIVE o baixo investimento e a falta de apetite das famílias por consumir, apostando num futuro menos sombrio (aliás, coisa que o BOZO tb vai ter que “combater”)

  6. Pagam a peso de ouro pra

    Pagam a peso de ouro pra ouvir um jênio como Mailson, mas não me lembro de alguém no Brasil pagar uma palestra pra Krugmann – que provavelmente seria mais barato do que a do Mailson. 

    No Brasil, se alguém faz algo de notável se fode – Vargas dos anos 50 (suicidio), JK (assassinado)  e Lula (morrerá de forma natural ou não na cadeia ) estão aí pra nos provar. Agora se alguém erra espetacularmente, o castigo dele é voltar a ter chance de fazer de novo a mesma m… Vide Levy, o pai ( a mãe é Dima) duma crise que dura 4 anos, fez o PIB cair 9 por cento ( índice a la depressão americana dos anos 30 ), crise que  foi um dos cabos eleitorais de Bolsonaro. E ele vai pra onde? Pro único lugar que teria condições de servir de motor de arranque da economia, que é o BNDS, já que as famílias estão endividadas demais e as empresas não sabem o que virá do Boçal . E o Levy considero pior do que um Paulo Guedes, porque o posto ipiranga vai implementar uma política que no fundo ele sabe que não vai ajudar o país mas vai ajudar os clientes dele do mercado financeiro – já Levy faz essa política crendo realmente que é o melhor caminho mesmo, ele acredita no fundo da alma que cruzar esse deserto levará  o povo brasileiro à Terra prometida – bem, quantos estarão vivos pra chegar lá é um detalhe, claro. 

  7. Se esse diagnostico tivesse sido um prognostico…
    Se o Krugman tivesse prognosticado essa situação em vez de apenas diagnosticá-la…
    Ele ta qual engenheiro de obras prontas

    1. Previsão do passado.

      Economistas são profissionais extremamente bempreparados e por isso, ao contrário dos demais, capazes de prever o passado.

  8. Joaquim Levy fez o combinado.

    Joaquim Levy fez o combinado. Arrebentou a economia brasileira para garantir uma vitória tucana. O problema é que os tucanos perderam a eleição. Portanto, ele voltará o poder para arrebentar o que restou da nossa economia para que Bolsonaro possa ser removido rapidamente do posto. Simples assim.  

  9. Ma sorte, diria Shakespeare, é uma conspiração

    O que se abateu sobre o Brasil não foi a ma sorte, caro Krugman. Alias, você que faz parte da intelligentsia estadunidense pode contar essa historia em três atos (manifestações e operação Lava Jato – golpe parlamentar – eleição de Bolsonaro) muito bem.

  10. Só faltou o mais importante. Rss
    Analisar nosso desastre, sem levar em conta os ataques de Cunha, Lava Jato e Globo aos interesses do país, é imperdoável principalmente para um prêmio Nobel. Coisa de quem tem uma visão “de cima”, acadêmica “à distância” de nosso país. Sem esta “invasão bárbara” que sofremos, de forças orquestradas de fora, o Brasil já estaria de vento em popa novamente.
    É claro que não se pode negar a estupidez de Dilma, o maior erro que Lula cometeu em sua vida.

  11. Pal Krugman

    Análise rasteira, para dizer o mínimo. Com uma pitada de má-fé ou ignorância.

    Ignora a crise forjada pela direita e pela imprensa aproveitando-se das manifestações de 2013.

    Igora a financeirização da indústria, que se apropriou de icentivos fiscais para ganhar dinheiro na especulação e parar de produzir

    Ignora a campanha presidencial mais desonesta de todos os tempos em 2014.

    Ignora que dois dias antes da eleição e minutos depois do resultado, o golpe foi anunciado no Globo (Merval) e na Globo News.

    Ignora a sabotagem que impediu o governo de governar – pautas bomba, imposição de gastos, rejeição de projetos importantes, paralisação do Congresso, eleição de Cunha para presidir a Câmara, aceitação do impeachment por vingança, impeachment sem crime de responsabilidade (hoje se sabe que empresários, incluindo JBS, compraram a eleição de Cunha para patrocinar o impeachment) e que as pedaladas fiscais nunca aconteceram).

    Ignora o papel desempenhado pela mídia nisso tudo.

    Ignora a tibieza do Judiciário.

    Ignora a desonestidade do comando da Lava a Jato – à qual os tribunais superiores se subordinaram obsequiosamente.

    PS.: e ignora, enfim, que Levy não foi ideia de Dilma, mas indicação de Trabucco, que, este, foi “sugestão” de Lula.

     

  12. Não podemos nos esquecer…

    Mas quando escrevíamos aqui denunciando esta patranha, logo vinham os ortodoxos petistas dizerem que estávamos jogando do lado de lá.

    O pior de tudo eram aqueles artigos sectários, absurdos, mentirosos do Diogo Costa, dizendo que tudo estava muito bem, tudo estava muito bom.

    Lembrar é preciso.

     

  13. A analise de Krugman é

    A analise de Krugman é devastadora, deixa a nu o pensamento jurassico dos “economistas neoliberais do ajuste” já desmascarados e desmoralizados após o desastroso ajuste grego, o proprio FMI desmontou essa estupida teoria do ajuste como solução PREVIA de uma crise de crescimento, o ajuste se faz durante e após um ciclo de crescimento e não antes.

    A expertise de Levy é CORTAR e não criar. Sua função no BNDES será sugar todos os recursos do Banco, raspar seu caixa e transferir ao Tesouro, só não fecham o banco, que é um simbolo do nacional desenvolvimentismo, até no nome, porque isso depende de Lei e não há condições politicas para isso mas o sonho deles é acabar com o banco, perto de Levy a Maria Silvia

    é nacional desenvolvimentista, para esse serviço tem mesmo que reazer alguem de Washington, aliás como quando Dilma o indicou para a Fazenda e com isso decretou o fim de seu governo, Levy vai continuar Morando em Washington, onde está há muito tempo sua familia, ele fica aqui de 2ª a 5ª e volta para casa no fim de semana.

    A indicação de Levy já indica todo o rumo da gestão Guedes, uma politica de cemitério, onde só há morte não há deficit.

    1. Tanto o Krugman quanto o André partem de uma premissa falsa

      O André Araújo compartilha com o Paul Krugman a premissa (falsa) segundo a qual, a fim de evitar a estagnação e a recessão, é necessário se fazer ajuste durante o ciclo de crescimento, e não antes.

      Ora, Amigos, a economia capitalistas não tem como evitar as crises periódicas. Partindo de um ponto médio, os ciclos da produção burguesa são inapelavelmente: boom, isto é, um crescimento até que a produção atinja o seu pico, iniciando-se, a partir daí, a recessão, que é a volta da produção ao ponto médio; daí começando a depressão, a qual vai até o vale, de onde começa a recuperação até o ponto médio. Começando um novo ciclo.

      As economias, principalmente a capitalista, não têm como crescer indefinidamente. Portanto, os ajustes podem até amenizar os efeitos das crises, mas não podem evitar as crises.

      1. Meu caro, muito me honra vc

        Meu caro, muito me honra vc me colocar ao lado de Kurgman, a unica coisa que temos em comum é a adesão ao Institute of New Economic Thinking de Nova York. Minha linha de pensamento abomina a teorização economica fixa,  “é assim porque é sempre assim e sempre será assim”, a teorização da economia por teses fixas não é minha praia, não me alinho com essa ansia de formulação do ” é sempre assim” onde se encaixa a Teoria dos Ciclos Economicos. A recuperação economica no pós Segunda Guerra conheceu ciclos de expansão muito longos, a recessão Dilma e pós dilma NÃO foi consequencia de um ciclo expansionista, a economia já vinha patinando desde 2011, após uma economia mediocre  veio a recessão prolongada que não dá sinais de arrefecer, muitas das teorizações da escola classica são hoje inuteis, muitas da teorias classicas em todos os setores do conhecimento mudam, não acredito em formulações eternas em ciencias humans.

        A economia americana vem crescendo desafiando ciclos, assim como a da China, para que servem essas teorias da Belle Epoque? É exatamente esse o problema dos Guedes da vida, eles operam com formulas fixas e não com as circunstancias,

        NÃO TEM COMO DAR CERTO, titulo de meu novo artigo que deve sair hoje aqui no blog.

        1. Não é sensato esperar resultados diferentes…

          Não adianta esperar resultados diferentes repetindo as mesmas atitudes de sempre.

           

          Se você cospe prá cima, não tem como o cuspe subir sempre. Isso sempre foi e sempre será assim.

          Você pega exceções para desqualificar a regra. Por exemplo, a recuperação economica no pós Segunda Guerra conheceu ciclos de expansão muito longos não foi à toa, foi porque houve uma grande destruição de forças produtivas e de produtos, o que fez com que as forças produtivas recuassem para o nível das relações de produção burguesa. Não se esqueça de que a principal forma de superação das crises de superprodução são as guerras destrutivas. É por isso que atualmente a crise mundial não dá sinais de arrefecimento. Para o capitalismo global começar o um novo prosperidade mundial, é necessário uma grande destruição de forças produtivas. Como fazer isso com tantas armas nucleares?

          Se não se reduz a jornada de trabalho nem se destroem forças produtivas, não há como a crise capitalista global arrefecer. O problema mundial é de superprodução e a superprodução é causada pelo sobretrabalho.

          Elementar, meu Caro

        2. o ‘x’ da questão

          Prezado comentarista Andre Araújo,

          Agradeço a resposta e a referência à belle époque, esse nirvana (ou será um shopping center?) em que vivem os “especialistas” que se arvoram em justificar golpes e outros desastres, enquanto o povo se lasca. Valeu! Esperando o seu artigo.

        3. A economia política não é uma ciência? Ela não tem leis?

          André, se você acha que a economia não tem leis, então, do seu ponto de vista, ela não é uma ciência.

          Ora, a economia tem leis, sim. A lei da oferta e da procura, por exemplo. Se a oferta aumenta, mantendo-se inalterada a demanda, os preços se elevam.

  14. Krugman, Krugman….Seu menino travesso!!!

    Muitos comentaristas aqui e, principalmente, Nassif, que me lembre, já fizeram análises semelhantes. Krugman, por ser prêmio Nobel, deveria ter sido mais atento e não desmerecer os fatores ‘política’, ‘geo-política’, ‘golpe’, ‘pauta-bomba’, ‘Lava-jato’ e outras aberrações imperialistas de sua análise. 

    Krugman, se der mais uma derrapada grosseira como essa, vamos tomar-lhe o seu prêmo nobel e doar o valor em dinheiro para o MST.

     

     

  15. Apearam a Dilma do poder, num
    Apearam a Dilma do poder, num golpe midiático-jurídico-parlamentar, usando a desculpa esfarrapada das pedaladas fiscais no ano de 2015.
    Ora, pedaladas fiscais, se realmente tivessem existido, seriam de responsabilidade do ministro da fazenda, Sr. Joaquim Levy. No entanto, o homem, como é queridinho do mercado financeiro, foi poupado. Nenhum depoimento, nenhum esclarecimento, nenhum incômodo, nada. Sequer foi citado.
    A blindagem a Levy na época, apenas confirma a tese do golpe.
    Hoje ele volta, triunfante, para o seio das forças neoliberais, de onde nunca deveria ter saído.

  16. Nesta tenho opinião clara e conhecida

    O BNDES nunca fomentou o desenvolvimento, assim, não tem razão para ficar aberto.

    Bolsonaro, fecha esta porcaria e cria uma agência de desenvolvimento com métrica de resultados.

    Nunca, eu disse  NUNCA, este banco esteve longe dos escândalos e do diz que diz que para se conseguir os empréstimos.

    Não tem jeito, pau que nasce torto, morre torto.

    Na idéia é uma maravilha, mas o que entrega e a desgraça que causa ao empresariado brasileiro está claro na atual recessão. A desendustrialização e a obsoletização de TODA indústria nacional não me deixa mentindo sozinho nesta.

    Dai o mantra: Fecha esta porcaria.

    1. Do twitter

      O BNDES que será liderado por Joaquim Levy paga nada menos do que 16 salários por ano aos seus mais de cinco mil funcionários. Mamata de primeira. Às custas dos cofres público.

      *************

      Outro:

      Primeiro, que não são cinco mil funcionários! São em torno de 2.700- 2.800. Segundo, não são pagos 16 salários. O que é pago é uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) anual. Esta PLR deve ser questionada, sim, mas não são pagos 16 salários!

       Direct messageNew conversationA média dos salários do BNDES é de R$ 25 mil. Os maiores salários são do Presidente e dos membros da Diretoria (R$ 80 mil). Mas já vi que a sua preocupação é espalhar fake news, e não averiguar a VERDADE DOS FATOS!

      1. Backlash

        O inglês é uma lígua única em definir situações complexas com uma única palavra.

        Backlash é perfeito para o que  BNDES enfrenta. Nós, latinos, gostamos de provérbios como “aqui se faz aqui se paga” ou “quem semeia vento colhe tempestadade” e por ai vai.

        Eu conheço de perto o BNDES há mais de 30 anos. Nesse tempo o vi se transformar de um cartório, de um ninho de politicagem e de concessão de crédito para tomadores ruins e para projetos sem viabilidade, de um cabide de empregos, para uma das instituições mais respeitáveis e mais efetivas em fomento ao desenvolvimento econômico do mundo. A remuneração está de acordo com a formação, experiência e competências dos seu quadro técnico e de gestores.

        A César o que é de César, a transformação do Banco deu seus primeiros passos no governo Collor, foi em frente nos governos de FHC, mas se aprofundou e consolidou nos governos de Lula.  Não entrarei na discussão de defender as ações e forma de atuação do Banco porque os seus números falam por si. Além do mais as acusações que sofre são, via de regra, produto da falta de informação ou simples má fé, não resistindo à critica mais elementar.

        Porém, o que o BNDES ora sofre decorre do comportamento dos ses servidores. Negaram que os avanços que tiveram foram resultados do patrocínio e suporte dos governos democráticos, especialmente, os do PT. Deixaram, por conveniência política, o Banco e seus programas serem usados levianamente como munição contra Lula, Dila e o PT. Funcionários do Banco alimentaram com factóides e informações distorcidas a manipulação de Mirians e Sardenbergs. permitiram que tais “fakenews” fossem usadas como material de campanhas políticas e de difamação e grande parte vestiu a camisa amarela, dez passeata domingueira na Avenida Atlântica e apoia (ou apoiava) Bosonaro e seu posto ipiranga.

        Isso é o que eu chamo tiro no pé. Pobre do BNDES,  mas, muito bem feito para seus servidores.

        E o backlash vai continuar, aguardem amigos do Banco do Brasil, da CEF, etc.

         

         

         

         

         

      2. Sr. Weber, se o Senhor pudesse…

        Sr. Weber, se o Senhor pudesse, o Senhor elevaria os salários dos trabalhadores da iniciativa privada ou você reduziria os salários dos trabalhadores do setor público?

        Você acha que um dos problemas do Brasil são os altos ou os baixos salários?

        Se você fosse empregado de uma empresa e ganhasse 12 salários mínimos mensalmente, esse seu salário mensal seria às custas da empresa ou às suas custas? Se você de fato trabalhasse, o seu salário mensal não seria às custas do patrão, mas às custas do seu trabalho. Se um médico é funcionário público, o salário dele é às custas do seu trabalho ou dos cofres públicos?

    2. Deus nos livre!

      Não dá nem para comentar essa excrecência.

      Isso!

      Fecha, acaba com tudo.

      Paulo Rabelo deu uma aula ao idiota fascista Marco Antônio Villa na JPan e o “Max” Weber não assistiu.

      Só para te lembrar:

      Paulo Rabello foi indicado pelo presidente ladrão.

      Tenha um pouquinho de trabalho e resgate esse vídeo na internet, para não ficar falando besteiras.

      Eu conheço pelo menos uns dois ou três que levantaram empréstimos do BNDES.

      São pequenos empresários do agronegócio.

      Vá dizer isso para eles, toupeira, para ver para onde vai te mandar?

    3. A solução é jogar fora o bebê juntamente com a água suja do banh

      Se você, Alexandre Weber, fosse advogado e nunca tivesse ganho uma causa, seu escritório de advocacia deveria ser fechado ou você deveria estudar mais?

      Tem muita gente que mata o cavalo a fim de livrá-lo do carrapato e que joga fora a criança junto com a água suja do banho. São os Zênios Tupiniquins.

      De acordo com o Paulo Guedes, a desindustrialização (e a obsoletização de TODA indústria) nacional não tem nada a ver com o BNDES. Nas palavras do futuro Ministro Bolsopata:

      “O Brasil está em um processo de desindustrialização acelerada há mais de 30 anos. Eles (MDIC) estão lá com arame farpado, lama, buraco, defendendo protecionismo, subsídio, coisas que prejudicam a indústria, ao invés de lutar por redução de impostos, simplificação e uma integração competitiva à indústria internacional”.

      Acho que o Bostonaro deveria exonerar o Paulo Guedes e botar o Alexandre Weber no seu lugar.

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