Pequenas empresas tem menor nível de confiança em sete meses

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Patamar é considerado o mais baixo desde setembro do ano passado

Jornal GGN – O ambiente de negócios de pequenos varejistas e prestadores de serviços tem sido afetado pelo aprofundamento da crise e a recessão econômica. O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa (ICMPE), apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), caiu 12,1% no último mês, passando de 43,15 pontos para 37,92 pontos na passagem de março para abril.

O patamar apurado pelas duas instituições é considerado o mais baixo desde setembro do ano passado, quando o índice estava em 37,62 pontos. O resultado, abaixo do nível neutro de 50 pontos, indica que a percepção desses empresários é pessimista. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais confiante está o micro e pequeno empresário consultado.

Em termos percentuais, 85% dos empresários entrevistados consideram que a economia piorou nos últimos seis meses, contra 5,1% que relatam ter havido melhora. A proporção dos que notam deterioração na performance de seus negócios é um pouco menor, mas ainda assim é elevada: 64% dos entrevistados. Além disso, a queda nas vendas é uma realidade para seis em cada dez (64,8%) entrevistados que observam piora no desempenho dos seus negócios

A pesquisa também levantou a percepção dos micro e pequenos empresários de como serão os próximos seis meses para a economia e para os seus negócios. Em abril, o Indicador de Expectativas caiu para 48,36 pontos frente aos 56,06 pontos verificados no mês de março. Como o indicador ficou abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que a maior parte dos empresários está pessimista com o ambiente de negócios no curto prazo.

Os dois componentes que estruturam esse indicador perderam força no último mês. A abertura focada nas expectativas para os negócios caiu de 62,19 para 55,12 pontos. Já as expectativas para a economia do país passaram de 49,92 pontos para 41,59. Em termos percentuais, somente 28,3% dos micro e pequenos empresários estão confiantes com o desempenho da economia, ao passo que 49,5% estão pessimistas.

Em se tratando apenas do desempenho de seus negócios, 45,5% dos entrevistados disseram estar confiantes para os próximos seis meses, enquanto 28,1% demonstram pessimismo com o futuro das suas empresas. Dentre os que manifestam pessimismo, o que mais pesa é a convicção de que a economia não irá se recuperar, mencionada por 60% da amostra, seguido pelos que disseram não ter mais recursos para investir no negócio (10,2%). Considerando as expectativas sobre o faturamento da empresa nos próximos seis meses, 66,5% dos micro e pequenos empresários não têm perspectivas de que suas receitas cresçam.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. PSDB: redução de 15 para 6% da massa salarial

    Sinto informar, mas quem acha que alguma coisa vai melhorar, vai sim, para poucos, os rentistas.

    Para a maioria, restará o consolo midiático. Como nos anos FHC, a mídia vai mascarar a miséria e dizer que a crise é global, e que estamos melhores do que os outros países do mesmo nível (Bolívia, Butão, Guiné Bissal, etc…).

    Ficaremos todos consolados pelo futebol e pelo carnaval. Tipo aquela vez que eu vi uma rara mensão de jornal de TV aos juros da dívida pública: “Neste ano o país gastou 200 bilhões com serviços da dívida pública. E o Flamengo se prepara para mais um jogo super decisivo demais da conta…”.

    Se os pequenos empresários estão esperando retomada do mercado consumidor interno, se preparem para cortes nos programas sociais, fim do “minha casa minha vida”, queda da renda dos trabalhadores (maiores consumidores em números totais), desemprego permanentemente alto, queda nos investimentos públicos (sabe aqueles peões das obras do aeroporto que compram na sua loja, pois  é, não vão mais comprar), flexibilização dos direitos trabalhistas (empobrecimento dos trabalhadores), terceirização total (com redução dos salário pela metade, de sorte que a empregada que comprava na sua loja mal vai ter dinheiro para comer…), enfim, mas alguns anos no estilo FHC…

    Que os pequenos se preparem para exportar. Vamos alimentar, cauçar e vestir americanos, pois eles é que  são  beautiful pra xuxu.

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