Petrobras e bancos levam bolsa a começar a semana em baixa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As incertezas geradas pela pauta política brasileira levaram o mercado acionário a começar a semana em baixa. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações do dia em queda de 1,43%, aos 46.590 pontos e com um volume negociado de R$ 7,768 bilhões.

A queda das ações da Petrobras e dos principais bancos brasileiros: as  ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 3,95%, a R$ 7,30, ao passo que os papéis ordinários da estatal (PETR3) perderam 3,25%, a R$ 8,62. Entre os bancos, os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) recuaram 3,21%, a R$ 16,29. Os do Bradesco (BBDC4) tiveram baixa de 3,09%, a R$ 22,61. Os do Itaú Unibanco (ITUB4) se desvalorizaram 2,23%, a R$ 27,23.

O dia ganhou volatilidade diante do exercício de contratos de opções sobre ações, que movimentou R$ 2,3 bilhões nesta segunda-feira, dos quais R$ 1,02 bilhão em opções de compra e R$ 1,28 bilhão em opções de venda. A opção mais exercida foi dos contratos de compra das ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4), a R$ 27,09 por ação, com R$ 123,25 milhões.

No cenário doméstico, os investidores também estavam preocupados com as contas públicas brasileiras e com a eventual perda do selo de bom pagador por uma segunda agência de classificação de risco. Há duas semanas, a agência Standard & Poor’s (S&P) cortou a nota do Brasil, retirando o chamado “grau de investimento”. O país ainda mantém a nota de bom pagador de acordo com as  agências Fitch e Moody’s.

A semana vai registrar uma série de votações no Congresso para o ajuste das contas públicas. Declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliviaram um pouco a alta do dólar, ao afirmar que o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário não deveria ser derrubado –pesando menos nas despesas do governo.

Apesar da intervenção do Banco Central, a moeda norte-americana voltou a fechar em alta, aproximando-se de R$ 4. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,981, com alta de R$ 0,023 (0,57%). A moeda fechou no segundo maior nível desde a criação do real, perdendo apenas para o valor do fechamento de 10 de outubro de 2003 (R$ 3,99).

A cotação oscilou fortemente ao longo do dia. No início da sessão, o dólar chegou a cair, chegando a atingir R$ 3,947 na mínima do dia, por volta das 9h30. Nas horas seguintes, a moeda subiu fortemente. Por volta das 16h, voltou a ficar próximo da estabilidade, mas subiu perto do fim da sessão. A divisa acumula alta de 9,75% em setembro e de 49,73% em 2015.

O dólar não caiu apesar das intervenções do Banco Central. Além de vender dólares no mercado futuro, por meio da rolagem (renovação) dos leilões de swap cambial, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões por meio de um leilão com compromisso de recompra. Nessa modalidade, o BC vende dólares das reservas internacionais, mas adquire a divisa de volta algum tempo depois. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 6,299 bilhões, ou cerca de 67% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.

Para terça-feira, os analistas aguardam a publicação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) no Brasil, o índice de manufatura e de preços de casas nos Estados Unidos, os dados de confiança do consumidor na zona do euro, e o PMI (índice dos gerentes de compras) do setor de manufatura na China.

 

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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