Foto: Divulgação
Jornal GGN – Das oito áreas do pré-sal que irão à leilão neste ano, a Petrobras decidiu exercer o direito de preferência sobre três delas. A estatal terá o direito de escolher se quer ser a operadora, com participação mínima de 30%, independentemente de quem vencer os certames.
A empresa escolheu as áreas de Sapinhoá (que faz parte da segunda rodada de licitações), Alto de Cabo Frio Central e Peroba (ambas da terceira rodada), sendo que os leilões irão ocorrer no dia 27 de outubro.
A Petrobras deverá gastar R$ 810 milhões nos leilões caso continue com a parcela mínima de 30%. No leilão da área de Libra, a companhia pagou por uma fatia a mais de 10% e ficou com 40% do consórcio.
Pedro Parente, presidente da estatal, afirmou que a decisão da empresa levou em consideração aspectos técnicos e também restrições financeiras. Segundo a diretora Solange Guedes, a Petrobras decidiu adiar projetos de exploração e produção para separar o valor necessário para os leilões.
“Fizemos postergações em algumas atividades fora do pré-sal”, disse Guedes, enquanto Parente ressaltou que o valor do investimento é pequeno em relação aos US$ 74,1 bilhões orçados no plano de negócios da estatal entre 2017 a 2021.
Nas outras áreas em que não exerceu a preferência, a Petrobras pode disputar como qualquer outra empresa.
Segundo Solange Guedes, a escolha das áreas seguiu uma lógica de integração de ativos. Já em operação, Sapinhoá é atualmente o segundo maior campo de petróleo do país e produziu 253 mil barris diários em março.
É operada pela Petrobras junto com a Repsol e a Shell, e o leilão do governo oferecerá parcelas da reserva que estão fora da concessão original.
Já a área de Peroba está a 50 quilômetros do campo de Lula, que é o maior produtor do Brasil. Alto de Cabo Frio Central fica em uma região ainda com pouca exploração, mas a 130 quilômetros de Libra, a maior reserva já descoberta no país.
Política de conteúdo local
Os leilões das novas áreas do pré-sal tiveram uma redução nos compromissos de conteúdo local. Na terceira rodada de licitações, a exigência será de 18% para a fase de exploração, 25% para a construção de poços e plataformas e 40% em equipamentos submarinos.
Na segunda rodada, os índices são os mesmos dos contratos de concessão das áreas adjacentes. O contrato assinado em Sapinhoá, por exemplo, prevê 35% na fase de exploração e 30% na fase de desenvolvimento da produção.
Crise política
Para Parente, a crise política não vai afetar a atratividade dos leilões, já que os investimentos são de “longuíssimo prazo”. Mesmo com a instabilidade política, a estatal segue “trabalhando para cumprir o planejamento estratégico”, disse o presidente da empresa.
“Não podemos ficar presos às circunstâncias de curto prazo para tomar decisões que vão sustentar a empresa em 20 ou 30 anos”, afirmou. Parente também manteve a meta a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até o fim de 2018.
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petrobras….
Brasil, continua inacreditável. Passa a corrente no próprio pescoço e fecha o cadeado. Depois sai acusando outros pela escravidão. Consegue inventar dependência e multinacionais estrangeiras a partir do seu próprio patrimônio e território. Podemos criar uma gigantesca classe média forte a partir de milhares de prrofissões altamente especializadas somente do setor petrolífero. Ao invés disto, seremos “terceirizados” em funções de segurança e manutenção de patrimônio de terceiros. Dá ânsia de vômito, o tamanho da nossa auto-limitação.