Porque a Febraban peitou o BC

Vamos entender melhor esse embate entre o presidente do Bradesco, Márcio Cypriani, e o do Banco Central, Henrique Meirelles, em torno das taxas Selic.

O conjunto de operações de um banco comercial é muito maior do que aplicar em títulos do governo ou montar operações de IPO. Esse papel cabe à sua Tesouraria ou banco de investimento. O crescimento de um banco comercial depende, em grande parte, do crescimento e da modernização da economia real.

Embora os bancos comerciais tenham sido beneficiários do modelo implantado a partir de 1992 – e consolidado a partir de 1994 – o setor hegemônico do jogo foram os gestores de recursos, atuando de forma independente ou dentro da estrutura maior dos bancos comerciais.

Esse sistema que consolidou o poder ideológico do Banco Central é integrado pelos seguintes personagens:

1. Os gestores de recursos.

2. Economistas, analistas e operadores de mesa, em geral tendo a maior parte de sua remuneração através de bônus de desempenho.

3. Membros dessa comunidade servindo provisoriamente no Banco Central.

A rede de relacionamentos do BC é com esse escalão. Fosse um BC sério, iria buscar o pulso da economia com o Márcio Cypriani, o Abilio Diniz, o Jorge Gerdau, a CUT e a Força Sindical, as Federações estaduais, os grandes atacadistas.

Mas, em vez de falar com o Cypriani, eles falam com o Otávio de Barros; em vez do Fábio Barbosa, com o “professor de Deus”. Os mais seletivos falam com Luiz Carlos Mendonça (que representa o interesse dos gestores).

É um clube fechado, que se autoprotege. A Pesquisa Focus – que visa ascultar as expectativas do mercado – passa ao largo da economia real. Todas as decisões do BC não visam beneficiar os bancos em si, mas a atividade dos bancos diretamente relacionada com arbitragens de taxas, captação de investidores externos.
Os bancos comerciais aceitavam esse jogo porque ganhavam pesadamente com a Tesouraria. Quando retomaram a função de emprestar, acabou o pacto ideológico.

Com a economia ameaçada pela recessão, o risco de inadimplência aumenta substancialmente, criando um círculo vicioso. Selic alta aumenta as taxas de captação, reduz o spread dos bancos e os torna muito mais seletivos na concessão de crédito, espremendo gradativamente os clientes para fora do mercado de crédito. Quanto maior a recessão, maior o aumento da inadimplência.

Para o BC, pouco importa. Nos últimos anos, o BC permitiu a expansão das atividades offshore, fechou os olhos a atividades criminosas – exemplos típicos, os dez anos de lambança de Edemar Cid Ferreira, as aventuras em Foz do Iguaçu, o caso Banestado – e toda análise de juros levava em conta a relação custo x benefício para os gestores de recursos.

O jogo acabou mundialmente. A quebra do sistema americano de bancos de investimento, os bancos suiços sob investigação internacional, a estatização do sistema bancário europeu decretaram o fim do ciclo.

No Brasil, como tudo chega atrasado, ainda se terá que aturar por algum tempo essa poder do BC.

Por Guilherme Silva Araújo

Nassif,

Acho que nesta questão ajudaria resgatar o debate sobre o papel das inovações financeiras e o debate sobre endogenia da moeda. O Banco Central tem se mostrado fundamentalista ao julgar que apenas o instrumento “taxa de juros” é suficiente para controlar os agregados monetários. As inovações financeiras dos últimos quarenta anos deram às instituições financeiras um poder muito grande de criar moeda. Vide o exemplo dos derivativos: Para aumentar sua soma de encaixes reais e o volume de empréstimos, os bancos norte americanos passaram a comercializar tais ativos, comprometendo assim seu capital próprio. Na medida em que as instituições menores começaram a mostrar sinais de que não tinham recursos para pagar os empréstimos, engendrou-se um clima de incerteza porque as maiores tinham créditos a receber das menores. Como todas comprometem seus capitais para elevar seus encaixes reais e o volume de empréstimos, as chances de quebradeira se tornaram evidentes.

Segundo Minsky (Estabilizing an Unstable Economy), o sucesso dos Bancos Centrais em regular a oferta de moeda depende muito mais do marco legal existente do que da taxa de juros. Contudo, devido ao ritmo frenético com que as inovações ocorrem nos mercados financeiros, os marcos legais tornam-se obsoletos muito rapidamente. Neste sentido, os Bancos Centrais são mais eficientes como emprestadores de última instância, ou seja, como agentes normalizadores das expectativas. O BC brasileiro é falho em normalizar expectativas porque julga a taxa de juros instrumento suficiente para controlar a oferta de moeda. em um contexto com sinais de endogenia (tal como ocorre conteporaneamente), mudanças da taxa de juros têm pouco efeito sobre o volume de liquidez, principalmente se os agentes não desejam emprestar.

A reclamação do Bradesco é válida, mas vai falar sozinho. O Bradesco, julgo eu, é um banco que guarda sólidas relações com a economia real, que tem um tino comercial, ao contrário das demais instituições, que direcionaram suas operações para os títulos públicos e outras quasi-moedas. Devido a estas relações, o sucesso do Bradesco depende muito do funcionamento da economia real. Mas não acho que os demais bancos serão solidários, até porque continuam batendo recordes de lucratividade mesmo no atual contexto. Abcs

Luis Nassif

30 Comentários

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  1. Marcio Cypriani aplicou uma
    Marcio Cypriani aplicou uma sonora rasteira em Alcides Tapias.

    Alcides era pra ser o presidente do Bradesco.

    Numa jogada imunda,Marcio se tornou presidente( coisa feia mesmo)

    Alcides saiu do Bradesco e foi ser executivo de uma grande empresa.E depois foi ministro de FHC.

    JULIETA:

    Eu não conheço Alcides pessoalmente( antes que diga algo)

    Mas ele morava pertinho do largo Bom Parto(no mesmo bairro que eu). Sua filha tinha( ou ainda tem) uma escola em frente a residência dele.É muito querido por todos.E é uma pessoa decente.

    Então esse tal de Marcio,não é flor que se cheire.

    Conheço melhor o Tapias que o Cypriani. Mas que rasteira imunda, se a escolha foi do Lazaro Brandão?

  2. Nassif,

    Vou além. Aqueles
    Nassif,

    Vou além. Aqueles que pautaram suas idéias e convicções econômicas apenas a partir de uma ótica financista e microeconômica, acreditando que a partir daí o resto se ajusta, quebraram a cara. É o pensamento daqueles que, sem conhecimento sólido, aderiram ao “faça o que eu mando”, e agora não têm o que fazer. Para mim economia é chão de fábrica, gerência de loja, opinião de consumidor. Essa é a economia real. Não existem finanças sem economia real e aquelas vêm primeiro que esta.
    Bush se deu conta disso agora, coitado, ainda bem que Lula, em parte, acreditou na economia real. O Obama vem com uma política bem parecida com a do Lula, valorizar empregos nacionais e não preços, mandar fazer onde é mais barato. Isso foi bom para a China. Péssimo para os EUA.
    A velha política dos estados nacionais agora está de volta. Agora é cada país por si. Agora é expulsar essa pseudo-elite do BC e restabelecer a velha e boa ordem econômica.

  3. Sobre as mudanças que estão
    Sobre as mudanças que estão se processando na economia mundial, veja isso, Nassif:

    Merkel e Sarkozy querem nova ordem econômica mundial

    A União Europeia pressiona no sentido de uma reforma do sistema econômico mundial. Durante conferência financeira internacional, nesta quinta-feira (08/01), em Paris, a premiê alemã, Angela Merkel, urgiu: na cúpula do G-20, em abril próximo, em Londres, devem se esboçar as regras para uma economia de mercado social global.

    A chefe de governo sugeriu a instituição de um conselho econômico das Nações Unidas, seguindo o modelo do Conselho de Segurança da ONU. As instituições existentes, como o FMI e o Ecosoc, não bastariam. Uma “Carta Econômica” das Nações Unidas deveria estabelecer os padrões a serem adotados, acrescentou a chanceler federal.

    Em referência aos Estados Unidos, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, comentou que no século 21 não cabe a uma única nação ditar as regras do jogo. (av)

    http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3931621,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

    Obs: Como se percebe pela declaração do Sarkozy, a época em que ‘o que é bom para os EUA, é bom para a Humanidade’ acabou.

  4. Os Bancos,assim como a
    Os Bancos,assim como a indústria devem estar preparados para períodos mais difíceis. Não é possível,na primeira “ameaça” de dificuldade querem correr para as “tetas” do Estado.
    É óbvio que estes sanguessugas pouco criativos sempre irão acusar alguém. Sempre estiveram acostumados a ganhar no fácil,fácil.
    O grande problema dos spreads bancários não é a taxa de juros do BC.É a falta de garantia da justiça de cumprimento dos contratos.
    Por que o bancos,sempre patrocinadores de congrasso para juízes e seus familiares em resorts nordestinos não se insurgem contra estes?
    O BC,ainda que o discurso comum queira fazer parecer o contrário,tem feito o seu papel dentro de um política de Estado que é definida no Palácio do Planalto e não na reunião do COPOM. O BC somente da forma a política monetária a fim de adequá-la a esta política de Estado.

    É evidente que a ação do BC está incomodando até seu principal avalista: Lula. Não queria ser mais realista que o rei.

  5. Quando o Cypriani pediu a
    Quando o Cypriani pediu a baixa da Selic, o presidente do BC falou que primeiro os bancos deveriam baixar o spread.
    Nassif, qual a lógica de se manter a Selic alta, cujo efeito seria frear o consumo, e ao mesmo tempo se pede para abaixar o spread, cujo efeito é baixar os juros na ponta para aumentar o consumo?
    Qual seria o motivo dessa aparente contradição? Ideologia, ignorância (improvável) ou interesses ocultos?

    O BC jamais se preocupou em analisar o custo do dinheiro na ponta.Jamais atuou em relação a queixas de cartelização do setor. Quando ele mantem a Selic alta, permite apreciação do real e toda sorte de arbitragens. Aparentemente, é só isso que interessa.

  6. Nassif, u
    Nassif, u quêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê ??????

    Não acredito ! Estou furiosíssimo, cuspindo marimbondos.

    Esse povão besta paga os juros mais estapafúrdios do mundo apenas e tão somente para que uma quadrilha de saqueadores, de bandoleiros, de usurpadores que são esses desgraçados que se intitulam “gestores de recursos” tenham altos ganhos ?

    Acho que todos eles deveriam ser fuzilados sumariamente em suas mesas de operações e todas as suas fortunas imediatamente confiscadas.

    Guantánamo neles !!!

    Assim não dá !!!

  7. Nassif,
    Qualquer tipo de
    Nassif,
    Qualquer tipo de tentativa de mudança no BC no ultimos anos sempre foi barrada em nome de uma suposta reação dos mercados.
    Já que essa mudança no BC, como vc diz, é uma questão de tempo. Quais serião as “terriveis” consequencias no mercado?

    Se o BC tivesse reduzido os juros como qualquer BC civilizado, o mercado apenas teria lucrado menos, o câmbio não teria chegado ao limite da irresponsabilidade, não teria havido esse jogo descomunal com derivativo nem o overshooting recente do dólar.

  8. E quem era o prometido de
    E quem era o prometido de Lazaro Brandão?

    E por que trocou de opinião?

    Embora eu seja desbocado,não irei entrar em assuntos particulares.

    E bota particular nisso.

    Alcides,vamos dizer…por hierarquia,iria ser o presidente.

    Só não foi por motivos pra lá de particulares.

    Não é uma história direta.Mas envolve familiares.Vou contar o que é permitido:

    Por que o goleiro Victot Bahia de Portugal,não foi convocado por Felipão quando era técnico da seleção?

    Por causa de um jogador chamado JARDEL.

    Conhece essa história?

    É mais ou menos por aí….

  9. Nassif,

    Acho que nesta
    Nassif,

    Acho que nesta questão ajudaria resgatar o debate sobre o papel das inovações financeiras e o debate sobre endogenia da moeda. O Banco Central tem se mostrado fundamentalista ao julgar que apenas o instrumento “taxa de juros” é suficiente para controlar os agregados monetários. As inovações financeiras dos últimos quarenta anos deram às instituições financeiras um poder muito grande de criar moeda. Vide o exemplo dos derivativos: Para aumentar sua soma de encaixes reais e o volume de empréstimos, os bancos norte americanos passaram a comercializar tais ativos, comprometendo assim seu capital próprio. Na medida em que as instituições menores começaram a mostrar sinais de que não tinham recursos para pagar os empréstimos, engendrou-se um clima de incerteza porque as maiores tinham créditos a receber das menores. Como todas comprometem seus capitais para elevar seus encaixes reais e o volume de empréstimos, as chances de quebradeira se tornaram evidentes.

    Segundo Minsky (Estabilizing an Unstable Economy), o sucesso dos Bancos Centrais em regular a oferta de moeda depende muito mais do marco legal existente do que da taxa de juros. Contudo, devido ao ritmo frenético com que as inovações ocorrem nos mercados financeiros, os marcos legais tornam-se obsoletos muito rapidamente. Neste sentido, os Bancos Centrais são mais eficientes como emprestadores de última instância, ou seja, como agentes normalizadores das expectativas. O BC brasileiro é falho em normalizar expectativas porque julga a taxa de juros instrumento suficiente para controlar a oferta de moeda. em um contexto com sinais de endogenia (tal como ocorre conteporaneamente), mudanças da taxa de juros têm pouco efeito sobre o volume de liquidez, principalmente se os agentes não desejam emprestar.

    A reclamação do Bradesco é válida, mas vai falar sozinho. O Bradesco, julgo eu, é um banco que guarda sólidas relações com a economia real, que tem um tino comercial, ao contrário das demais instituições, que direcionaram suas operações para os títulos públicos e outras quasi-moedas. Devido a estas relações, o sucesso do Bradesco depende muito do funcionamento da economia real. Mas não acho que os demais bancos serão solidários, até porque continuam batendo recordes de lucratividade mesmo no atual contexto. Abcs

  10. nassif:
    direto:há um pacto bc
    nassif:
    direto:há um pacto bc – bancos privados para tirar dinheiro do estado.
    o pacto é tão forte,que os dirigentes do bc,em sua maioria,trabalham,
    trabalharam ou irão trabalhar nesses bancos.
    pra mim,todas as soluções pra se resolver isso são ilusórias.
    romério

  11. Analise completa e acabada.
    Analise completa e acabada. Fatos inacreditaveis continuam acontecendo : entrevista de A.Schwartsman no Espaço Aberto da Globonews, ontem, recomendando ao BC, “”ad cautelam””, esperar um pouco mais para mexer na Selic e a tolerancia do meio politico com a velocidade do COPOM que provavelmente vai iniciar um ciclo de rebaixas a passos de tartaruga gravida, um poquinho agora, mais um pouquinho em março, em um mundo onde se tomam decisões de redução da taxa básica em horas e não como no tempo do trem a lenha, que é a velocidade mental do COPOM. Quando uma Selic menor fizer efeito já será tarde demais. Em politica monetaria o segredo é tomar decisões antes da crise e não no meio dela. O resultado da obtusidade do BC vai produzir seus efeitos mais negativos exatamente na fase final do Governo Lula.
    Mas H.Meirelles pode ficar tranquilo. Dificilmente haverá essa percepção no Planalto e enquanto se mantiver a aprovação mediática ao Presidente, não se mexerá na politica monetária.

  12. A política de Estado, nesse
    A política de Estado, nesse caso, é caótica.
    Por um lado, cortam-se impostos e aumentam-se financiamentos para aumentar o consumo e ajudar a conter a crise, e, por outro lado, mantém-se uma Selic monstro para esfriar o consumo. Com a cara de pau de se pedir a diminuição do spread.
    É a Hidra de Lerna, a que já me referi, com cada cabeça uma sentença.
    Já passou da hora de a cabeça-chefe, se é que existe isso, uniformizar os pensamentos e atitudes.

  13. Apenas para
    Apenas para constatar…

    Essa “chamada” não me parece um pouco tarde?

    Quando estava tudo uma maravilha, ninguém (dos bancos) mencionava o tal juros…

    Ganhava emprestando e ganhava na conta selic… Os lucros batiam recordes.

    Agora que a crise bateu saem todos, (Troster, Mendonça, Bradesco, etc…) arrebentando o Meirelles (claro que ele merece)

    O que vc acha Nassif?

    O jogo é esse mesmo. A política monetária vai mudar porque tornou-se totalmente disfuncional, inclusive para setores beneficiados. Ninguém ganha com o país mergulhado em uma crise.

  14. BB anuncia compra de parte do
    BB anuncia compra de parte do Banco Votorantim por R$ 4,2 bilhões
    Banco do Brasil passa a ter 49,99% do capital votante e 50% do capital social da instituição privada; empresa continua sob comando do grupo de Antônio Ermírio de Moraes.

    O Banco do Brasil fechou acordo nesta sexta-feira (9) para compra de parte do Banco Votorantim. A transação vai sair por R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 3 bilhões na aquisição de cerca de 33 bilhões de ações ordinárias da instituição e R$ 1,2 bilhão na compra de aproximadamente de 7 bilhões de ações preferenciais. Pela parceria, o BB terá 49,99% do capital votante e 50% do capital social da instituição privada. Isso faz com que o controle do Votorantim continue sob poder do empresário Antônio Ermírio de Moraes.

    http://www.abril.com.br/noticias/economia/banco-brasil-anuncia-compra-parte-banco-votorantim-r-4-2-bilhoes-413329.shtml

  15. Banco do Brasil compra parte
    Banco do Brasil compra parte do banco Votorantim por R$ 4,2 bilhões

    A conclusão da operação depende da aprovação do Banco Central.
    Financeira do Votorantim é uma das maiores em financiamento de autos.

    O Banco do Brasil fechou compra de parte do Banco Votorantim nesta sexta-feira (9). Pelo acordo, o BB terá 49,99% do capital votante da instituição e 50% do capital social.

    A conclusão da operação ainda depende da aprovação do Banco Central do Brasil e demais autoridades.

    Em nota, o Banco do Brasil aponta que a operação tem como objetivo “fortalecer sua atuação no financiamento a veículos, mercado em que o Banco Votorantim atua com destacada especialização e rápido crescimento”.

    O Votorantim é o sétimo maior banco do país, com R$ 81, 3 bilhões em ativos. Com a operação, os ativos do Banco do Brasil passarão a somar R$ 553,3 bilhões – volume ainda menor que os R$ 575 bilhões do Itaú-Unibanco.

    http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL949226-9356,00.html

  16. Penso que o Pres. Lula
    Penso que o Pres. Lula poderia chamar para uma reunião os Presidentes dos bancos que respondem por 90% do mercado financeiro. Ouvi-los e tomar uma decisão política sobre a Taxa SELIC.
    Seria uma decisão com base em uma “Pesquisa Focus Qualitativa”.

  17. Muito boa a análise do Nassif
    Muito boa a análise do Nassif – bueno, isso é redundância – mas não é completa nem acabada. Acho que ele “pega”, e bem, apenas uma parte, a operacional do acordo entre esses agentes para expoliar as arcas do Estado. O nó da questão, na minha opinião, é o pacto político entre o Lul*la e o BC. E ele se chama “meta de inflação”. Enquanto o BC mantiver isso, para o governo o resto é secundário. Inflação baixa é popularidade.

    O Banco Central do Brazil (escrevi com z?escrevi bem) É o governo Lul*a.

  18. Do
    Do IBGE

    http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/ipca-inpc_200812_1.shtm

    IPCA de dezembro fica em 0,28% e fecha 2008 em 5,90%

    Série Histórica IPCA
    Jul/2008…………….. 0,53
    Ago/2008…………… 0,28
    Set/2008 ……………0,26
    Out/2008 …………….0,45
    Nov/2008…………….0,36
    Dez/2008…………… 0,28

    Inflação pelo IPCA de jul/2008-dez/2008(6 meses) 2,18%
    Inflação pelo IPCA de out/2008- dez/2008(3 meses) 1,09%

  19. flics! flics!
    Mesmo depois de
    flics! flics!
    Mesmo depois de tantos anos de bom governo para o País e para a sociedade e para os banqueiros e para os industriais e para os assalariados, enfim para todos, o Lula ainda é mal visto. Pior para voces. O JK tambem foi assim.
    O Lula SEMPRE foi popular. Antes restrito ao meio sindical, hoje restrito ao Brasil todo e a uma pequena parte do mundo. ah ah ah ah

  20. Creio que a Política do
    Creio que a Política do Governo do Presidente Lula é de dar autonomia ao Banco Central, é isto que vem fazendo, mas a crise e o comportamento dos membros do COPOM podem levar o Governo do Presidente Lula a tomar medidas drásticas para impedir a recessão e o desemprego, retirando a Autonomia concedida ao Banco Central e unificar a Política Econômica.

    Não há tempo para o debate econômico e a correção na Política Monetária precisa ser feita de maneira rápida, o restante da Política econômica está muito bem até agora.

    Não creio que transformar o país numa plataforma de exportação seja o melhor caminho para o desenvolvimento econômico e social nem para o Brasil, nem para qualquer país.

    O que precisamos fazer é ajustar nossas exportações as necessidade de financiamento da Balança de Pagamentos. O aumento da produção de petróleo e do biodiesel deve facilitar esta tarefa a partir de 2011.

    O fundamental é realizar a distribuição de renda via aumentos do salário mínimo, da ampliação das políticas socias, e da melhoria da gestão e dos serviços públicos.

    Creio que a queda de atividade ecconômica no Brasil está sendo muito maior do que se imaginava, pois além da forte queda da liquidez e da queda da demanda externa, ainda está havendo uma forte queda de confiança dos consumidores no Brasil, mesmo o desemprego ainda não ter se instalado de fato, nem ter ocorrido qualquer alteração na renda dos consumidores.

  21. Em vários países se têm uma
    Em vários países se têm uma política monetária indepedente do resto da Polítca Econômica, isto não é nenhuma novidade.

    Não creio ser a melhor maneira de se conduzir a economia, isso é coisa do livre mercado, do qual vamos ficar um bom tempo afastado.

  22. Ou melhor já está havendo
    Ou melhor já está havendo redução da renda, em função da queda horas e dias trabalhados, mas não na magnitude em que está ocorrendo a queda das vendas de bens duráveis, principalmente automóveis.

  23. De fato

    – As taxas elevadas
    De fato

    – As taxas elevadas beneficiam as tesourarias e gestores de recursos – os spreads e fees são maiores – atuei em asset management >> + bônus pra todo mundo!

    – Os Diretores e Presidente do Banco Central “guardiões da moeda” não possuem qualquer vinculo com o setor real – a balança fica desfavorável para o setor produtivo nesse contexto. Eles não sabem o que é uma fabrica fechando pela apreciação do real

    – O Conselho Monetário Nacional também não possui participantes do setor produtivo…de novo

    – O Banco Central é independente somente do governo > porém É DEPENDENTE DO MERCADO > muitos deles vão trabalhar nas tesourarias e gestoras de recurso após o mandato.

    >> Nesse contexto a que se pensar no conceito de independência > se na nomeação da diretoria houvesse um equilibrio de economistas desenvolvimentistas poderiamos ter um independência com sobriedade.

    – acho piada as reuniões do COPOM – 0,50% de aumento ou dimuição diante da maior taxa de juros no mundo 13,75% > numa economia com taxa de 4% a.a o 0,50% é representativo. No nosso caso faz um dano psicologico absurdo….

    – Ainda bem que o BNDES não caiu na mão da mafia do mercado..ufa

    Até quando o nosso governo terá medo do “Mercado” >> 4 duzias de tesourarias e gestoras de recurso – destroem as expectativas de crescimento.

    O Lula poderia aproveitar o caos mundial para mudar este circulo vicioso que estamos desde a decada de 90.

  24. Flávio! Flávio!
    Flávio!
    Flávio! Flávio!
    Flávio! Flávio!

    Qual é a bronca bicho? Eu escrevi alguma coisa contra? A popularidade do Lul*a é um fato. O que digo é que um dos pilares dessa popularidade é o “pacto” com o BC: segurar a “meta de inflação” e o resto tocado com isso mesmo, o resto. Não interessa nem saber se os métodos adotados pelo BC são necessários ou não. Eles tem total independência e a usam para favorecer o setor rentista. Só um novo equilíbrio entre esses setores e os setores que estão sendo prejudicados (da classe dominante, claro) vai modificar a situação.

    É esse o meu entendimento do post do Nassif.

    O Lul*la NÃO é um estadista. O horizonte dele é o seu mandato.

    “Pior para vocês”, quem bicho? Eu sou brasileiro, quero o melhor para povo ao qual pertenço.

  25. Eu tenho uma previsão para a
    Eu tenho uma previsão para a próxima reunião do Copom:
    O BC VAI MANTER AS TAXAS DE JUROS.

    Vão dizer que o IPCA de 5,9% em 2008 ficou além do centro da meta e quem
    sabe, né? O Lula perde a paciência e manda todos pra casa e o abacaxi fica
    para outro.

  26. Nassif,

    estou escrevendo no
    Nassif,

    estou escrevendo no sábado pelo manhã. Acabo de assistir a uma matéria na TV Senado sobre a proposição do Sen. Arthur Virgílio que trata da autonomia legal do BC. Qualquer um pode pensar o que quiser sobre o assunto, mas a abordagem do repórter era de apoio à proposta, pois não considerou sequer a possibilidade de controvérsia sobre o tema. Pelo que se vê, autonomia só do Poder Executivo, mas com vínculo visível com os operadores. É sopa no mel.

  27. Meu Caro RR:

    O “pacto” do
    Meu Caro RR:

    O “pacto” do Lul*a com o BC é bem simples.:O BC segura a inflação dentro do que eles chamam “meta de inflação” e para isso eles tem autonomia total. Não importa o preço. E sim, acho parte da popularidade do Lul*a vem dai.

    Esta é a MINHA opinião. Tu podes concordar ou não. Tu podes entender ou não. Tu podes manifestar a tua opinião ou não. Mas sempre mantendo o respeito pela opinião alheia. Pelo menos esta tem sido a regra por aqui.

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