Poupança registra a pior captação mensal em 20 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A captação líquida da caderneta de poupança ficou negativa em R$ 6,26 bilhões em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. O resultado é o pior já registrado para um mês desde o início da série histórica do BC, em 1995.

O número negativo superou o recorde de janeiro, quando a poupança ficou negativa em R$ 5,528 bilhões, até então o pior resultado da série. A captação negativa significa que as retiradas, que somaram R$ 142,17 bilhões em fevereiro, superaram os depósitos dos poupadores, que ficaram em R$ 135,9 bilhões no mês passado. Com isso, só nos dois primeiros meses do ano, já foram retirados da poupança R$ 11,792 bilhões a mais do que entraram.

O saldo nas contas dos poupadores ficou em R$ 658,19 bilhões. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,677 bilhões. Do saldo das cadernetas de poupança em fevereiro, R$ 518,7 bilhões pertencem ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e R$ 139,4 bilhões à poupança rural.

Pela regra atual, quando a taxa Selic passa de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de taxa variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.

 

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Mas, também!!!

    Os boatos intensos sobre o confisco da poupança deve ter feito uma multidão correr para tirar o dinheiro da poupança e levar para outras aplicações, como aquela que os gerentes de bancos públicos e privados mais amam, a renda fixa.

    Se dependesse dos gerentes pelo menos  do Banco do Brasil e da Caixa, poupança já não existia mais. Pois só beneficia ao poupador, aos que pegam empréstimo para comprar sua casa, e ao Brasil.

    E por falar em boatos de confisco de poupança, cadê o resultado do trabalho que seria feito pela Polícia Federal, de localizar o meliante que espalhou o boato? 

     

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