Premiê grego pressiona por acordo da dívida e pode convocar referendo

Jornal GGN – O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse nesta terça-feira (28) estar confiante em um acordo com credores internacionais dentro de duas semanas, depois de mudar sua equipe de negociação e deixar de lado o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que criou uma grande “saia justa”entre os parceiros da zona do euro.

No entanto, Tsipras também afirmou que terá de recorrer a um referendo se os credores insistirem em exigências consideradas inaceitáveis por seu governo, eleito com o objetivo de revogar medidas de austeridade.
 
A Grécia deve ficar sem dinheiro dentro de algumas semanas, mas as negociações com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o fornecimento de mais ajuda ainda são um impasse por conta das exigências de reformas que incluem cortes de pensão e liberalização do mercado de trabalho, por parte dos credores.
 
Em sua primeira grande entrevista na televisão desde que foi eleito em janeiro, Tsipras disse que espera um acordo com os credores até 9 de maio, três dias antes do vencimento de uma parcela da dívida com o FMI de cerca de 750 milhões de euros (US$ 815,5 milhões). Ele descartou um default, mas enfatizou que a prioridade é pagar salários e pensões.

 
Questionado sobre as opções caso não se chegue a um acordo, Tsipras afastou a possibilidade de eleições antecipadas, mas disse que o governo não tem o direito de aceitar exigências que estejam fora dos limites do seu mandato e, por isso, teria de pedir aos gregos que decidam. Para ele, a solução terá de ser aprovada pelo povo grego. Porém, está ciente de que não chegarão a este ponto e, apesar das dificuldades, ganharão as negociações.
 
Redação

2 Comentários

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  1. Maria Lucia Fatorelli

    Importante divulgar a participação da brasileira Maria Lucia Fatorelli na comissão formada para fazer a indispesável Auditoria da Dívida Púlblica Grega.O prebiscito sobre a dívida pública brasileira realizado em 2000 foi apoiado por um certo pertido, que hoje anda um pouco desbotado, exibindo tons mais claros que o tradicional vermelho. Mas sempre foi rechaçado pelo PSDB.

    Vejamos o que eles disseram antes do Plebiscito :

    José Dirceu, líder do PT na CâmaraÔnus ilimitado aos orçamentos públicos, comprometendo as prioridades políticas com o resgate das dívidas sociais.Itamar Franco, governador de Minas GeraisNa atual situação do país, a realização de uma auditoria completa da dívida é necessária.Luci Choinacki, deputada federal (PT-SC)Com essa transferência do dinheiro de países pobres a ricos, não há possibilidade de haver desenvolvimento social, econômico e humanitário em lugar nenhum do planeta.Marta Suplicy (PT-SP)Sou plenamente favorável à auditoria da dívida. A auditoria já estava prevista na Constituição de 1988 e não foi realizada com o suficiente rigor. Antes de definirmos quaisquer estratégias, devemos fazer uma análise profunda da composição, origem e dos mecanismos de pagamento da dívida. Sou contra deixar de honrar os compromissos assumidos pelo Brasil. Por outro lado, é preciso saber quem será o beneficiário que receberá R$ 78 bi, somente este ano, de juros da dívida externa e interna. Por que a dívida atingiu estas proporções? A velocidade do pagamento da dívida não pode ser alterada para que a dívida social também seja resgatada? A auditoria é essencial para tratarmos com responsabilidade os recursos de nossa sociedade.

    Link 1  Link 2

    Mas passados 15 anos após o plebiscito, qual será a posição discurso do PT ? 

    Aqui o discurso da mesma naq abertura da Comissão. O início dos trabalhos está marcado para junho.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=LpY_U6TCWrU align:center]

    O Nassif deveria convidar a Maria Lucia Fatorelli para expor sua luta.

    Seria interessantíssimo ver uma debate aberto entre ela e o André Motta Araújo, mordaz crítico da Auditoria. Ele que ultimamente anda no estilo Lulinha Paz e Amor, parece que reviu seus métodos e se passa por cordeiro aqui, tanto que antes sistematicamente criticado, hoje é um dos mais atuantes “colunistas” e bastante elogiado.

    Até mudou sua posição sobre as agências de rating, antes endeusadas por ele, mas agora execradas.

    E aí André, toparia o “confornto” ?

     

    1. Maria Lucia tem que fazer a

      Maria Lucia tem que fazer a auditoria na Grécia, porque por aqui a divida pública é vaca sagrada do governo de qualquer partido.

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