“Privatização” do Lloyds Bank pode ajudar o Reino Unido a diminuir a dívida nacional

Venda de ações do banco pode ajudar na saldar dívida nacional

Jornal GGN – Investidores do Lloyds Banking Group advertiram nesta terça-feira (17) que seu apetite por mais ações no banco a curto prazo, pode ser limitado, apesar da forte participação vendida pelo governo do Reino Unido, que capturou cerca de 3,2 bilhões de euros.

De acordo com o jornal inglês Financial Times, “o acordo foi coberto muito rapidamente e um grande número de investidores queria algumas dessas ações, já que a economia local está mais saudável”.  Para os interessados, é um voto de confiança nos bancos britânicos e na recuperação financeira do Reino Unido pós-crise.

Com a venda das ações, realizada na noite desta segunda-feira (16), o governo perdeu quase 7% de participação no Lloyds Bank, tendo a partir de agora 39%.  Mesmo depois das medidas tomadas, as ações do banco continuavam em baixa na bolsa de Londres, esta manhã. A BofA Merril Lynch, o JP Morgan Cazenove e a UBS atuaram como bancos coordenadores da oferta.

Metade das ações do Lloyds foram distribuídas aos investidores do Reino Unido – 30% para os EUA, 10% para a Ásia e os outros 10% se espalharam ao redor do mundo. Foi dada a preferência a gestores de ativos que compram e mantém ações. Dois fundos de hedge norte-americanos, por exemplo, colocaram cerca de US$ 1 bilhão de dólares nas negociações, mas a maioria das ordens não ultrapassou os US$ 350 milhões.

Embora alguns investidores já tradicionais estivessem no páreo, como Nothern Cross, Norges, Lansdowne e Harris Associates, a maior parte da oferta foi mesmo para novos investidores, que tinham mais reservas nos bastidores, de acordo com um dos envolvidos. Alguns deles advertiram que os quase US$ 9 bilhões levantados nos mercados nas próximas semanas por meio da “privatização” pode significar o limite levantado.

Também se comenta no mercado que o governo e os bancos podem ter dificuldades para vender mais ações em novas rodadas. E muitos dizem que não será possível obter os tais 70 bilhões de euros planejados pelo governo até março do próximo ano. Mesmo com tal expectativa, o governo espera vender mais uma parcela de ações do Lloyds no primeiro semestre de 2014, considerando inclusive uma oferta de varejo para o público em geral.

Para os dirigentes do Lloyds, no entanto, a venda de ações privadas é um marco de recuperação na história do banco e reflete o trabalho árduo para manter a instituição segura e rentável, além de focada para suportar e apoiar a recuperação da economia no Reino Unido.

As ações do Lloyds Bank subiram mais de 90% nos últimos doze meses e seus executivos aproveitam a onda de confiança para recuperar o dinheiro “desabastecido” desde 2008. Como preço de venda foi superior ao valor real, as medidas tomadas por meio do banco podem ajudar, inclusive, a reduzir a dívida nacional.
 

Redação

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