Produção industrial cai 0,7% entre setembro e outubro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A produção industrial brasileira registrou um recuo de 0,7% na passagem de setembro para outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o quinto recuo consecutivo apurado pelo indicador. Na comparação com outubro de 2014, a queda chegou a 11,2%, na 20ª queda consecutiva e a mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%). A indústria acumula quedas de 7,8% no ano e 7,2% em 12 meses.

A redução vista na passagem de setembro para outubro teve predomínio de resultados negativos, alcançando todas as quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,7%), indústrias extrativas (-2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%).

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,4%), de minerais não-metálicos (-2,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,3%), de outros equipamentos de transporte (-3,4%) e de produtos de madeira (-4,4%).

Com exceção da primeira atividade, que cresceu 0,4% no mês anterior, as demais também recuaram em setembro último: -1,2%, -2,0%, -1,8% e -2,4%, respectivamente. Por outro lado, entre os oito ramos que ampliaram a produção nesse mês, a maior contribuição para a média global veio de produtos alimentícios, que avançou 1,7%, após recuar 0,1% no mês anterior.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, o segmento de bens de consumo duráveis recuou 5,6% e mostrou a redução mais acentuada em outubro de 2015, terceiro resultado negativo consecutivo e acumulando nesse período perda de 15,8%.O segmento de bens de capital (-1,9%) também apontou queda mais intensa do que a média nacional (-0,7%), eliminando o avanço de 1,3% assinalado no mês anterior.

Os setores produtores de bens intermediários (-0,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro permanecendo em queda desde fevereiro último e acumulando nesse período redução de 6,6%; e o segundo voltando a recuar após acréscimo de 0,5% em setembro.

“Em outubro de 2015, o setor industrial prossegue com o quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só no quinto resultado negativo consecutivo na comparação com o mês imediatamente anterior, mas também no predomínio de taxas negativas no mês, já que as quatro categorias econômicas e a maior parte das atividades pesquisadas reduziram a produção”, diz o IBGE.

Com o resultado de outubro, o levantamento mostra que o total da indústria encontra-se 17% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, permanecem os sinais de menor intensidade da atividade industrial, evidenciados na evolução do índice de média móvel trimestral (-1%), que manteve a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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