Jornal GGN – Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram avanço na produção industrial em março, em 10 das 14 regiões analisadas, em comparação com fevereiro. O maior aumento foi verificado no Amazonas, com um crescimento de 22,2%. Em São Paulo, principal parque industrial do país, a atividade aumentou 1,5%, um pouco acima da média nacional no período, de 1,4%.
Bahia (8,1%), Nordeste (4,1%), Santa Catarina (3,8%), Paraná (2,8%), Ceará (2,6%) e Rio de Janeiro (2,2%) também ficaram acima da média nacional. Minas Gerais, com 0,9%, e Pernambuco, com aumento de 0,4%, foram os outros locais que registraram avanço da produção industrial no mês de março.
Já Goiás e Pará tiveram quedas acentuadas, com – 4,3% e – 3,2%, respectivamente. Espírito Santo ( – 1,7%) e Rio Grande do Sul ( – 1,3%) também apresentaram taxas negativas.
Com informações do Estadão
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Notícias como essa parecem ajustar-se apenas à escala do espasmódico. Nada mais que isso.
O problema da produção industrial no Brasil não é tendencial, é estrutural.
Há vários debates sobre as razões (mais contingentes ou mais profundas) sobre essa conjuntura, mas não adianta querer tapar o sol com nenhuma peneira do curto (ou curtíssimo) prazo.
A verdade objetiva é simples: a participação da indústria no PIB brasileiro hoje voltou a ser a mesma de 1947 (http://www.valor.com.br/brasil/4194804/participacao-da-industria-no-pib-volta-decada-de-40-diz-ibre).
A desculpa de que isso não expressa uma desindustrialização do país, pelo argumento de que a participação do setor de serviços tenderia “naturalmente” a crescer, é apenas um argumento contextualizado pela lógica da financeirização do capital, não necessariamente pela lógica da produção com agregação de valor.
A realidade é que a indústria brasileira ficou para trás e reduziu sua possibilidade de geração relativa de riqueza pela redução da sua capacidade competitiva.
Além de termos um empresariado não muito mais além de predatório, falta política para a indústria.
Há muito tempo falta, e o neodesenvolvimentismo apenas ajustou-se a uma lógica fundamentalmente reprimarizadora.