Produção industrial recua em 7 dos 14 locais em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março na série com ajuste sazonal foi acompanhada por sete dos 14 locais pesquisados (Mato Grosso, que passa a integrar a pesquisa a partir desse mês, ainda não apresenta resultados suficientes para compor a série ajustada sazonalmente), com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio Grande do Sul (-3%), Paraná (-2,1%) e Bahia (-2%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
 
Com os resultados desse mês, o Rio Grande do Sul eliminou parte do crescimento de 8,5% registrado nos meses de janeiro e fevereiro; a indústria do Paraná reverteu dois meses de expansão que acumularam ganho de 7,1%; e os dados da indústria da Bahia voltam a recuar após avançar 4,2% em fevereiro último. Também com resultados negativos mais intensos do que a média nacional (-0,5%) figuram Rio de Janeiro (-1,0%) e São Paulo (-0,9%), enquanto Ceará (-0,5%) e Minas Gerais (-0,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos nesse mês. Por outro lado, Pernambuco (2,8%), Amazonas (1,7%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,3%), Santa Catarina (1,1%), Goiás (1,0%) e região Nordeste (0,2%) assinalaram as taxas positivas nesse mês. 

 
Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria avançou 0,6% no trimestre encerrado em março frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, sete locais apontaram taxas positivas nesse mês: Santa Catarina (2,2%), Minas Gerais (2,0%), São Paulo (1,8%), Rio Grande do Sul (1,6%), Paraná (1,5%), Amazonas (1,4%) e região Nordeste (1,4%). Goiás (-0,7%), Espírito Santo (-0,6%), Pernambuco (-0,3%) e Bahia (-0,2%) assinalaram os resultados negativos em março de 2014, enquanto o Pará (0,0%), Rio de Janeiro (0,0%) e Ceará (0,0%) mostraram variação nula.
 
Na comparação com o registrado em março de 2013, a redução observada na produção nacional alcançou sete dos 15 locais pesquisados, sendo que março de 2014 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20). Segundo a pesquisa, os recuos mais elevados do que a média nacional (-0,9%) foram registrados por Mato Grosso (-9,6%), Goiás (-4,4%), São Paulo (-4,0%), Paraná (-3,3%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,1%), enquanto Ceará, com variação negativa de 0,4%, mostrou queda mais moderada. Pará (13,6%), Pernambuco (12,5%), região Nordeste (8,4%) e Santa Catarina (6,1%) assinalaram os avanços mais intensos. Minas Gerais (3,0%), Bahia (1,5%), Amazonas (1,4%) e Rio Grande do Sul (0,9%) completaram o conjunto de locais que apontaram taxas positivas.
 
No indicador acumulado para o primeiro trimestre do ano, a expansão na produção nacional alcançou nove dos 15 locais pesquisados: Pernambuco (9,9%), Amazonas (8,1%), Pará (6,2%), Minas Gerais (4,1%), Santa Catarina (4,0%), região Nordeste (3,6%), Paraná (3,3%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Ceará (1,2%). Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados ao aumento na fabricação de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos da linha marrom e motocicletas) e de bens de consumo semi e não-duráveis (artigos do vestuário e acessórios, produtos alimentícios, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis), além do desempenho positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro). Espírito Santo (-4,0%), São Paulo (-2,9%), Bahia (-2,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Goiás (-1,8%) e Mato Grosso (-0,8%) assinalaram as taxas negativas no acumulado do ano.
 
Em bases trimestrais, o setor industrial sustenta índices positivos há seis trimestres consecutivos, mas com taxas mais moderadas nos dois últimos trimestres: 0,2% no período outubro-dezembro de 2013 e 0,4% nos três primeiros meses de 2014, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Em termos regionais, seis dos 15 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando o movimento no índice nacional, com destaque para Minas Gerais, que passou de -2,8% no último trimestre de 2013 para 4,1% no período janeiro-março de 2014, Pernambuco (de 4,5% para 9,9%) e região Nordeste (de -0,6% para 3,6%). Nesse mesmo tipo de confronto, Mato Grosso (de 13,2% para -0,8%), Goiás (de 7,4% para -1,8%) e Rio Grande do Sul (de 7,0% para 3,1%) assinalaram as maiores reduções de ritmo entre os dois períodos.
 
A taxa acumulada em 12 meses subiu 2,1% em março de 2014, mantendo a marca registrada em fevereiro último, mas ficou ligeiramente abaixo do verificado em dezembro de 2013 (2,3%). Em termos regionais, 12 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas em março desse ano, com oito apontando maior dinamismo frente ao índice de fevereiro último. Os principais ganhos entre fevereiro e março foram observados no Pará (de -2% para -0,2%), Pernambuco (de 3,6% para 5,2%) e Santa Catarina (de 6,6% para 7,4%), enquanto a perda mais importante foi registrada por Goiás (de 4,1% para 3,2%).
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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