Protecionismo e intolerância

Por Falcão

A Europa está passando por uma crise enorme. Acabei de assistir o noticiário das 22 da BBC e o Lloyds Bank que comprou o RBS (Royal Bank of Scotland) perdeu um terço do valor em menos de duas horas.

O Ministro Alistair Darling está em Roma no G7, porém, o boato é que o Lloyds está com a morte anunciada.

È só o mercado abrir na Segunda para cair de vez.

Esta crise tem um grave impacto no mercado de trabalho. Esta onda de “preconceito” contra cidadãos da América do Sul, e Brasil especificamente, é causada pelo velho ditado que o estrangeiro “rouba” o trabalho do nativo.

Não posso falar de Suíça porque não conheço, porém, em Londres de cada 10 Brasileiros 9 estão aquí vivo e trabalhando ilegalmente.

Em tempos de vacas gordas pode-se até fechar um olho, mas em tempo de crise estes 90% de imigração ilegal é uma pimenta no olho do Inglês.

E não pense que é preconceito contra brasileiro. Semana passa a Total (empresa do setor petrolífero) da Itália, que havia vencido um contrato em uma fábrica no norte da Inglaterra foi alvo de uma grande manifestação da parte dos trabalhadores ingleses, isto porque a Total trouxe trabalhadores da Itália e Portugal para fazer o trabalho.

Italianos e Portugueses, como cidadãos europeus, tem todo o direito de trabalhar na Inglaterra, mesmo assim os ingleses protestaram até conseguirem vaga para 130 deles neste projeto.

Outro ponto citado anteriormente é que, infelizmente, a ilegalidade empurra os sul-americanos para crimes como falsificação de documentos de estadia e trabalho além de prostituição (feminina e masculina) e do tráfico de drogas.

Luis Nassif

18 Comentários

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  1. Melhor os brasileiros
    Melhor os brasileiros voltarem para o Brasil. Agora que os tucanos não estão mais no poder, o país ficou bem melhor.
    Enquanto isso a Europa derrete-se como manteiga no asfalto quente.
    E os EUA são uma incógnita: será que esse pacote meia-boca do Obama conseguirá algum resultado?
    Melhor voltar para o Brasil.

  2. e quanto a este tipo de
    e quanto a este tipo de protecionismo, o que fazer?

    HOPI HARI espera ter sua divida ABATIDA com o BNDES para ser vendido e viabilizado

    O parque tem como acionistas principais a GP (44,5%) e os fundos de pensão Previ (10%), Fundação Atlântico, do Grupo Oi (13,2%), Funcef, da Caixa Econômica Federal (10,91%), e Petros, da Petrobrás (9,88%).

    PERGUNTA: estes acionistas (e gestores) não tem recursos pra assumirem suas BARBEIRAGENS ?

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090214/not_imp323679,0.php

    Este governo já esta chegando ao limite na balança de seus erros e acertos hein ?!

    Foi o juros exagerado, depois o cambio valorizado, veio o swap irresponsável …e daqui a pouco a venda de geladeira pra conglomerados estrangeiros ..e ainda temos o spread criminoso alicerçado na MAIOR taxa básica do planeta

    Neste meio tempo tivemos o fortalecimento, ou a condescendência, com os cartéis (CARREFOUR e EXTRA, Atacadão e Assai, Nestle e Unilever, Lucky-Pepsico-torcida, Troller), as TELES c/a BROI, os bancos c/o ITAU-UNIBANCO, a Votorantin-Aracruz-BB …enfim

    Fora que neste final de segundo tempo ainda temos o financiamento subsidiado pras MONTADORAS internacionais, e até pra venda de carros IMPORTADOS ….e do namorico com os bancos empossados

    e isso tudo pensando que falamos do governo LULA …se não com ele, com quem então ?

    Isso já não é nem protecionismo com empresário tubarão e larápio …é assunção de paternidade mesmo

  3. no reino unido querem que
    no reino unido querem que portugueses e especialmente espanhois caiam fora. a tendencia é a radicalização. depois as pessoas nao entendem porque existia o lema “socialismo ou barbárie”. o mundo voltou a ser um lugar muito perigoso para quem vive na europa e nos eua. quem sabe o brasil se livra disso tudo. junto com a américa do sul. Nassif, uma análise do México seria bem úitl nesse momento. esta ficndo chato comentar pois volta e meia o moderador automático barra as mensagens e perdemos tudo o que foi escrito. acho que isso enfraquecerá a participação no blog.

  4. Enquanto isso no exercito
    Enquanto isso no exercito americano…

    Da BBC

    US army ‘wants more immigrants’
    US soldiers and local people in Afghanistan
    The US army wants people who can communicate with locals

    The United States army is to accept immigrants with temporary US visas, for the first time since the Vietnam war, according to the New York Times.

    Until now immigrants have had to have permanent residency – a “green card” – in order to qualify for the services.

    But those with temporary visas will be offered accelerated citizenship if they enrol, the Times says.

    The Pentagon hopes the scheme will cover shortages in areas like medical care and language interpretation.

    Many temporary immigrants will have been granted visas on the basis of their education or skills, so the defence department expects the new recruits to be more qualified than applicants who are US citizens – and in particular to have languages useful in combat zones like Afghanistan and Iraq.

    “The American army finds itself in a lot of different countries where cultural awareness is critical,” said Lt-Gen Benjamin C Freakley, the top recruitment officer for the army.

    “There will be some very talented folks in this group,” he told the New York Times.

    “The army will gain in its strength in human capital, and the immigrants will gain their citizenship and get on a ramp to the American dream.”

    Opposition from veterans

    The Times said the scheme could cut the time a temporary resident had to wait for a green card from up to 10 years to as little as six months.

    The programme will be limited to 1,000 enlistees in its first year, but if successful could be spread to other services and expanded. It could eventually provide the army with one in six of its recruits, the Times said.

    Army recruiters say their job has become easier in recent months as unemployment has risen in the US. But even so, they regret having had to turn away many immigrants because they had only temporary residency.

    However, the Times said there appeared to be some opposition from officers and veterans, who expressed concern that some foreigners might have divided loyalties or be terrorists seeking to infiltrate the US armed services.

  5. Está no Uol hoje a informação
    Está no Uol hoje a informação de que o diretor do festival de Berlim, Costa-Gavras, diretor de “Eden a l’Ouest” vem ao Brasil em abril.

    “O filme acompanha a jornada homérica de um imigrante ilegal pela Europa em busca daquilo que acredita ser a resolução de todos os seus problemas.

    O preconceito embutido na construção de alguns dos personagens com quem ele encontra na sua trajetória acaba por enfraquecer o filme. Na entrevista coletiva após a sessão para a imprensa, Costa-Gavras confirmou que sua realização mais recente será exibida no próximo CinePE, em abril, quando o cineasta também será homenageado com uma retrospectiva.”

    Aqui uma entrevista (em francês) com o diretor:
    http://cinema.uol.com.br/festival-de-berlim/ultnot/2009/02/14/ult4332u1012.jhtm

    E aqui o trailer também em francês e inglês:
    http://www.youtube.com/watch?v=n2P8HKwe3U0&feature=related
    The great Greek director Costa-Gavras returns to cinema and to his homeland with Eden is West. The leading character of this story that mixes all the genres is Elias (played by Italian actor Riccardo Scamarcio), an immigrant seeking for a new home. He comes from the East to discover the West. and wanders unknown places, meet many different people, face attitudes and facts he used to ignore. And all that because he has a great wish: to survive and to build a new life. The movie will have its world premiere at 2009 Berlin Film festival where is in competition.

  6. A grande diferença entre a
    A grande diferença entre a petrolífera levando italianos e portugueses para trabalhar na Inglaterra e os ilegais é o tipo de trabalho ao qual sempre se sujeitaram. Enquanto os legais sempre disputaram vagas com os trabalhadores do próprio país, os ilegais não enfrentavam esse tipo de concorrência pois as vagas eram as que os trabalhadores do primeiro mundo não queriam como jardineiros, domésticas, lixeiros, garis e outras profissões consideradas menos dignas para seu padrão de desenvolvimento.
    Agora que a crise aperta eles começam a reclamar todas as vagas para si, não importando se eram consideradas como subemprego até pouco tempo.

  7. Caro Nassif,
    Aqui na minha
    Caro Nassif,
    Aqui na minha terra fala-se que a “oportunidade” é um cavalo arreado que passa apenas uma vez… ou monta-se, ou perde-se a oportunidade. Nestes tempos obtusos, apresenta-se ao Brasil uma grande oportunidade: a oportunidade de se modernizar, principalmente em infra-estrutura, criando-se assim a base para que possamos fincar pé definitivamente no primeiro mundo e tornarmos um país desenvolvido.
    O Brasil é um país abençoado, que apesar das mazelas tem tudo para dar certo. Se o governo souber aproveitar a crise, o Brasil sairá dela renovado e fortalecido. É hora de dar empregos e conseqüentemente estimular o consumo. E nada dá mais emprego do que a realização de obras de infra-estrutura, tanto direta quanto indiretamente. Um país que quer se tornar grande não pode ter seu transporte embasado em rodovias, que é caro e poluidor. Precisa incrementar sua malha ferroviária de modo a baratear e estimular o desenvolvimento do interior. Diante do enorme potencial hídrico existente no país, é impossível conceber a idéia de que não existe uma hidrovia ativa e pujante no Brasil. Pensar que os EUA se tornaram potencia graças às suas ferrovias e ao Rio Mississipi. Temos vários rios onde se pode implantar hidrovias bem estruturadas, com portos decentes, com terminais de carga e descarga e armazéns e silos adequados para armazenar, sem desperdícios, a enorme safra agrícola produzida nas terras tupiniquins… O velho Chico, o Araguaia, o Tocantins, o Amazonas, o Tietê, o Paraná, o Paraguai, o Grande Lago de Furnas … todos navegáveis. Integrar a hidrovia e a ferrovia e alavancar o desenvolvimento do País.
    Aproveitar também para melhorar nossa estrutura portuária, evitando-se assim os gargalos que são verificados a cada “pico” de exportação
    E, por que não dar dignidade ao povo, dando-lhe moradia, esgoto e água encanada? E as enchentes que assolam o país a cada ano? Não é hora de dar um “basta” nessa situação? E existem as soluções. As enchentes ocorrem porque as águas das chuvas são destinadas diretamente ao curso dos rios, cuja calha não suporta o aumento do volume de água, transbordando. Há um projeto da EMATER, chamado “ENXURRADA ZERO”, que se caracteriza pela construção de bacias de contenção das águas pluviais ao longo das estradas e em pontos estratégicos das propriedades, evitando-se que essas águas se destinem diretamente aos rios. Forma-se uma reserva hídrica nas propriedades rurais, aumenta-se a incidência de nascentes e evita-se a erosão e as enchentes, e principalmente os custos absurdos gerados pelas catástrofes, totalmente evitáveis.
    Se há que se “acudir” a crise, que seja com a geração de emprego, concessão de renda, aumento do consumo, dignidade humana e criação de infra-estrutura, dando sustentação para o efetivo crescimento do Brasil, para que possamos atravessar a turbulência e sairmos mais fortes dela.
    **********************************

    Quanto à matéria relacionada acima, já postei que a crise seria responsável pela queda da globalização e exemplifiquei com um dito popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Nenhum país continuará facilitando as importações, a imigração e conseqüentemente o aumento da taxa de desemprego. Defenderão com unhas e dentes seu nacionalismo, o que incorrerá em riscos até mesmo para a comunidade européia, cuja tendência será se dividir em estados nacionais novamente.

  8. O Sistema erra no princípio,
    O Sistema erra no princípio, no essencial.

    Não posso aceitar que seja legítimo ao capital buscar a melhor remuneração em qualquer parte do globo e o mesmo direito não seja dado ao homem. E isso é aceito maioria, para não dizer quase totalidade, como correto.

    O capital, que deveria servir ao homem, adquiriu importância e privilégios que são negados às pessoas.

    Não há como dar certo.

  9. Caro Nassif,

    Gostaria de
    Caro Nassif,

    Gostaria de discordar do Falcao.

    Moro na Inglaterra tambem, o grande problema de falta de emprego hoje e toda essa movimentacao nao e por causa da imigracao ilegal e sim pela a adesao dos paises do Leste europeu a UE. Apos essa adesao, a populacao do Leste passou a se imigrar para os principais paises da UE como Inglaterra, Alemanha e Franca.
    Como relacao a Inglaterra, especificamente, e impressionante como voce ve tanto, vou repetir, tanto poloneses aqui. “A imigracao deles foi tao grande que o governo da Polonia pediu para UK restringir um pouco essa imigracao pois comecava a faltar mao de obra na Polonia, entao UK e Polonia acordaram que para os poloneses imigrarem, necessitariam tambem ter conhecimento da lingua inglesa”. Isso foi o que ja ouvir por aqui, nao garanto que seja um fato. Mas vou dar um exemplo de como tem tantos poloneses aqui.
    Disputo um campeonato de futebol e meu carro um dia estava sem bateria, entao meu tecnico, ingles, veio me pegar em minha cidade, como moro no centro ele passou por aqui e disse: “Allan, nao vi um ingles na rua, so poloneses, parece que sao 3 poloneses para 1 ingles.”

    Minha cidade e pequena mas tem mais de duas lojas lojas com produtos deles e ate a maior rede de supermercado, Tesco, tem um area com produtos da polonia.

    Os Ingleses estao se movimentando e tem ate jornal (* The Daily Star) distribuindo um poster em suas paginas dizendo: “British jobs for british workers”.

    Agora vem uma duvida: Pode um pais/populacao que faz parte de um bloco economico, que aceitou todas as clausulas tentar de alguma forma suprimi-las?

    Entao a questao que gostaria de levantar e em relacao ao Brasil:

    Porque penso que o Mercosul sera uma UE no futuro, e o Brasil sendo a maior economia da regiao e caminhando, ainda que lentamente, para se tornar um pais desenvolvido, recebera um grande numero de imigrantes dos paises vizinhos em busca de trabalho. Portanto, e de suma importancia o debate sobre como o Brasil deve se posicionar.

    Como deve ser a politica de integracao regional do Brasil? Deve pensar em se integrar para ampliar seu mercado e se tornar mais forte nas negociacoes internacionais? Deve se integrar e ajudar financeiramente e tecnologicamente os paises vizinhos, nao os vendo como concorrentes mas como parceiros para que se possam desenvolver linearmente? Deve ser uma intergracao total ou parcial? N outras questoes..

    PS: Nao vou nem entrar no merito de que os ingleses nao gostam de trabalhar mas, com relacao ao que os ingleses estao dizendo, eu, particulamente, gostaria de complementar seu slongan.

    British jobs for british workers, so don`t buy british products because everything is for british people.

    Imagina o que acontecera com a economia inglesa se esse pequeno complemento comeca a ser levado a serios pelos os imigrantes.

    * segue o link do jornal: http://www.dailystar.co.uk/news/view/69142/We-ll-whack-Gord-with-Daily-Star-posters/

  10. A Inglaterra e o resto
    A Inglaterra e o resto daEuropa estao indo pro brejo a muito tempo.
    Recentemente, estive na Italia, Alemanha e Rreino Unido. Nao gostei de nada que vi. Ruas estreitas, mal iluminadas, nao tao limpas assim, apartamentos e hoteis sem muito requinte. Enfim, uma vida apertada.

    Muitos autores atribuem a queda da Europa a problemas culturais; dizem eles que o continente e avesso ao empreendimento. E, se feito uma vez e fracassado na tentativa, nao ha uma segunda chance.

    Pode ser insistencia minha, mas ha um certo ar de desanimo no continente. E o pior de tudo, as pessoas qualificadas do resto do mundo preferem, cada vez mais, a Australia, o Canada e os Estados Unidos como destino de imigracao.

    Sobre os sul-americanos, acho otimo pegarem no pe dos brasilieros, o que irao conseguir em breve e substituir os nossos compatriotas por paquistaneses, argelinos e outros que os europeus tanto amam.

  11. O que está acontendo é pedra
    O que está acontendo é pedra cantada há mais de dois anos atrás e não pense que o que se prevê agora não irá acontecer também.

    Os arquétipos que regem estas manifestações são poderosíssimos e não encontram resistência alguma nas ações até agora desenvolvidas. É o que eu venho dizendo há algum tempo, os que estão combatendo a crise não entendem do riscado, não usam as ferramentas certas e trabalham somente para consertar o estrago, não preentivamente evitando as condições do desastre.

    O acerto vai custar muito mais caro deste jeito, é preciso colocar quem entende do assunto para corrigir e desviar o rumo do desastre que se desvela inexoravelmente em câmara lenta para o mundo toda assistir.

  12. “o mundo voltou a ser um
    “o mundo voltou a ser um lugar muito perigoso para quem vive na europa e nos eua. quem sabe o brasil se livra disso tudo. junto com a américa do sul.”

    Essa foi hilaria… Vida eh mais perigosa na Europa do que no Brasil… Isso eh ridiculo.

  13. Preconceito contra
    Preconceito contra nacionalidades,culturas ,cromatismo epidérmico,é bem mais antigo do que implicância de Hitler com judeus,ciganos,eslavos,etc.
    A cada crise, essa reação, se manifesta. É a parte mais elementar e “tangível” do problema ,que é sentido,mas não é entendido. Os desdobramentos são previsíveis,nos diz a história.Revoltas populares,motins,deposição de líderes, de governos,conclamações nacionalistas,guerra civil e outras guerras.Mais amplas e generalizadas. A Europa tem um currículo bem alentado nesse viés. Passou desde sua formação,até a metade do século passado,exercitando, hostilizações mutuas entre suas diferentes nações. A solução,e não o tamanho da crise,é que poderá ditar o futuro
    dos europeus.

  14. Oi Nassif.
    Olha que os
    Oi Nassif.
    Olha que os trabalhadores eram “comunitários”, da UE; imagina se é brasileiro, jamaicano ou indiano. Vamos ver se a UE resiste a crise.
    Sds
    Paulo

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