Provisão para calotes afeta resultado do Bradesco

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Carteira de crédito ficou praticamente estável no período

Jornal GGN – O aumento de encargos com despesas para perdas com calotes levou o Bradesco a reduzir seu lucro no primeiro trimestre. O lucro recorrente apurado pela instituição financeira nos primeiros três meses do ano chegou a R$ 4,113 bilhões, queda de 3,8% ante mesma etapa de 2015 e de 9,8% sobre o trimestre anterior.  Já o lucro líquido contábil ficou em R$ 4,12 bilhões, queda de 2,9% sobre um ano antes e 5,3% menor do que no período imediatamente anterior.

Quanto à origem, o Lucro Líquido Ajustado é composto por R$ 2,733 bilhões provenientes das atividades financeiras, correspondendo a 66,4% do total, e por R$ 1,380 bilhão gerado pelas atividades de seguros, previdência e capitalização, representando 33,6% do total.

Os dados divulgados mostram que a carteira de crédito expandida da instituição chegou a R$ 463,208 bilhões em março, mantendo-se praticamente estável em relação ao saldo de março de 2015. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 147,759 bilhões (crescimento de 4% em relação a março de 2015), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 315,449 bilhões (redução de 1,8% em relação a março de 2015).

De acordo com o banco, os produtos que apresentaram maior crescimento nos últimos doze meses para as Pessoas Físicas foram financiamento imobiliário; e crédito pessoal consignado. Para as Pessoas Jurídicas, os principais destaques foram financiamento à exportação; e operações com risco de crédito – carteira comercial (debêntures e notas promissórias).

Ao mesmo tempo, o índice de inadimplência acima de 90 dias subiu pelo quinto trimestre consecutivo, atingindo um total de 4,2%, o pico em quase quatro anos. Um ano atrás, o índice tinha sido de 3,6%.

A despesa de provisão para devedores duvidosos totalizou R$ 5,448 bilhões, registrando uma variação de 30%, ou R$ 1,256 bilhão, em relação ao trimestre anterior, e 52,2%, ou R$ 1,868 bilhão, em relação ao mesmo trimestre de 2015, impactada, em grande parte, “pelo efeito do alinhamento do nível de provisionamento de operações com clientes corporativos, com destaque a um caso específico, cujo o agravamento de rating, impactou em R$ 836 milhões; e pela elevação da inadimplência no trimestre, decorrente, principalmente, da desaceleração da atividade econômica”. 

A instituição também registrou uma queda de 2,9% nas receitas com tarifas e serviços sobre um trimestre antes, para R$ 6,405 bilhões, embora ano a ano, o montante tenha crescido 11,5%. As despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 7,87 bilhões no primeiro trimestre, queda de 6,5% sobre o final de 2015 e alta de 11,1% contra um ano antes.

Aos acionistas foram pagos e provisionados, a título de Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos, R$ 1,451 bilhão relativo ao lucro gerado no primeiro trimestre, sendo R$ 273,240 milhões pagos, de forma mensal, no período e R$ 1,178 bilhão provisionado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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