Recuperação externa e commodities ajudam bolsa a subir 1,55%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar fechou em queda de 2,61%, a R$ 3,306 na venda

Jornal GGN – O avanço dos preços das commodities no exterior e a recuperação do mercado internacional ajudou a bolsa brasileira a retomar o patamar dos 50 mil pontos. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em alta de 1,55%, aos 50.006 pontos e com um volume negociado de R$ 5,852 bilhões. Com isso, o índice acumula alta de 3,17% no mês e de 15,36% no ano.

Na agenda econômica brasileira, o destaque ficou com a publicação do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, que foi sucedido de entrevista coletiva de seu novo presidente, Ilan Goldfajn. “No relatório, ajustes pequenos em magnitude, mas relevantes para uma melhor compreensão das estratégias da autoridade monetária e da dinâmica das variáveis macroeconômicas”, diz a corretora BB Investimentos, em relatório.

O documento, levando em conta as variáveis Taxa de Câmbio em um patamar projetado de R$ 3,45 e Selic no atual patamar de 14,25% ao ano., ajustou a projeção de inflação para o final de 2016 em 6,9% (anterior: 6,6%) e para o final de 2017 em 4,7% (anterior: 4,5% – o centro da meta). O PIB de 2016 projetado pelo Bacen apresentou melhora (-3,3% contra -3,5% anteriormente).

“Em discurso, dois pontos destacados por Ilan foram destaque: o primeiro sinalizou um viés previamente farejado pelo mercado, de uma maior tolerância a oscilações do câmbio, embora não descartando instrumentos de controle, e o segundo, uma postura considerada mais restritiva, denotando, apesar da paulatina redução da inflação no comparativo ano contra ano, pouco espaço para afrouxamento monetário através de cortes na Selic no curto prazo”, pontua a corretora. Em termos acionários, o avanço foi influenciado pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, da mineradora Vale e dos bancos.

No exterior, os mercados estrangeiros repercutiram os posicionamentos de autoridades monetárias de diversas economias, além das reafirmações de autoridades políticas em relação à manutenção de “boa vizinhança” por parte da Europa com o dissidente Reino Unido, fazendo com que a sessão fosse marcada majoritariamente por otimismo nas bolsas mundiais, após dois dias de queda que sucederam o traumático referendo que culminou no Brexit.

No câmbio, a cotação do dólar comercial interrompeu uma sequência de duas altas e fechou em queda de 2,61%, a R$ 3,306 na venda. Com isso, a moeda acumula desvalorização de 8,48% no mês e de 16,26% no ano.

No exterior, os investidores mostravam um pouco mais de otimismo, após dois pregões sucessivos com uma postura mais cautelosa após a decisão do Reino Unido de se retirar da União Europeia (UE). Existe o temor de que a instabilidade gerada pela decisão cause uma repercussão negativa na economia global e no apetite por risco. Contudo, houve um prognóstico mais animador devido à perspectiva de novos estímulos econômicos pelos bancos centrais.

No Brasil, investidores aprovaram a postura adotada pelo Banco Central na primeira comunicação sob o comando do novo presidente, Ilan Goldfajn. A autoridade monetária ampliou a estimativa para o fechamento da inflação para este ano, de 6,6% para 6,9%, e divulgou que buscará mantê-la dentro dos limites da meta do governo. Em 2016, a meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Diante da expectativa em manter a inflação elevada, o BC indicou que não há espaço para começar a cortar a taxa básica de juros.

Para quarta-feira, os agentes aguardam a publicação do índice de preços ao consumidor na Alemanha; IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), taxa de desemprego e resultado do setor público no Brasil; índice antecedente na China; dados de renda, gastos pessoais e vendas de casas pendentes nos Estados Unidos; confiança em serviços, indústria e do consumidor na China, entre outros indicadores.

 

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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