Refinaria Abreu e Lima está aproximadamente 87% concluída

Por Roberto São Paulo
 
 
Em cinco anos, as novas refinarias da região Nordeste serão responsáveis por 83% da nossa nova capacidade de refino, injetando 830 mil barris adicionais de derivados por dia no mercado de combustíveis do Brasil. Três empreendimentos serão os responsáveis pelos números: a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; a primeira etapa da Refinaria Premium I, no Maranhão; e a Refinaria Premium II, no Ceará. A entrada em operação dessas novas unidades permitirá a expansão da nossa capacidade de refino para atender ao crescimento da demanda de derivados no Brasil, reduzindo significativamente a necessidade de importação.
 
 
Com obras em ritmo acelerado, a Refinaria Abreu e Lima já está aproximadamente 87% concluída, com previsão de partida de sua primeira fase em novembro de 2014. A unidade processará 230 mil barris diários, quando a segunda fase do empreendimento, prevista para ser entregue em maio de 2015, entrar em operação. A Abreu e Lima traz o desafio de ser a nossa primeira unidade de refino a entrar em operação, após mais de trinta anos. A partida da primeira etapa da Refinaria Premium I, em 2018, e da Refinaria Premium II, em 2019, acrescentará 600 mil barris por dia à nossa capacidade de refino.
 
Além de permitir a entrega de mais derivados ao mercado consumidor brasileiro, as refinarias nordestinas contribuem com o desenvolvimento da região onde estão instaladas. Localizada na região metropolitana de Recife, em Pernambuco, a refinaria Abreu e Lima, por exemplo, gera atualmente 42 mil empregos diretos na obra e traz para a região inúmeras oportunidades. O efeito de sua instalação pode ser mensurado pela evolução do PIB de Pernambuco que, de acordo com pesquisa da Agência Estadual Condepe/Fiem, tem apresentado crescimento superior ao do país nos últimos cinco anos. O PIB dos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, regiões de influência da refinaria, cresceram 64%, de 2008 a 2012.
 
O empreendimento de Pernambuco contribuiu para a criação de novas estradas, para a ampliação do porto de Suape e atraiu inúmeros fornecedores de bens e serviços do Brasil e do mundo para a região, para atendimento das demandas deste investimento. Outro grande desafio é a formação de profissionais e técnicos para suportar o desenvolvimento das obras, o que vem sendo realizado por meio do apoio a diversas iniciativas, desde o nível básico ao avançado na formação técnica, como no apoio às Universidades, aos Institutos e Centros de Pesquisa.
Redação

2 Comentários

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  1. Refinarias no Brasil

    E lembrar que as últimas refinarias de maior porte no Brasil, a entrarem em operação, Repar e Revap  o fizeram no final de 70 e início de 80. Neste longo período de ausência de construção de novas refinarias perdemos experiência, qualificação das empreiteras do ramo de construção e montagem, capacitação das consultorias de projeto, capacitação dos fornecedores de equipamentos de petróleo … Este reinício da atividade que vemos com a Abreu e Lima é admirável, apesar de todos infortúnios apontados no empreedimento. No início dos anos  80 a Petrobras estava se lançando na Bacia de Campos com tudo que tinha de recursos para aumentar nossa produção de petróleo, na época menos de 10 % da atual. e no final do governo de FHC passou por um processo de desmontagem que reduziu sua força de trabalho a metade  de então. Viva a Petrobras que mesmo sabotada pelos “contras” ainda a única a nos garantir produção, transporte de petróleo e derivados e refino de elevada qualidade. Isto depois de mais de 15 anos de quebra do monopólio estatal do petróleo. 

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