Safra de café em 2016 pode ser a segunda maior da história

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A primeira estimativa da safra 2016 de café (espécies arábica e conilon) sinaliza que a produção brasileira deverá ficar entre 49,13 e 51,94 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado, de acordo com dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se considerada a média de produção (50,5 milhões de toneladas), esta pode ser a segunda maior safra da história, ficando atrás apenas da safra de 2012, que foi de 50,8 milhões de toneladas. A previsão indica um acréscimo de 13,6% a 20,1% em relação à produção de 43,24 milhões de sacas obtidas em 2015.

De acordo com a Conab, o ano de 2016 é de alta bienalidade para o café. A característica dessa cultura faz com que a planta obtenha melhores rendimentos em anos alternados, especialmente o café arábica, e independe de tratamento do solo ou de outras ações tecnológicas.

Assim, esta primeira estimativa aponta um crescimento de 17,8% a 24,4% na produção de arábica, que abrange 76,5% do total de café produzido no país. Estima-se que sejam colhidas entre 37,74 e 39,87 mi sacas. O resultado deve-se principalmente ao aumento de 67,6 mil hectares da área em produção, à incorporação de novas áreas que se encontravam em formação e renovação e às condições climáticas mais favoráveis.

Já a produção do conilon, que representa 23,2% do total, é estimada entre 11,39 e 12,08 milhões de sacas, representando um crescimento entre 1,8 e 8% em relação à safra 2015, muito por conta da retomada de produtividade nos estados do Espírito Santo, Bahia e em Rondônia, bem como ao maior uso de tecnologias.

A área total plantada no país com café chegou a 2,25 milhões de hectares (ha), praticamente a mesma cultivada em 2015. Desse total, 271 mil ha (12,1%) estão em formação e 1,98 milhão ha (87,9%) em produção. A área plantada do café arábica soma 1,78 milhão de ha, equivalente a 79,2% da área existente com lavouras de café. Para a nova safra, estima-se um crescimento de 0,8% (13,4 mil ha). Minas Gerais concentra a maior área com a espécie (1,2 milhão ha), correspondendo a 67,8% da área ocupada com café arábica, em nível nacional.

Para o café conilon o levantamento indica redução de 2,9% na área estimada em 468,2 mil ha. Desse total, 430 mil ha estão em produção e 38,1 mil ha em formação. No estado do Espírito Santo está a maior área, 286,4 mil ha, seguido de Rondônia, com 94,6 mil ha e logo após a Bahia, com 48,6 mil ha.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Crise, crise, crise… safra

    Crise, crise, crise… safra recorde de café apesar da catástrofe econômica espalhada no Brasil pelo PSDB e sua mídia.

  2. O café vem passando por uma desvalorização. . .

    Ot café vem passando por uma desvalorização de preços há pelo menos três quatro décadas. Nos anos 70, 80 e 90, se conseguia ter lucro com café com uma produtividade média (bianual) de 20 sc/ha de 60 kg de café beneficiado, hoje é necessária uma produtividade média de 40 sc/ha na média bi anual. A lavoura de café tem um fenômeno de produção chamado de bianualidade, produz bem num ano e pouco no seguinte, então o cafeicultor term que ter hoje uma produtividade de 60 sacos/ha no ano de safra cheia e de 20 sc/ha no ano de safra fraca, dando uma média de 40 sc/ha em dois anos.

    Isso levou a uma melhoria tecnológica nos cafezais,com maiores produtividade. Novas lavouras vem sendo plantadas já com alinhamento apropriado para serem colhidas com máquinas. Baixos preços dos produtos e altos custos de mão de obra levam forçosamente a um aumento da tecnologia na agricultura, isso aconteceu com a lavoura de café no Brasil. Hoje produzimos mais em uma área menor de cafezais.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador