Saldo de crédito desacelera e atinge R$ 3,161 trilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Resultado mensal reflete queda do crédito à pessoas jurídicas no período

Jornal GGN – O saldo das operações de crédito apuradas no sistema financeiro chegou a R$ 3,161 trilhões durante o mês de março, com queda de 0,7% no mês – embora a variação em 12 meses tenha avançado 3,3% (ante variações respectivas de -0,5% e 5,2% em fevereiro). Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Segundo levantamento da autoridade monetária, a variação refletiu a desaceleração de 1,6% no crédito a pessoas jurídicas, que registrou um saldo de R$ 1,640 trilhão, e o crescimento de 0,3% na carteira de pessoas físicas, cujo saldo atingiu R$ 1,520 trilhão. A relação crédito/PIB recuou de 53,6% para 53,1% (53,2% em março de 2015).

O crédito com recursos livres (em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) situou-se em R$ 1.592 bilhões, com redução de 0,6% no mês e expansão de 0,9% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas declinou 1,1% no mês, para R$ 793 bilhões, sobressaindo as reduções em modalidades cujos saldos foram influenciados pela apreciação cambial do período (repasses externos e financiamentos a exportações), e em capital de giro. O segmento de pessoas físicas recuou 0,2% no mês, para R$ 800 bilhões, com destaque para as contrações de 1% e de 0,5% nos saldos respectivos de aquisição de veículos e de cartão de crédito e para o aumento de 0,8% no crédito consignado.

O crédito direcionado (em que os empréstimos possuem regras definidas pelo governo) apresentou um saldo de R$ 1,568 trilhão em março, declínio de 0,7% no mês e aumento de 5,8% em doze meses. O resultado mensal foi determinado pela retração de 2% no saldo das operações com pessoas jurídicas, que somaram R$ 848 bilhões, por conta do efeito da apreciação cambial nos financiamentos para investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O saldo referente a pessoas físicas aumentou 0,9%, para R$721 bilhões, com acréscimos de 1,1% no crédito rural e de 0,8% nos financiamentos imobiliários.

Entre os setores de atividade econômica, as retrações mais significativas ocorreram em transportes (-3,6%, saldo de R$162 bilhões), indústria de transformação (-1,9%, saldo de R$ 449 bilhões) e comércio (-1,1%, chegando a R$ 287 bilhões). Em sentido contrário, destacou-se o crescimento dos saldos destinados a Serviços Industriais de Utilidade Pública (+0,5%, para R$ 201 bilhões).

Em termos regionais, considerando as operações acima de R$1 mil, por região, os saldos recuaram 0,8% no Sudeste (R$ 1,701 trilhão), 0,6% no Norte (R$ 117 bilhões), 0,5% no Centro-Oeste (R$ 328 bilhões) e 0,3% no Nordeste (R$ 402 bilhões), permanecendo estáveis na Região Sul, em R$ 552 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador