Saldo de operações de crédito sobe 9,1% em 12 meses

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O saldo total das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3,160 trilhões em setembro, com expansões de 0,8% no mês e 9,1% em doze meses (comparativamente a 0,8% e 9,7% em agosto, na ordem), segundo dados divulgados pelo Banco Central. A variação mensal refletiu elevações de 1,2% e 0,4% nas carteiras destinadas a pessoas jurídicas e a pessoas físicas, que somaram R$ 1,676 trilhão e R$ 1,485 trilhão, respectivamente. A relação crédito/PIB (Produto Interno Bruto) atingiu 55%, ante 54,8% em agosto e 53,3% em setembro do ano anterior.

Os dados divulgados pela autoridade monetária mostram que o crédito com recursos livres alcançou R$ 1,609 trilhão (50,9% do total da carteira do sistema financeiro), após elevações de 0,5% no mês e 4,9% em doze meses. Nos créditos às empresas, que apresentaram um saldo de R$ 813 bilhões (+1% no mês), destacaram-se as expansões em descontos de duplicatas, outros créditos (principalmente aquisição de recebíveis) e repasses externos (influenciados pelo efeito da depreciação cambial). Em sentido oposto, as carteiras de capital de giro e de conta garantida apresentaram retração de 0,6% e 3,8%, respectivamente. O saldo de crédito livre às famílias manteve-se estável em R$ 796 bilhões, com contrações nas carteiras de cartão à vista e veículos e crescimentos em crédito consignado e outros créditos.

Os financiamentos com recursos direcionados alcançaram saldo de R$ 1,552 trilhão (alta de +1,1% no mês e +13,8% em doze meses). As operações com pessoas físicas somaram R$ 689 bilhões (+0,8% no mês), com destaque para o arrefecimento do crédito imobiliário, cujo crescimento em doze meses recuou para 19,8%. No segmento corporativo, o saldo registrou expansão mensal de 1,4%, atingindo R$863 bilhões, sobressaindo os financiamentos para investimentos com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que refletiram o efeito da depreciação cambial, e o crédito rural.

Entre os setores de atividade econômica, os créditos destinados à indústria de transformação, saldo de R$ 463 bilhões, cresceram 1,3% no mês, com ênfase no ramo de petróleo e combustíveis. Os empréstimos ao comércio registraram recuperação, alcançando saldo de R$ 301 bilhões (alta de +1,7%), enquanto os saldos destinados aos setores de administração pública e transportes totalizaram R$1 17 bilhões (+3,2%) e R$ 167 bilhões (+1,6%), respectivamente.

Consideradas as operações acima de R$1 mil, o crédito destinado à região Sudeste, alcançou saldo de R$ 1,698 trilhão, com expansão de 1,1% no mês, destacando-se as operações para pessoas jurídicas, que respondem por 60% do crédito na região e cresceram 1,7%. Nas demais regiões, nas quais predominam os empréstimos para pessoas físicas, o crédito registrou expansões de 0,6% na região Sul (saldo de R$ 548 bilhões), 0,7% no Nordeste (R$ 398 bilhões), 0,7% no Centro-Oeste (R$ 325 bilhões) e 0,7% no Norte (R$ 117 bilhões).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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