Salve o músico popular

Coluna 01/04/2007

Ocorre um fenômeno importante e pouco percebido no país, muito similar aos movimentos dos anos 1920, que antecederam a revolução de 1930.

Nas primeiras décadas do século, a elite intelectual, política e empresarial entregou-se ao internacionalismo ligeiro herdado do século 19. Nas boas casas, só se falava francês. As manifestações dos intelectuais, em geral, eram prenhes de preconceito contra o país, repisavam a tese da impossibilidade do Brasil aspirar a uma cultura autônoma. Estavam em voga inclusive as teorias raciais, que seriam derrubadas pelo grande Manuel Bomfim, o mais visionário dos brasileiros do seu tempo.

Paralelamente, dois movimentos relevantes levaram à redescoberta do Brasil. O primeiro, de grandes intelectuais que passaram a percorrer os rincões do país e entrar em contato com uma cultura riquíssima, que não chegava às capitais. Especialmente Villa-Lobos e Mário de Andrade abrem as janelas para a recuperação da auto-estima nacional através dos valores desse país do interior.

A segunda grande linha foi da música urbana, especialmente a carioca, que começa a ser modelada para estourar, a partir dos anos 30, como a mais importante manifestação cultural popular do país.

Essa “redescoberta” do Brasil antecede e impulsiona os grandes movimentos de mudança que se consolidam a partir dos anos 30.

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De certo modo esse ambiente está sendo repetido. Numa ponta tem-se o mesmo internacionalismo rastaqüera, de jovens PhDs cujo sonho é se tornar cidadãos de segunda classe em países de primeira, e que nos últimos anos passaram a dominar a política monetária e cambial.

É um movimento fortemente estimulado pela mídia, especialmente pelo que se poderia chamar de um certo espírito de Ipanema que ainda persiste -e que, desde os tempos áureos da bossa-nova tinha forte componente de preconceito contra esse Brasil do interior.

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À margem dos grandes meios de comunicação, no entanto, está sendo moldada uma geração musical riquíssima. Hoje em dia existem grupos de música instrumental e cantada produzindo uma obra extraordinária nos quatro cantos do país.

Em São Paulo e no Rio é possível constatar que está sendo formada a mais rica e variada geração de música instrumental da história.

Gradativamente, se percebem as novas levas de universitários voltando-se para esses valores, freqüentando esses centros de resistência cultural, que se tornam cada vez mais disseminados.

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Desde o plano Real esse Brasil acabou sendo submetido à ditadura de uma financeirização nefasta, em que produção, trabalho, inovação foram sufocados por um modelo econômico fundado em capitais especulativos e taxas de juros massacrantes. O que sustenta esse modelo é o mito da internacionalização, que, no campo financeiro, acaba assumindo a forma de clichês, tipo “fazer a lição de casa”, “reduzir benefícios da Previdência” etc.

Dois presidentes sucessivos se renderam a essa armadilha. No fundo, o país começará a sair desse córner pela recuperação da auto-estima, dos valores nacionais.

Como nos anos 20, na linha de frente dessa reação estarão os músicos e artistas populares.

Para incluir na lista Coluna Econômica*

Luis Nassif

22 Comentários

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  1. Sensacional a sua percepção,
    Sensacional a sua percepção, Nassif. De fato, existe este movimento rumo ao Brasilzão. Veja o sucesso de programas como o do Rolando Boldrim. Em MG, por exemplo, é grande o interesse pelas Congadas (aliás, vc poderia abordar as Congadas com mais frquencia por aqui, hein)
    Agora, o que nos falta é um grupo e/ou partido político para dar forma a essa força latente e empurrar o Brasil rumo à construção de uma inserção genuinamente brasileira no mundo.

  2. O pessoal ainda não se deu
    O pessoal ainda não se deu conta da importância do Gustavo Capanema, do Villa, do Mário de Andrade, ao lado de Noel, Ari, dos sambistas de morro, como o então jovem Cartola, Geraldo, Wilson. É por aí que vamos começar a virada, Maia.

  3. Perfeita a sua análise
    Perfeita a sua análise Nassif.
    Estamos há muito precisando reorganizar nossas análises de um Brasil que está gritando por outros rumos no pensamento acadêmico.
    Nossas academias ainda estão fincadas no conceito universal da arte através da arte, quando todos nós brasileiros gritamos pelo conceito universal do homem através do homem. Do homem brasileiro que vai se universalizar, não porque produz a mesma arte que um europeu ou um americano, mas porque estará sendo garantido a ele o direito sagrado como nesses paises de ver seus sentimentos, sua história valorizados através de sua arte. Infelizmente, muito do conceito acadêmico guarda um temor de parecer o que na verdade é, atrasado no pensamento, pior que isso, se posiciona muitas vezes com suas gritas de xenofobia contra qualquer conceito que queira dar conta do homem brasileiro. O interessante é que compram uma briga através de conceitos herdados de outros conceitos e, com isso, não cumprem o papel de atentos observadores do próprio povo. O resultado é que insistem em nos dar remédios para uma doença que não temos. Por outro lado, por uma defesa corporativista, todas as vezes que as grandes instituições têm pela frente um grande projeto a ser desenvolvido, é a esses acadêmicos que o estado brasileiro recorre. O interessante disso tudo é que como observador, ele não se inclui como brasileiro, como povo, nem seus pares, irmãos, pais, avós, enfim, sua ancestralidade, seus próprios sentimentos. Numa crença de que sua visão vai guardar toda e qualquer imparcialidade em prol do grande homem universal. O prático e o teórico nesse campo, falam línguas absolutamente distintas. Não me canso de, como músico popular, assistir a análises dos meus sentimentos completamente equivocados por alguém que se utiliza do discurso estatutário para me explicar. É como se alguém lhe dissesse, “você é assim, você é assado”, e você responde, é? Eu não sabia disso, estou sendo apresentado, aos cinquenta anos de idade, a mim mesmo. Depois da seção de terapia coletiva, o doutor em arte universal levanta o queixo, estala o nariz, enrola o seu canudo e o coloca na sua cartucheira de novo. E aí você diz, professor, professor, tem uma frase de Mário de Andrade que diz o seguinte:
    “Uma arte nacional não se faz com a escolha discricionária e diletante de elementos: uma arte nacional já está feita na inconsciência do povo. O artista tem só que dar para os elementos já existentes uma transposição erudita que faça da música popular, música artística.”

    Para completar o raciocínio Nassif. Em função do meu último trabalho, recebi certa vez um telefonema de um técnico que trabalha na recuperação da Bacia do Rio Paraíba, ele me fez uma observação das mais relevantes que já ouvi até hoje, “o homem brasileiro foi educado a dar as costas para as suas águas, por isso, construiu em torno do rio Paraíba suas residências de costas para o rio, facilitando a descarga de dejetos, fruto do seu desprezo pelo bem que o mantém de pé economicamente, além de ser elemento vital de sua sobrevivência como ser. E hoje está tendo que olhar essas mesmas águas com outros olhos, com muitos anos de atraso.” Por que tudo isso? Porque fomos educados a dar valor à costa brasileira e a valorizar um caricato Brasil francês.

    Estamos de fato num momento especial e não nos cabe desperdício desta grande oportunidade de trabalharmos uma idéia mais autônoma de país. Sem dúvida, a arte de um povo é o campo mais sólido para se criar a atmosfera de um novo pensamento. creio eu que o choro seja o emblema de grande catalizador de um Brasil extenso, diverso, atemporal. Imagino que o choro seja o elemento que agregue toda a nossa erudição, espontânea ou técnica da inteligência intuitiva a seriedade acadêmica.

    Este novo monumento de Niemeyer que será construído em Brasília, Espaço Cultural do Choro, estará lado a lado com outras grandes obras vitais do mesmo Niemeyer. Basta que o Brasil compreenda o significado desta nova instituição e lhe dê peso de moeda para que a partir do centro do país a nossa arte faça parte de estratégias de ação para um país maior.

    Em meio ao mais expressivo movimento de arte deste país, a Semana de 22 e suas enormes provocações, Mário de Andrade declara:
    “A música popular brasileira é a mais completa, mais totalmente nacional, mais forte criação da nossa raça até agora.”

    Concluimos Nassif, lendo o seu brilhante texto, que Mário de Andrade nunca esteve tão atual.

  4. Carlos, estou juntando um
    Carlos, estou juntando um grupo de pessoas para, no ano que vem, montarmos um grande evento multi-regional aqui em São Paulo: o “Redescobrindo o Brasil”. Os tambores do Vale do Paraíba serão convocados.

  5. Como sempre, amo seus textos,
    Como sempre, amo seus textos, mas agora discordo.
    Claro que os universitários estão freqüentando esses, como você disse, centros de resistência cultural, mas eles não representam a maioria da população.
    Justamente por não serem maioria é que freqüentam tais lugares.
    Música boa se faz em todas as camadas da população, das mais abastadas às mais pobres, mas ela não é divulgada nos meios de comunicação, a não ser em blogs como o seu. Manifestações pontuais não alteram realidades. Evidente que, se se tornarem cada vez mais freqüentes, as coisas mudam.
    E essa idéia também está em seu texto. Portanto, continuo sua fã e viva Fabiana Cozza, Chico Pinheiro, Tatiana Parra…!!!!!!!!

  6. Brambilla, no meio do músico
    Brambilla, no meio do músico mesmo, música não tem cor. Aquela história do nacionalismo, do anti-guitarra foi fruto da ideologização pesada do final dos anos 60. Mas nunca prosperou entre os músicos de fato.

  7. Caro Professor:
    Na Velha
    Caro Professor:
    Na Velha Guarda da Mangueira, esse era o parceiro do Barbosa.

    Honra e Glória Ao Ilusório

    Eu sigo a minha trajetória
    Eu sou o canto popular
    A História fica na memória
    Pra roda viva me enredar
    Dentro deste pobre coração
    O samba-enredo faz a voz da abolição
    Onde música é princesa
    Letra é porta-bandeira
    Abram alas pra canção
    Se soltar

    Refrão 1 – 2x
    Melodia do luar
    Tem poesia pelo ar
    Tamborim anunciou
    Que o sol raiou pra festejar

    É desse jeito que se tece a trama
    Meio aranha, meio drama
    Meio sonho sideral
    Quando o poeta vem co´a bola cheia
    A viola homenageia
    Dando o tom de arte final
    E o artista fica para sempre
    Ou só brinca de repente
    De durar um carnaval
    Pra cantar

    refrão 2 – 2x
    O tal do procurador
    Liberou pra me gravar
    Mas quem foi que se lembrou
    Do pobre do compositor

    Popular?

    (Barbosa e Netinho da Miúda)

    A menina vai fazer 10 aninhos em outubro.

  8. BRAMBILLA, que saudade de
    BRAMBILLA, que saudade de ouvir um bom contrabaixo!!!!!!
    Pureza está no ouvido de quem ouve e nas mãos (ou na voz) de quem toca (ou canta).
    Falou o professor mais valente que eu já tiveeeeeee!
    Ok – sou fã do Brambilla e do Nassif, ainda que divirjam entre eles…rs rs rs

  9. Caro Guto
    Entendo a tua
    Caro Guto
    Entendo a tua preocupação, mas como disse o Nassif, isso não se dá entre os músicos brasileiros. O próprio choro caminha de calças folgadas por qualquer trilha. E olha que tivemos ataques maciços de muitas culturas, argentina, francesa cubana, americana e etc e, no entanto, todas foram incorporadas ao choro. Garoto foi brilhante e incorporou conceitos do jazz em sua música, mas jamais sua música deixou de ser brasileira. As big bands no Brasil tocam até hoje choro de gafieira como a Tabajara, a Mantiqueira, ao mesmo passo que a Spock Frevo faz uma leitura também das big bands a partir do frevo numa incorporação fantástica. O que se precisa discutir é o fato da valorização das nomenclaturas. Por exemplo, dentro do Brasil, mesmo que você suba num palco de um festival de jazz e toque choro, o artista carrega um status bem maior do que se esse mesmo festival que, na maioria das vezes, é ouvida a mais pura música instrumental brasileira, seja festival de choro.

    Imagino que o estado brasileiro não trata como oficial a arte produzida no país e isso proporciona um custo altíssimo ao artista brasileiro que sem qualquer tipo de proteção, vê a sua arte desvalorizada e, com isso, perdemos muitos excelentes artistas que não vêem possibilidades de sobreviver de sua arte no Brasil. A nossa história está cheia disso. Ontem mesmo, passando pela Lagoa e Barra, vi dois banners sobre o filme Cartola, e aí não tem jeito de você esquecer que aquele mesmo personagem, hoje comemorado como grande artista brasileiro numa área nobre do Rio de Janeiro, foi redescoberto no momento em que era lavador de carros, e olha que Cartola já era Cartola. Por essas distorções todas o Brasil precisa rediscutir a sua direção, sem fechar portas para nenhum tipo de manifestação estrangeira, menos ainda, se for brasileira.

  10. O Banco Central, ao manter
    O Banco Central, ao manter uma bilionária reserva de dólares, em lugar de uma cesta diversificada de moedas, ouro etc., entre outras coisas ajuda os EUA a financiar seu gigantesco deficit e portanto, indiretamente, financia a guerra do Iraque, a próxima guerra contra o Irã, a ajuda militar bilionária dos EUA a Israel, o orçamento militar trilionário dos EUA etc…. Ora, como se sabe, a política externa e militar dos EUA é decidida diretamente pelo lobby judaico-americano APAIC, com seus representantes no governo ou fora dele, como o judeu Wolfowitz, o judeu já condenado Lewis Libby, o judeu Richard Perle, não se esqueçam do Kissinger, do finado Morgenthau etc…. Neste ponto indaga-se se membros da sinagoga como Ilan Goldfajn, Alexandre Schwartzman e outros, com sua dupla nacionalidade brasileira e israelense, e portanto lealdade questionável ao País, estão em condições de decidir sobre aquilo que é de interesse do Brasil… Assim como os americanos poderiam se indagar se a filial da sinagoga chamada Federal Reserve, com seus Greenspans e Shalom Bernankes, está servindo aos EUA ou aos interesses da sinagoga internacional… Meteram os EUA em guerras incessantes e num débito imenso… exatamente como fez a sinagoga da Inglaterra antes de ser expulsa em 1290 e inúmeros outros exemplos nos últimos 1000 anos de Europa… No caso do Brasil, qual é o beneficiário óbvio, imediato, das enormes taxas de juros, senão os proprietários internacionais de nossa fabulosa dívida interna? Quid prodest, ou seja, a quem interessa o crime das taxas de juros, executado por um moleque de recados conhecido… mas quem é o mandante?

  11. Estava falando sobre isso, na
    Estava falando sobre isso, na sexta, com amigos professores e alunos.

    Vou citar o caso aqui específico do ensino do jornalismo.

    Por muito tempo, o tripé formação tecnológica, formação crítica e formação estética fizeram parte da consolidação da cultura de um jornalista (você sabe que representa uma raridade…).

    Seja academicamente, ou por esforço próprio, estas três formações independentes umas das outras, mas articuladas, alimentavam mentes brilhantes.

    Mas, depois ou a partir dos anos 80, a terceira formação, a estética, tornou-se longe da comunicação.

    Pensa-se muito em formação técnica.

    Os tipos de avaliação como os provões nos últimos dez anos são bons exemplos dessa tragédia: não há uma questão sobre o pensamento estético.

    Fruto de uma vida gerenciada, tecnificada, formatada, sem muito lugar para a criação e a espiritualidade do artista, formamos tecnólogos sem capacidade crítica e críticos sem sensibilidade.

    Não por coincidência, esse período coincide com a decadência dos cadernos culturais (quem lembra do JB liderando movimentos nos anos 60, e da riqueza das revistas ilustradas nos anos 10 e 20?) , que hoje são repassadores de releases e cultuadores de celebridades.

    As universidades – importantes para o segundo movimento – deixaram de ser lugar de manifestações. Ficou démodé, pensar pela arte em ambiente de ensino, ainda mais de ensino de jornalismo.

    Se nos anos 20 – primeiro movimento – pensamentos estéticos de uma elite cultural – como os modernismos de Belo Horizonte, do Rio e de SP – e as retomadas populares como a do samba-batuque – falo de uma Tia Ciata, e dos compositores-ideólogos dos três templos – contra o samba maxixe geram o ambiente para que dois grandes mestres inaugurem nosso pensamento social – Sérgio e Gilberto – , nos anos 50/60, é a ousadia de meninos universitários frequentando o Zicartola que parece anteceder a força da nossa resistência.

    Torço para que realmente estejamos no curso de nosso terceiro movimento.

    Só discordo de uma coisa: talvez não venha de Ipanema. Embora também possa ocorrer em Ipanema.

    Talvez não venha do Rio-SP. Embora possa ocorrer também em Rio-SP.

    Pode vir por exemplo de Recife ou do Sul do Rio Grande do Sul.

    Só não se pode esquecer uma coisa: só haverá riqueza – como nos dois outros movimentos – se houver entrecruzamentos, heterogeneidade, miscigenações.

  12. Em tempo: não estou
    Em tempo: não estou divergindo nem contestando. Pelo contrário, estou convergindo e atestando este movimento que o Nassif colocou em discussão. Aliás não vi nenhum naciolista burro aqui. Isto é muito bom!
    Abraços a todos.

  13. Que coisa mais caipira isso
    Que coisa mais caipira isso de falar de auto-estima e valores nacionais, Nassif! Assim você nunca vai ser homenageado como o FHC na sinagoga de nosso rabino mão-leve!

  14. eu não entendo como a classe
    eu não entendo como a classe empresarial deixa um presidente mediocre desses , como nos temos, acabar com o mercado desse jeito, acabar com as empresas , as empresas estão com o pires na mão dependendo dos banqueiros , até pra pagar o 13º , as empresas tem que pegar emprestimos, o governo ta quebrando as empresas , socorro!!!

  15. Gostaria de ver um grande
    Gostaria de ver um grande economista como o Sr. Luis Nassif no comando de nossa economia….com a visão que tem, com certeza nosso Brasil seria muito melhor…

  16. Tema: As hidroelétricas e o
    Tema: As hidroelétricas e o meio ambiente

    Luis, achei o seu comentario muito valoroso e quero deixa um recado.

    O problema do Brasil é que tem pessoas demais e trabalho de menos.
    As hidroeletricas são essencias para o desenvolvimento, mas existem grupos políticos onde o seu interresse é provocar atrassos emvários campos para que o governo não ande e por consequência seja taxado de incompetência, isso aconteceu no governo FHC e está acontecendo com LULA. Outro mal, que você citou muito bem, são os entraves burocráticos que assolam esse país, tudo gera norma, para se defenderem deles mesmos, ou seja, é um tal de gato mordendo o próprio rabo.

    O país só começará a crescer quando metade dessa burrocracia for eliminada e os técnicos, esses sim, derem o parecer final.

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