Secretaria de Aviação Civil faz propaganda da Boeing nas redes sociais

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Novo aviação comercial da Embraer, o 190-E2 – Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Em meio à pressão para a consolidação da entrega da terceira maior fábrica de aviões do mundo, a brasileira Embraer, à norte-americana Boeing, a Secretaria de Aviação Civil do governo de Michel Temer divulgou em suas redes sociais uma propaganda da empresa americana.
 
“Você viu? O novo jato executivo terá autonomia de até 21.570 km, ou seja, mais da metade da circunferência da Terra! A aeronave será capaz de fazer, por exemplo, o trajeto Brasília Tóquio SEM ESCALAS PARA REABASTECER!”, esclamou a Secretaria de Aviação Civil, nas redes sociais.
 
A publicação divulgada no Twitter foi ainda acompanhada de uma matéria do portal Airway, que trata de notícias sobre a aviação, intitulada “Novo Boeing 777 Executivo poderá voar para qualquer destino no mundo”.
 
 
A matéria elenca as qualidades do jato executivo da empresa norte-americana. O nicho é hoje um dos principais e mais fortes da brasileira Embraer, conglomerado de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, além de produzir peças aeroespaciais. 
 
Foi a partir da fabricação dos jatos executivos Legacy 600 e 650, que passou a ser cnsiderada uma das empresas que mais cresceram em exportações no ano de 2012, figurando como uma das maiores exportadoras do país entre todos os segmentos da indústria e a terceira maior fabricante de aviões no mundo, abaixo somente da Airbus e da Boeing. 
 
Em meio aos avanços da norte-americana para concluir a tentativa de fusão com a empresa brasileira, na semana passada, a Justiça Federal de São Paulo havia concedido uma liminar para impedir, temporariamente, o processo de transferência da Embraer para a Boeing.
 
Entretanto, a medida foi derrubada pelo desembargador Souza Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), nesta segunda-feira (10).
 
Se o caso é alvo de decisões ainda judiciais, o governo de Michel Temer, que será sucedido por Jair Bolsonaro, mostra que defende a entrega da brasileira para o controle da empresa dos Estados Unidos, hoje líder no segmento. 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. É, ou não é?
    Com vocês, o ser ou não ser do governo Bolsonaro.
    Será que ele se manterá como “sendo” o defensor da indústria nacional? Como “sendo” o defensor das nossas riquezas estratégicas? Como sendo o defensor da nossa soberania? Como “sendo” o defensor da Embraer?
    Ou não?

  2. Ao Apagar das Luzes

    Nassif: onde está sendo depositado o “bicho” dessa vassalagem. Sim, porque degraça, nem relógio trabalha. É lógico que EliotNesse e dona “Charge” tão nem aí. Não vem ao caso…

  3. PQP! Ofélia só fala quando tem certeza!

    Faz falta mesmo o paredão do Fidel…. Para colocar jornalistas ignorantes lá, por escrever o que não sabem… Volta para o mobral! As classes dos aviões (Boeing e Embraer) são completamente diferentes… O maior avião da Embraer, um E-192, é pequeno comparado com um B777.  O nome “Boeing 777 Executivo” é apenas um apelo comercial para grandes… Grandes mesmos; executivos, personalidades do esporte, líderes de países ricos ou super estrelas do show business que possam comprar um jato exclusivo desse… Aliás, Sheiks e ditadores socialistas geralmente adoram esses modelos… A Embraer levaria mais alguns bocados de anos para desenvolver um avião nessa categoria. Assim, fica a dica, deleta o artigo! Apaga sem querer! Para não pegar mal para quem escreveu tamanha asneira… Pessoa completamente desinformada sobre aviação e aviação executiva. CALA A BOCA OFÉLIA!

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