
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Jornal GGN – Ontem (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 10,25% ao ano, na sexta redução seguida. Agora, a Selic está em seu menor nível em três anos e meio.
O mercado financeiro apostava em uma queda de 1,25% na taxa antes da crise causada pela delação de Joesley e Wesley Batista, da JBS. Depois do grampo que envolvia o presidente Michel Temer, os agentes do mercado começaram a prever uma redução de 1%.
Para o final de 2017, o esperado é que a taxa básica de juros continue caindo e fique em 8,5% ao ano. Porém, o Banco Central sinalizou que deve adotar cortes menores na Selic em razão da crise política.
“Em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado hoje deve se mostrar adequada em sua próxima reunião”, informou o BC.
O Banco Central também disse que o “aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo”.
Com a decisão do Copom, o Brasil saiu da liderança do ranking mundial da taxas de juros reais ( que leva em consideração a inflação prevista para os próximos 12 meses). O país tem taxa real de 4,30%, menor somente que os juros da Rússia, de 4,57% ao ano.
Em terceiro, aparece a Turquia, com taxa real de 3,63% a.a. Entre as 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 0,2% anuais.
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