Selic e spread bancário

Hoje, no Valor Econômico, a coluna do Luiz Sérgio Guimarães entrevista o economista André Modenesi explicando as relações entre Selic e spread. Como o pensamento não é linear, é possível que os cabeções do mercado tenham alguma dificuldade em entender as relações de causalidade apontadas:

(…) O economista André Modenesi, professor do Ibmec, lembra que o debate sobre as altas taxas de juros se dá em duas frentes. O primeiro é o elevado nível da Selic. O segundo é o caro spread bancário. Isso, de forma alguma, significa que variações na Selic não afetem o spread. A literatura tradicional enfatiza os determinantes microeconômicos do spread: inadimplência, tributação, custos operacionais. No entanto, é equivocado postular que a Selic não afeta o spread bancário. Mas há uma relação entre os determinantes macro e micro do spread. “Não é por acaso que no país onde se pratica uma das maiores taxas básicas de juros do planeta também se verificam spreads bancários exorbitantes”, diz Modenesi. A razão é muito simples: as LFT (títulos indexados à Selic) constituem um ativo especial ao possuir alta liquidez, elevada rentabilidade e risco desprezível. Com isso, diz o economista, os bancos brasileiros não precisam emprestar – apesar de a relação crédito/PIB ter crescido muito ela ainda é pequena – para gerar resultado; basta comprar LFT. “É por isso que os bancos brasileiros são altamente rentáveis apesar de não realizarem a contento sua função primordial: produzir empréstimos. Os bancos não precisam competir entre si na concessão de empréstimos para dar lucro”, diz. Ou seja, um problema macro – o elevado nível da Selic – tem repercussões micro, a baixa concorrência. E a baixa competição na concessão de empréstimos possibilita que os bancos sejam altamente seletivos na oferta de crédito, fazendo racionamento pelo preço. Conseqüentemente, a margem de intermediação é muito elevada. E, num momento marcado pelo aumento da incerteza e da aversão ao risco, é natural que os bancos aumentem ainda mais o racionamento do crédito, por meio de uma elevação de spread.Praticamente forçado por Lula a reduzir a taxa Selic, o presidente do Banco Central Henrique Meirelles defendeu-se dizendo que o problema do custo do dinheiro era o spread bancário, não a Selic – como se o BC não fosse responsável pelo sistema bancário como um todo.

Luis Nassif

39 Comentários

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  1. Luis Nassif,
    Então os cabeças
    Luis Nassif,
    Então os cabeças de planilhas que advogam que se crie um superávit suficiente para cobrir a rolagem da dívida e reduzir a dívida pública estão certos ao afirmar que com essa medida o spread e a taxa selic cairão?
    Clever Mendes de Oliveira
    BH, 27/01/2009

  2. Prezados Senhores,
    Prezados Senhores,

    Desculpe a ignorância, pois sou totalmente analfabeto em computação (minha geração é outra, não tenho paciência e coragem de dedilhar o teclado e perder tudo… tenho medo de virus, de travamentos, etc.).
    Leitor diário do Blog, antes era fácil enviar por e.mail as notícias que julgava interessante. E agora? como fazer?…

    Obrigado pela atenção

    Me prometeram há três semanas.

  3. O Banco central,como
    O Banco central,como sempre,continua a ser apóntado como o grande vilão da história,mas,mesmo forçando a barra,dá para perceber que a Selic não faz nem cócegas nos exorbitantes spreads bancários.
    Os bancos nacionais não teriam porque se contentar com o rendimento,ainda que sem risco das LFTs,isto é lorota . O grande problema enfrentado pelos bancos ainda é a incerteza jurídica,a morosidade,quando não,a completa ineficácia do sistema.
    Nenhum banco vai querer ganhar somente 10% se pode ganhar mais 1000%. A alavancagem no Brasil ainda é baixa,comparada com os bancos internacionais,e,istos está ligado a esta incerteza jurídica.

  4. O que se cobra de juro no
    O que se cobra de juro no brasil nâo é coisa de banqueiro é sim agiota de banco de praça, um verdadeiro escarnio, é um bando de criminosos sem lei, essa sim é a verdadeira elite sem escrupolus é sem vergonha na cara, tambem com gente do tipo de gilmar mendes no supremo, banqueiro no banco central, e economistas enpregados de banco pra palpitar, é juizes amigos de gerente de banco é uma festa.

  5. Concordo em número, gênero e
    Concordo em número, gênero e grau com Modenesi. Raciocínio lógico e cristalino.

    Também foi feliz Antonio Machado neste artigo do Cidade Biz:
    http://cidadebiz.oi.com.br:80/paginas/47001_48000/47035-1.html

    Ele discute a origem dos juros altos e percebe que remonta à transição para o real. E mais uma vez observa-se: o que era para ser provisório criou raízes e ficou. A necessidade de consolidar e fortalecer o sistema financeiro, então “viciado”, dependente da inflação, levou a adoção de juros altos nos primórdios do plano Real. E assim ficou. Vemos o efeito dessa “política” claramente na exposição cristalina de Modenesi.

  6. É, caro Álvaro, ESTATIZAR.
    É, caro Álvaro, ESTATIZAR. Bancos são um serviço público. A finalidade primordial da existência de um banco é prover crédito, o qual é indispensável ao funcionamento de qualquer economia. Os bancos brasileiros não prestam o serviço público para o qual existem – e mesmo assim têm lucros que, aqui ou em qualquer lugar, dificilmente são obtidos com atividades lícitas. Se é assim, o Estado tem de agir, e não continuar enfiando dinheiro goela abaixo das nossas combalidas casas bancárias. Portanto, ESTATIZAR, sim, sem dúvida.

    Porém, é claro que nossos banqueiros não precisam temer absolutamente nada. O gov Lula não tem nem mesmo coragem de ser reformista.

  7. Sou leigo. Mas entendo que
    Sou leigo. Mas entendo que todo cidadão comum deve compreender pelo menos o mínimo do funcionamento da economia e os economistas têm que ser didáticos a esse respeito. Então, será que foi por isso que o sistema bancário brasileiro não foi quase afetado diretamente pelas causas da crise mundial? Porque já era muito seletivo nos empréstimos, já que deles não dependia tanto? Creio que aí se encontra matéria para muito estudo e para importantes teses.

  8. Olá, Nassif

    Por essas e por
    Olá, Nassif

    Por essas e por outras é que volto a dizer: tem de estatizar o sistema financeiro. ES-TA-TI-ZAR! Os bancos privados não fazem a menor falta! Só atrapalham. Já foi o tempo em que serviam para alguma coisa! ES-TA-TI-ZA e ponto! O resto é conversa fiada!

  9. Caro Nassif,

    Acho que
    Caro Nassif,

    Acho que poderiam ser discutidas duas questões adicionais:

    – o quanto as aberrantes taxas cobradas, especialmente no crédito rotativo em conta corrente e cartão de crédito contribuem, elas mesmas, para o aumento da inadimplência.

    – como o fato de a Receita Federal aceitar o lançamento como prejuízos, para efeito de tributação, de créditos inflados em escala geométrica por juros de 190% (cheque especial) e 370% a.a. (cartão de crédito) estimula os bancos a manter essas taxas estratoféricas. Suponho que seja muito mais interessante lançar um suposto prejuízo que pode chegar facilmente à casa dos milhões de reais, mesmo no caso de um assalariado com pequeno limite de crédito (basta fazer as contas), do que entabular uma negociação para receber do devedor um valor corrigido por índices realistas.

  10. ES-TA-TI-ZAR, o retorno!
    Sem
    ES-TA-TI-ZAR, o retorno!
    Sem controle absoluto sobre a moeda não há governo que preste; sem controle absoluto sobre a moeda o governo não deixa a produção andar; sem controle absoluto sobre a moeda o governo não enfrenta o demprego; sem controle absoluto sobre a moeda o governo não investe em infraestrutura; sem controle absoluto sobre a moeda o governo não suporta a pressão das grandes empresas e suas grandes mídias; sem controle absoluto sobre a moeda não se faz política ambiental; sem controle absoluto sobre a moeda o País não exporta; sem controle absoluto sobre a moeda não há Sistema Único de Saúde; sem controle absoluto sobre a moeda não há Previdência Pública; ….

  11. Acho que entendi a mecânica
    Acho que entendi a mecânica demonstrada pelo ilustre economista. É a mesma adotada pela máfia, cafetões, traficantes e afins. Temos uma atividade principal que garante a sobrevivencia e substancial lucro (exploração do lenocínio, tráfico de drogas, jogo ilegal) que seria a Selic. Como atividade complementar, empresta-se a juros (usura) a juros escorchantes, mas deve valer mais a pena que a atividade principal (cafetinagem ou Selic), tem que pagar muuuuuuuito juro, ou morre com a boca cheia de formiga (Spread, custos e risco de inadiplência).
    É isso que se ensina nas escolas de onde saem os executivos dos bancos no Brasil? Ou não, né, isso é falta de caráter, já nasce com o cara.
    É o tal perfil de executivo.

  12. Bancos, como escrevo mais uma
    Bancos, como escrevo mais uma vez, são criaturas estúpidas e gananciosas. Vivem matando a galinha dos ovos de ouro, como diz o ditado popular.

    Eles reclamam que têm que manter os juros altos para compensar a inadimplência. Mas esta inadimplência é em grande parte alimentada pelos juros altos, que tornam as dívidas difíceis ou impossíveis de pagar (ainda mais na república de bananas onde vivemos, onde vale tudo). Se torna um círculo vicioso onde o juro alto deixa mais gente sem pagar e os bancos, adivinhem? aumentam os juros para compensar os inadimplentes. Deveriam ter deixado estes autênticos criminosos quebrarem e se esborracharem no chão, quem sabe aprendessem com os erros e se não aprendessem teriam que desaparecer e deixar o lugar para pessoas mais capazes.

  13. Balela,
    em setembro de 2005 a
    Balela,
    em setembro de 2005 a Selic estava em 19% e a taxa de rolagem do meu cartão de credito estava em 7.05%. Hoje, com a Selic a 12,75% o cartão cobra 12,75%.

  14. Banco;O grande câncer do
    Banco;O grande câncer do país.

    Pouco importa estatizado ou privado.

    AOs privados, o criador perguntou:

    quer um coração ou um cifrão?

    E aos estatizados:

    Vem pro meu partido que te arrumo uma boquinha.Com direito a greves,reinvidicações,emprego eterno,mamatas,segurança,estabilidade,aposentadoria garantida,benesses que outros mortais não tem.

    E PODE ATÉ VIRAR DEPUTADO OU ”SINDICALISTA REMUNERADO””( e como é remunerado….)

    bancos( estatal ou privado)

    A LEPRA DA NAÇÃO.

  15. Apesar da redução de impostos
    Apesar da redução de impostos e custos que afetam o crédito bancário, a parcela dos juros que embute o ganho dos bancos (o chamado “spread”) subiu no fim de 2008.

    De acordo com o Banco Central, o “spread” bancário subiu em dezembro para 30,6 pontos percentuais, o maior nível desde agosto de 2003. O spread é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros que eles cobram do consumidor e das empresas.

    O “spread “é composto por impostos, custos operacionais, inadimplência e também pelo ganho dos bancos. No último trimestre do ano, o governo reduziu compulsórios e impostos, mas não houve queda no “spread”.

    Em setembro, os bancos pagavam 14% na captação e emprestavam a 40,4% ao ano. A diferença era de um “spread” de 26,4 pontos. Em dezembro, os bancos já conseguiam dinheiro mais barato (12,6%), mas a taxa de empréstimo subiu para 43,2%, o que aumentou o spread para 30,6 pontos.

  16. Nassif,

    Vem o Wladimir
    Nassif,

    Vem o Wladimir alegar insegurança jurídica para os bancos funcionarem!!!
    Tem dó, insegurança é do cidadão brasileiro. Tente ao menos fazer uma reclamação de qualquer banco ao BACEN? Verás que infrutífera, pois, lá também, gozam de segurança injurídica para atuarem.
    O poder dos bancos, ao lidar com a economia, tem se mostrado maior que o do Presidente da República. Mas, não por falta de vontade do Presidente e, sim, pelo simples fato de deter os mecanismos financeiros, pelos quais, montam seu tabuleiro, que lhes foi deixado por governos anteriores.
    Não é apenas uma herança maldita, mas um poder de fato e de direito, que tem condicionado o funcionamento sadio e crescente de nossa economia real, aquela que gera o grande fluxo de riqueza e empregos.
    O crescimento do Brasil nos últimos três anos, só não foi maior, pelas exorbitantes taxas de juros, combinadas com cambio valorizado, onde diga-se de passagem, os bancos também, agiram, extorquindo as empresas mais afoitas, ambos jogando contra a política econômica do Governo.

  17. Nassif,

    Vem o Wadimir dizer
    Nassif,

    Vem o Wadimir dizer que não há segurança jurídica para os bancos!!!

    Tem dó, há é muita insegurança jurídica e econômica para o cidadão brasileiro.

    A política monetária, representa a maior segurança jurídica para os bancos brasileiros, que jamais, se viu em país algum.
    Não é só segurança jurídica, mas a certeza do ganho exorbitante e fácil.

    O sacrifício do crescimento da economia real nos últimos tres anos, foi em grande parte, causado por esta política, aliada a um cambio valorizado, onde também, atuaram os bancos.

    Os bancos, dotados de mecanismos financeiros próprios e, com o aval do BACEN, tem tido mais poder que o próprio presidente, que afinal, conseguiu dar um tranco e reduzir a SELIC. Isto porque, as ações do Lula, foram de enfrentamento desta situação caótica. Entrou no mercado comprando bancos, emprestou dinheiro do tesouro às exportadoras, e insiste para que os bancos estatais, dêem o exemplo na redução das taxas de juros nos empréstimos às empresas e ao consumidor.

  18. Estilo FHC/Lula :

    ““Tenho
    Estilo FHC/Lula :

    ““Tenho certeza de que a hora que ele puder falar, a primeira coisa vai dizer é que é preciso reduzir a taxa de juros”

    Lula se referindo a José de Alencar

  19. Nassif,

    O sr. André
    Nassif,

    O sr. André Modenesi, professor do Ibmec, pode usar o título de professor, pois explica direitinho as coisas. Engraçado que quando o sujeito tem a segurança sobre o que ele fala a explicação é sempre simples. O pessoal do BC poderia se inscrever para uma reciclagem com o professor, com sorte aprenderiam a deixar de falar empolado.

    abs.
    Rodrigo

  20. Nassif, faltou uma informação
    Nassif, faltou uma informação importantíssima, tanto na reportagem (entrevista) quanto na “ausência”de um comentário seu…. a gula do Estado brasileiro. Se o governo não pegasse quase todo o crédito para si (sim, concordo, pagando juros exorbitantes), então os bancos seriam obrigados a trabalhar com afinco para gerar lucros, criando competição, etc…..

  21. Nassif, existe alguma maneira
    Nassif, existe alguma maneira democrática direta, além de votar em representantes do povo onde possa exigir uma mudança desta situação?Uma ação poppular por crime contra a economia popular, sei lá? è muito forte não dá pé juridicamente?Por que o que está descrito no artigo se você chega na economia do dia a dia é simplesmente monopólio das taxas de crédito, tem que haver uma forma legal de mudar isto,não é possível, esta situação já é muito antiga!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  22. Não acredito que tenha que se
    Não acredito que tenha que se explicar essa relação ainda! É inacreditável que esse assunto ainda esteja em pauta!

    Se tiver economista que diga ao contrário eu sugiro um extermínio em massa, pois não vejo outra solução pra tamanha imbecilidade!

    Não sou economista, não trabalho no mercado financeiro, mas sei dessa relação, só por ser obvio demais!

    Contudo, tenho que admitir que não ser conveniente enxergar é bem diferente de não entender! Que por acaso deve ser o caso da maioria desses economistas! :O)

  23. Nassif, explica melhor aí
    Nassif, explica melhor aí essas questões propostas pelo Dourivan Lima

    Caro Nassif,

    Acho que poderiam ser discutidas duas questões adicionais:

    – o quanto as aberrantes taxas cobradas, especialmente no crédito rotativo em conta corrente e cartão de crédito contribuem, elas mesmas, para o aumento da inadimplência.

    – como o fato de a Receita Federal aceitar o lançamento como prejuízos, para efeito de tributação, de créditos inflados em escala geométrica por juros de 190% (cheque especial) e 370% a.a. (cartão de crédito) estimula os bancos a manter essas taxas estratoféricas. Suponho que seja muito mais interessante lançar um suposto prejuízo que pode chegar facilmente à casa dos milhões de reais, mesmo no caso de um assalariado com pequeno limite de crédito (basta fazer as contas), do que entabular uma negociação para receber do devedor um valor corrigido por índices realistas.

  24. spread bancário:

    É uma
    spread bancário:

    É uma falácia.

    Em qualquer tempo da história da humanidade, acontece o mesmo:

    Seja física, jurídica e o os própios bancos( que tbm é jurídica)

    Os juros sempre dependeram e dependerão por toda a eternidade, do tomador.

    Espirrou? Aumenta o spread .

    Sua saúde está excelente?

    Abaixa.

    isso serve pra todos.

    Qual é a novidade,hein?

    desde que o mundo é mundo é assim.

  25. Prezado Anarquista,

    Você
    Prezado Anarquista,

    Você matou a pau na sua análise. Só faltou falar da extorsão das tarifas bancárias e da usura dos juros cobrados pelos bancos. É que o nosso País é o paraiso dos bancos privados. Espero que isso mude com a crise.

    Abs.

    Edmar Melo

  26. Seria até importante se
    Seria até importante se distinguir setor bancário de setor financeiro. Setor bancário são os bancos propriamente ditos, e setor financeiro são os detentores de ativos financeiros. Nem sempre ambos são a mesma coisa, embora colaborem entre si.
    Não tenho nada contra os bancos pois, além de serem instituições financeiras, eles prestam um serviço social.
    Acho importante que haja bancos estatais, mas sou contra a estatização total do setor bancário. Porém, dada a abrangência com que podem operar, acho que se poderia pensar num modelo de concessões para exploração do sistema financeiro nacional.
    A questão do juro, no Brasil, é estrutural, tendo vários componentes: Se nos EUA existem os ‘primes’ e os ‘sub-primes’, nosso mercado de crédito opera quase que totalmente no ‘sub-prime’, elevando os juros pelo viés do alto risco. As contas públicas, em crônico desequilíbrio, obrigam o tesouro a se financiar no sistema financeiro, enxugando a liquidez, que poderia ser destinada à concessão de créditos. A taxa selic precisa remunerar juros reais que compensem as aplicações externas, pois o país necessita equacionar seu passivo externo líquido, com um fluxo favorável de divisas estrangeiras ($D)…
    Em resumo, o grande problema é mesmo político.

  27. E aí vem este:
    E aí vem este:

    escreve…escreve… e ”’explica” na última frase:

    “”Em resumo, o grande problema é mesmo político.””

    Eu pergunto:

    Quando foi que a política não esteve associada com poder( dinheiro)?

    Mais um que descobriu a América.

    Coitado do Cristóvão Colombo( e nos EUA é feriado, é sério)

  28. O raciocínio do André
    O raciocínio do André Modenesi é doce e fácil de ser engolido, porém na minha opinião, esconde o verdadeiro inferno que está por trás dele.

    O acordo sobre a soberania do nosso mercado financeiro, dinheiro incluso, que foi açambarcado por uma elite descompromissada com os interesses do Brasil e que pela fraude, se mantem senhora de tal privilégio.

    Já é hora de dar um basta a esta esdruxula situação, o Brasil precisa reagir, se demorar muito não vamos poder fazer nada.

  29. Nassif:
    Não existe
    Nassif:
    Não existe inadiplencia, os bancos não perdem nada quando algum cliente deixa de pagar, ou paga com atraso alguma fatura, mesmo que todos os cliente pagem em dias suas obrigações, as altissimas tarifas que cobram, já estão embutidos, supostos prejuizos, e quando algum deixa de pagar, os outros é que pagarão, o mesmo ocorre, com as faturas de agua, energia, telefonia, e praticamente tudo que cosumimos, os empresarios não perdem nunca, somente com as tarifas, os bancos tem lucros exorbitantes, não precisam nem desses luros astronomicos, mas a ganancia é insaciavel, e nós brasileiros, não temos a quem recorrer, porque os bancos estatais seguem no mesmo ritmo dos bancos privados. Solução há, só depende de nós mesmos, o dia em que o trabalhador se conscientizar, e atraves de seus sindicatos, criar uma associação de poupadores, essa associação ficaria responsavel por uma conta, (aberta em um banco), e todo o mes, os associados depositariam um valor que não pesasse no seu orçamento, digamos R$ 5,00 ou 10,00 reais, e no prazo de seis meses, o associado que necessitasse de algum emprestimo, poderia obter, pagando juros simbolicos, os juros proviniente desse emprestimos, deveriam ser rateados entre os associados, e quando a conta atingisse valor significativo, essas associações poderiam juntar-se e criar um pequeno banco, o que falta ao trabalhador e ao povo espoliado pelo sistema financeiro é reunir-se e lutar por seus objetivos, eu nunca vi dizer que banqueiro nasceu rico, ele enriqueceu com o dinheiro alheio, 5 centavos, não compram nada, mas se milhares de brasileiros deixarem em uma poupança, isso rendera milhares de reais para os banqueiros, a conversão de cruzeiro para real, rendeu aos bancos uma pequena fortuna, só com os centavos, que não puderam ser convertidos.

  30. A propósito… ajudando minha
    A propósito… ajudando minha esposa em um plano de negócios dela, descobri que os bancos simplesmente não tem interesse em conceder empréstimos! Simplesmente não há linhas de crédito visíveis para novos empreendedores. Não importa se eu queira oferecer uma casa como garantia. A gerente do Itaú chega a tentar me convencer da logicidade do banco não fazer empréstimos para quem ainda não está estabelecido, e me olhou como se eu fosse um marciano qdo eu disse (curioso, acabei de ler a mesma frase aqui) que a função principal dos bancos deveria ser justamente conceder empréstimos….

    No frigir dos ovos, o único empréstimo disponível é o tal do automático. Para os bancos, pouco importa se eu vou abrir um negócio ou comprar um guarda chuva…. triste, muito triste.. o que me leva a definição que vi alhures: banco é o cara que te empresta um guarda-chuva qdo faz sol e pede de volta quando começa a chover….

  31. Pra confirmar o que diz o
    Pra confirmar o que diz o “cidadão brasileiro”, trabalho na CETESB (CIA de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) e em nossa cia existe uma associação semelhante a que ele descreveu (chamada SECRES), que oferece crédito para seus associados a juros infinitamente inferiores do que os praticados pelos bandidos, digo banqueiros. Podem ser associados os trabalhadores da CETESB, SABESP e SMA. Os lucros de quem investe nesta associação também são infinitamente maiores do que os da poupança, por exemplo, e a segurança do investimento é altíssima, visto que o valor dos depósitos mensais (você escolhe quanto quer investir) são descontatos na folha de pagamento dos associados.

  32. Creio que o principal motivo
    Creio que o principal motivo para os elevados spread é falta de concorrência no sistema financeiro.

    É necessário utilizar os Bancos Públicos e o BNDES para reduzir gradualmente os juros cobrados nos financiamentos.

  33. Da Agência Estado divulgado
    Da Agência Estado divulgado pelo Último Segundo
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/29/cmn+aprova+linha+de+credito+especial+para+programa+revitaliza+3714908.html

    CMN aprova linha de crédito especial para programa Revitaliza
    29/01 – 18:24 – Agência Estado
    Brasília, 29 – O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje voto criando uma linha de crédito especial no âmbito do programa Revitaliza, instituído para ajudar as empresas “órfãs do câmbio”, para o setor de Fruticultura. Segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a nova linha, que será voltada para capital de giro, terá R$ 200 milhões e taxa de juros de 11% ao ano e prazo de três anos.

    Ele explicou que o foco da medida é ajudar os exportadores de frutas da região Nordeste e evitar cortes de postos de trabalho no setor em função do impacto da crise internacional, que reduziu a demanda por produtos e os preços……………….

  34. Do Valor Online divulgado
    Do Valor Online divulgado pelo Último Segundo

    Empresa tomadora de ACC terá mais tempo para embarcar mercadoria
    29/01 – 18:15 – Valor Online

    BRASÍLIA – O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou o prazo de comprovação de embarque de mercadorias que estejam ligadas a operações de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), para exportadoras que estão com dificuldade ou tiveram suas compras canceladas por conta da crise externa. O prazo normal é de 360 dias para a entrega dessa documentação.

    Segundo a decisão de hoje, os bancos poderão prorrogar até 31 de janeiro de 2010 o prazo de ACCs fechados até hoje………………

  35. Da Agência Estado divulgado
    Da Agência Estado divulgado pelo Último Segundo do IG
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/29/bb+amplia+oferta+de+credito+para+capital+de+giro+3712984.html

    Banco do Brasil amplia oferta de crédito para capital de giro
    29/01 – 17:34 , atualizada às 17:44 29/01 – Agência Estado

    BRASÍLIA – O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta quinta-feira uma ampliação da oferta de capital de giro para as empresas. O banco reabriu a linha de crédito com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para capital de giro às empresas localizadas em aglomerações produtivas.

    A linha de crédito tem o nome de Capital de Giro Progeren. O empréstimo é destinado às pessoas jurídicas dos ramos industrial, comercial e de prestação de serviços de micro, pequeno e médio portes com faturamento bruto anual de até R$ 60 milhões.

    Segundo o BB, para a atual temporada, o banco manteve as principais condições oferecidas aos seus clientes em 2008, quando as contratações na linha de crédito foram encerradas. Os encargos financeiros são de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 9% ao ano, o que representa uma taxa de aproximadamente 1,23% ao mês.

    O valor mínimo do empréstimo é de R$ 5 mil e o máximo pode chegar a R$ 4 milhões, de acordo com o porte e a receita operacional da empresa. O prazo de pagamento é de até 24 meses, incluindo período de carência de até 12 meses. O empréstimo pode ser contratado até 30 de dezembro de 2009

  36. Do Valor Online divulgado
    Do Valor Online divulgado pelo Último Segundo do IG
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/29/banco+que+repassar+linha+do+bc+vai+avaliar+risco+de+credito+de+tomador+3713086.html

    BRASÍLIA – O Banco que repassar recursos tomados em leilões de moeda estrangeira do Banco Central (BC) direcionados ao financiamento de exportação (ACC) passa a ser o responsável pela análise do risco de crédito da empresa tomadora. A mudança foi aprovada nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), após a autoridade monetária reconhecer que estava criando ” uma dificuldade desnecessária”. O estoque dessas linhas, até agora, está em US$ 6,3 bilhões.

    A regra anterior determinava que o repasse dos dólares só poderiam ser feitos a empresas classificadas nos três primeiros níveis (AA, A e B), ou seja, top de linha, mas da central de risco de crédito (SCR) do BC.

    Só que os bancos não têm acesso à classificação do SCR, podendo acessar apenas a quais instituições financeiras a exportadora deve.

    Portanto, os bancos estavam dependendo da fiscalização do BC para obter tais informações. Agora, o CMN determinou que o repasse poderá ser feito a empresas que se enquadrem nos três primeiros níveis, com base na classificação de risco de crédito do banco que faz o empréstimo dos dólares.

  37. Nassif,
    Mais uma
    Nassif,
    Mais uma piada……
    tudo ia bem no país do sem. Sem-dinheiro, sem casa, sem dignidade, sem ética. Era bolsa para tudo quanto é lado (até cachorro tinha…)
    De repente, veio uma tempestade de arrepiar os cabelos…
    Rapidamente, abriram o Grande Manual de Desculpas Esfarrapadas, e surgiu a seguinte interpretação:
    a culpa é do spread…..mas como nao podemos deixar transparecer que sabíamos e fomos coniventes, alguém tem que levar a culpa. senão, como ficam as próximas eleições?
    Para que tanta preocupação? O povo vai achar que “spread” é algo para comer ou beber….

    abraço

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