Selic tem mais uma tímida queda e vai para 13,75% ao ano

Jornal GGN – Ontem (30),  o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou uma nova redução da taxa Selic, a taxa de juros básicos da economia. A queda foi de 0,25 ponto percentual e agora está em 13,75%.

Em outubro, o Copom fez a primeira queda da Selic em quatro anos, também em 0,25. Após a reunião, o BC divulgou comunicado afirmando que a inflação ficou mais favorável que o esperado, “em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida”.

O resultado conversador era esperado, mesmo com alguns analistas acreditando em um corte maior da Selic.

Outro ponto destacado pelo Copom foram as projeções para  a inflação, que recuaram e agora estão em 6,6% para este ano. Para 2017, os cenários de referência e mercado projetam inflação de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Já para 2018, a expectativa é de inflação em torno de 3,6% e 4,6%.

Apesar de tais indicadores, o Copom também apontou preocupação com o cenário externo, principalmente em relação à vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.

“No âmbito externo, o cenário apresenta-se especialmente incerto. O aumento da volatilidade dos preços de ativos indica o possível fim do interregno benigno para economias emergentes”, afirma o comunicado, dizendo que também que existe uma possibilidade alta de “retomada do processo de normalização das condições monetárias nos EUA no curto prazo e incertezas quanto ao rumo de sua política econômica”.

O corte de 0,25 ponto percentual na Selic foi criticada por entidades patronais e sindicais. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) disse que o corte foi “pífio”.  Ao optar por cortes de 0,25 pp [ponto percentual], o Banco Central sabota a retomada de crescimento da economia, condenando-a à estagnação para os próximos anos e produzindo a ampliação no número de desempregados”, disse a entidade.

Já a Força Sindical, do deputado Paulinho da Força (SD-SP), considerou a redução “tímida”, dizendo que o Copom perdeu a oportunidade de sinalizar ao setor produtivo que o país “não bajula mais os especuladores e o rentismo”.

“O novo governo precisa entender que a taxa de juro em patamares estratosféricos tem sido uma ferramenta pouco eficaz no combate à inflação, pois, além de encarecer o crédito para o consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda e piora o cenário de recessão da economia”, disse a Força em nota assinada por seu presidente.

Redação

3 Comentários

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  1. Com a SELIC caindo nesse

    Com a SELIC caindo nesse ritmo, não vai sobrar ninguém nem para apagar a luz quando o Brasil terminar de ser leiloado para os rentistas.

  2. Queda da Selic e estoque da dívida

    Estão enrascados: se a taxa de juros cai, parte do estoque da dívida automaticamente sobe. De qualquer maneira quem for credor do governo sempre ganhará. Quem entrardepois pode receber menos.

  3. Política monetária errada

    O Banco Central matou a galinha dos ovos de ouro. O Ilan errou feio desta vez, poderia ter feito muito melhor. O Brasil ficou para trás, mas os que lucram por aqui  também. Típica situação perde-perde levada a cabo por alguém inexperiente, despreparado e por que não, burro.

     

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