Seminário da Escola de Economia FGV – 2

Yoshiaki Nakano
Considerado um dos conselheiros econômicos do candidato Geraldo Alckmin, o professor Yoshiaki Nakano apresentou os seguintes dados e análises em sua palestra:

O que deveria ser uma política monetária desenvolvimentista:

1. Taxa de juros como instrumento para equilibrar contas e capital, evitando volatilidade e contágio, respeitando a paridade de juros. Isto é, o Copom não pode fixar uma taxa de juros que seja maior do que a taxa internacional mais risco Brasil.

2. Metas de inflação declinantes ao longo de anos até chegar a algo entre 2 e 4% ao ano. Prudentemente, Nakano não define prazos.

3. No caso de uma pressão de demanda capaz de aumentar a inflação, o Banco Central deverá subir os juros. Mas, nesse caso, deverá utilizar instrumentos transitórios de controle dos capitais de curto prazo, como tempo de permanência ou taxas de equalização.

4. Desconectar a política de dívida pública da monetária e efetuar mudanças em algumas regras operacionais do BC.

Na transição para o novo modelo, há dois problemas a se contornar:

1. Num quadro de incerteza, pessoas têm que tomar decisões, que criam convenções que se cristalizam. Tem que quebrar algumas convenções.

2. Ter apoio político para dar prosseguimento.

Nos diversos casos de ajuste bem sucedido, houve as seguintes características:

Ajustes fiscais bem sucedidos e persistentes:
Ter magnitude, ser relativamente grande.
Não pode se basear em aumento de impostos
Política monetária mais expansionista, expandindo crédito para setor privado.
Mudança na taxa de câmbio: melhora preços dos tradables. Ajuste fiscal forte reduzindo pressão dos non-tradables.

Luis Nassif

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