Setor público apresenta déficit de R$ 2,3 bilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O setor público consolidado – governos federal, estaduais, municipais e empresas estatais – apresentou um déficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. No mesmo mês de 2014, foi registrado superávit de R$ 2,13 bilhões. O saldo negativo ocorre após superávit de R$ 21 bilhões em janeiro, puxado principalmente pelos estados e municípios.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o resultado ainda é positivo em R$ 18,763 bilhões graças ao superávit de janeiro O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida, reduzindo o endividamento público no médio e longo prazo. O déficit de fevereiro foi puxado pelo governo federal. No mês passado, o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) teve resultado fiscal negativo em R$ 6,671 bilhões.

As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobrás, também registraram déficit, de R$ 1,047 bilhão. Os governos estaduais e municipais voltaram a ter saldo positivo, de R$ 4,653 bilhões e R$ 547 milhões, respectivamente.

Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 56,3 bilhões em fevereiro, comparativamente a R$18 bilhões em janeiro. Contribuiu para essa elevação o resultado desfavorável de R$27,3 bilhões das operações de swap cambial no mês, ante o resultado favorável de R$10,8 bilhões em janeiro.

No acumulado no ano, os juros nominais somam R$74,4 bilhões, ante R$42 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$343,7 bilhões (6,65% do PIB), elevando-se 0,84 p.p. do PIB em relação ao observado em janeiro.

O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$58,6 bilhões em fevereiro. No ano, o resultado nominal deficitário soma R$55,6 bilhões, comparativamente a déficit de R$ 20 bilhões no primeiro bimestre de 2014. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 379,5 bilhões (7,34% do PIB), 0,92 ponto percentual do PIB superior ao registrado no mês anterior.

O déficit nominal de fevereiro refletiu expansões de R$54,7 bilhões na dívida mobiliária, de R$5,1 bilhões na dívida bancária líquida e de R$717 milhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, contrabalançadas, parcialmente, pela redução de R$1,8 bilhão no financiamento externo líquido.

No ano, o superávit primário acumulado é de R$18,8 bilhões, ante um superávit de R$ 22,1 bilhões no primeiro bimestre de 2014. No acumulado em doze meses, registrou-se déficit primário de R$35,8 bilhões (0,69% do PIB), comparativamente a déficit de R$ 31,4 bilhões (0,61% do PIB) em janeiro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Gastança

    Todo chefe de família e toda dona de casa sabe que se gastar mais do que se recebe dá nisso! Menos o governo da Dilma. A solução não é aumentar a arrecadação as custas do trabalhador e do empresário. A solução é diminuir o custo da máquina administrativa, mantendo os projetos sociais.

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