Superávit primário até outubro é o menor em 15 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O governo federal, Estados e municípios efetuaram a menor poupança conjunta nos últimos 15 anos: dados do BC (Banco Central) mostram que o superávit primário acumulado no ano chegou a R$ 51,2 bilhões, bem abaixo dos R$ 88,2 bilhões apurados entre janeiro e outubro do ano passado. Já o saldo acumulado em 12 meses ficou em R$ 67,9 bilhões, ou o equivalente a 1,44% do PIB (Produto Interno Bruto), igualmente abaixo do registrado em setembro, quando a variação foi de R$ 74,1 bilhões, ou 1,58% do PIB. 

Em outubro, o setor público consolidado apresentou um superávit primário de R$ 6,2 bilhões. Ao longo do período, o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) apresentou um superávit primário de R$ 5,257 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais alcançaram superavits de R$ 694 milhões e R$ 238 milhões, respectivamente. 

O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida, atingindo um total de R$ 17,717 bilhões em outubro, e a R$ 194,923 bilhões nos dez meses do ano. Em 12 meses encerrados em outubro, os gastos com juros chegaram a R$ 230,356 bilhões, o que correspondeu a 4,89% do PIB. 

Segundo o BC, o maior número de dias úteis no mês e o resultado menos favorável das operações de swap cambial contribuíram para essa elevação. No ano, os juros nominais totalizaram R$ 194,9 bilhões, comparativamente a R$ 178,4 bilhões no mesmo período de 2012. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 230,6 bilhões, 4,89% do PIB, reduzindo-se 0,02 p.p. do PIB em relação ao observado em setembro.

Com esses resultados, foi registrado déficit nominal – formado pelo resultado primário e as despesas com juros – de R$ 11,528 bilhões, no mês passado, chegando a R$ 143,769 bilhões no período de janeiro a outubro, e a R$ 162,466 bilhões em 12 meses (3,45% do PIB), alta de 0,12 ponto percentual do PIB ante o visto em setembro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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