Telefônica Brasil lucra R$ 579,7 milhões no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A Telefônica Brasil, empresa dona da marca Vivo, encerrou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 579,7 milhões, resultado 12,3% menor em relação ao apurado em igual período do ano anterior, devido ao aumento das despesas financeiras. Segundo os dados divulgados pela empresa, a receita operacional líquida cresceu 4,3% de janeiro a março em relação a um ano antes, para R$ 8,98 bilhões. A empresa considerou esta a melhor variação apurada em cerca de três anos.

A receita do serviço móvel avançou 8,4%. Sem o efeito de redução da taxa de interconexão, a alta seria de 11,6%. No segmento fixo, houve recuo de 4%. “Com bom avanço em receitas, mas piora no resultado financeiro, a companhia fechou o trimestre com lucro líquido abaixo da expectativa do mercado. A empresa mostrou representativa expansão da base pós-paga (+16,0%) e a receita móvel cresceu 8,4% no período, impulsionada pelo crescimento de dados e SVA”, dizem os analistas da corretora Concórdia. “Em fixo, o decréscimo da base de voz e estabilidade em banda larga, foram parcialmente mitigados pelo avanço de 22,7% em TV por assinatura. Já a receita do segmento fixo mostrou redução de 4%, com efeito do menor número de acessos, redução regulatória das tarifas e efeito da substituição fixo/móvel’.

Os custos operacionais totalizaram R$ 6,41 bilhões no trimestre, com crescimento de 6% no comparativo anual. O indicador refletiu o ambiente econômico mais difícil, maiores custos com compra de conteúdo, além dos maiores gastos com garantia de qualidade e aumento de capacidade.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 2,57 bilhões, praticamente estável em relação a um ano antes. “Os gastos operacionais, que foram 6% superiores, foram afetados principalmente por serviços de terceiros e PDD (provisão para devedores duvidosos), além do aumento de contingências, refletido na linha de outras despesas. A combinação desses fatores levou ao Ebitda praticamente estável e à perda de 1,2 ponto percentual (p.p.) na margem”, pontuam os analistas.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 217,8 milhões, ante as perdas de R$ 88,3 milhões um ano antes – uma variação de 146,6% -, como reflexo do maior endividamento e do aumento da taxa de juros. “Menor disponibilidade de caixa e a variação dos indexadores da dívida refletiram na piora da despesa financeira líquida – que passou de R$ 88,3 milhões para R$ 217,8 milhões neste primeiro trimestre -, justificando a redução do lucro líquido na comparação anual. No entanto, importante destacar que a companhia ainda registra baixa alavancagem, com a relação dívida líquida/Ebitda em 0,25x ao final de mar/15”.

A empresa anunciou a distribuição de R$ 270 milhões na forma de dividendos intermediários e R$ 515,0 milhões em juros sobre capital próprio, com base na posição acionária do dia 25/mai/15. O pagamento dos referidos proventos será realizado até o final do exercício de 2016.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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