Temer espera reduzir taxa de juros ainda este ano

Jornal GGN – O presidente interino Michel Temer disse em entrevista para a grande mídia que espera uma redução na taxa de juros até o final deste ano. “Tem um efeito concreto mas tem também o psicológico muito acentuado. As pessoas, quando você diminui juros responsavelmente, elas dizem agora vai, não adianta reduzir de 14,5% para 7% só para fazer um populismo. Precisa diminuir responsavelmente”, disse.

De acordo com o interino, a “energia” do governo está voltada para o “resgate da confiança”. “Precisamos de medidas que possam alegrar os investidores”, afirmou. Mesmo assim, ele não nega que novos impostos sejam propostos no futuro. “Até o presente momento, o governo não falou em tributo”. Mas a economia é assim, pode mudar. É algo que pode ser mudado no futuro”.

Do Valor Econômico

Temer “espera” queda de juros este ano e não descarta novos impostos

Por Raymundo Costa

O presidente interino, Michel Temer, espera que os juros comecem a cair ainda este ano, segundo afirmou nesta sexta­feira em entrevista ao Valor e mais quatro jornais.

“Os juros têm que ser resolvidos responsavelmente”, afirmou, não podem ser reduzidos “por populismo”. Na opinião de Temer, se a queda dos juros é responsável, cri­se no país o clima de “agora vai”, por menor que seja a redução.

Questionado se reduzir juros é fundamental, Temer se estendeu na resposta:

“Eu acho que ajuda [a redução dos juros]. Agora, tem de ser juros reduzidos responsavelmente e há esta ideia, tanto que já conversei com o ministro da Fazenda, com o presidente do Banco Central, rapidamente no dia que dei posse ao Ilan [Goldfajn], isto é importante. Tem um efeito concreto mas tem também o psicológico muito acentuado. As pessoas, quando você diminui juros responsavelmente, elas dizem agora vai, não adianta reduzir de 14,5% para 7% só para fazer um populismo. Precisa diminuir responsavelmente”.

Perguntado se a redução poderia ser ainda neste ano, disse: “Eu espero que sim. Grife o ‘eu espero’”.

Impostos e alegria

O presidente interino não descartou a possibilidade de criação de novos impostos. “Até o presente momento, o governo não falou em tributo”, disse. “Mas a economia é assim, pode mudar. É algo que pode ser mudado no futuro”. No momento, a energia do governo está voltada para o resgate da confiança”.

“Externamente, é preciso dar credibilidade para que os investimentos venham. Vejam, [o Congresso] aprovou o projeto que dá 100% de participação de estrangeiros em empresas aéreas. Reconheço que particularmente entre o investidor externo ainda há uma preocupação, as pessoas indagam isto, tenho ouvido isto, sobre o que vai acontecer em agosto. Fica este presidente que está aí, vem outro presidente? Como vai ser? Esta ainda é uma dúvida que, digamos assim, mais uma vez, a interinidade provoca em terceiros, não provoca em mim, mas em terceiros”.

“Precisamos de medidas que possam alegrar os investidores”, disse Temer. O presidente interino contou que pediu sugestões para a equipe econômica de medidas que podem ser tomadas no curto prazo para estimular a economia. Enquanto espera, trata de aprovar aprovar medidas no Congresso que ajudem na recuperação da credibilidade do governo federal.

“Tenho consciência da interinidade, o que não significa parar o país”, afirmou Temer. Ele disse que a interinidade não representa para ele “nenhuma amarra — não é a pessoa que está em pauta. É a Presidência da República”, disse.

Redação

5 Comentários

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  1. Confiança, efeito

    Confiança, efeito psicológico… pura baboseira. Concretamente, o governo golpista adota o receituário absolutamente tradicional frente a uma recessão. Aumento da meta do deficit primário, socorro aos governos estaduais e provavelmente redução de juros. É preciso sustentar a demanda agregada. Simples assim. Mas o discurso é o de ajuste fiscal. É preciso manter a coerência com o discurso anterior, e ajuda nas reformas, isto é, na apropriação pelo capital do fundo público e dos ativos do estado por meio das privatizações. A tolice de adotar medidas recessivas em meio a uma recessão, ou seja, cavar o fundo do poço, já cumpriram seu papel: inviabilizar o governo da Dilma e produzir as condições objetivas para o golpe. Mas tudo isso nos leva a pensar: quem, afinal, foram os tolos nessa tragédia toda?

  2. Vai sonhando….

    “Precisamos de medidas que possam alegrar os investidores”,

    Uma delas poderia ser a volta de Dilma! rs, rs, rs

    Duvido que alguém possa estar alegre e confiante com um sujeito traidor como ele no Governo. Temer é traidor e provisório, dois quesitos fundamentais que travam a qualquer um que pretenda investir no Brasil

  3. O Básico na economia
    O Básico na economia sustentável de um País consiste em o governo federal estados e municípios através de um plano nacional de País, e não de poder político, pensar o melhor caminho de desenvolvimento possível com aquilo que temos hoje em mãos e desejamos para futuro com metas e leis claras e bons exemplos naquilo que refere-se a não gastar mais do que se arrecada, criando-se e assim um alto nível de poupança doméstica atrelada ao investimento em longo prazo como em áreas estratégicas sito educação que se traduz em ciência e tecnologia atrelando maior valor agregado a bens e serviços, seguida da melhor gestão possível dos recursos públicos, política de livre mercado estado de tamanho necessário sem contaminações ideológicas, como não podemos deixar de repetir na área econômica de livre mercado o não intervencionismo que no Brasil é imenso com políticas populistas de cunho esquerdista assistencialista com amento do gasto público que em sua maioria é custeio da máquina e não de investimento em áreas estratégias de nossos desequilíbrios sociais, do gastar como não houvesse o amanhã sem contrapartida de poupança doméstica, cria-se um atalho que manipula através do banco central o câmbio as reservas compulsórias do sistema bancário a taxa de juros amentando a oferta artificial de moeda, criando-se a falsa ilusão de crescimento a longo prazo um gigante com os pés de barro com consequências no endividamento das famílias, queda de arrecadação, elevando a dívida pública a um nível de sangria das contas, com aumento da inflação e para combatê-la a mesma a velha tática de trincheira, aumento dos juros para combater uma inflação que não advém de demanda de bens e serviços mas do custo Brasil, taxas e tributos, preços administrados pelo governo, que asfixia o pequeno e médio empresário que necessita de crédito com juros na casa que todos ganhem e não só a banca, política está que prova-se que crescimento a base do consumo a reboque de uma das mais altas cargas tributárias do mundo a serviço da dívida, devido ao baixo nível de poupança doméstica, endivida-se o País para obter um crescimento fajuto, que no futuro revela-se não sustentável sem ganhos de produtividade real pelos motivos expostos e quem paga a conta evidentemente é claro os mais pobres a classe média os aposentados que dedicaram a vida ao país, jovens que são o futuro da Pátria que não é mais mãe mas já nasceu órfã, de futuro, sonhos e objetivos mas não podemos perder as esperanças como não mais ser inocentes com tantos exemplos pelo mundo a fora e estar cometendo os mesmos erros e condenando  o País ao eterno vou de galinha é como assinássemos um atestado de burrice eterna, e isso é inaceitável não podemos admitir eleger presidentes sem agenda de País, sem conhecimentos firmes com  bases econômicas sólidas de conhecimento das sangrias que assolam o País e como enfrenta-las.

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