Transações correntes fecham julho com déficit de US$ 6 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As transações correntes brasileiras apresentaram um déficit de US$ 6 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Com isso, a variação acumulada em 12 meses chega a US$ 78,4 bilhões, valor equivalente a 3,45% do PIB (Produto Interno Bruto). Já o balanço de pagamentos apresentou superavit de US$ 5,2 bilhões em julho.

Na conta financeira, destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED), que atingiram US$ 5,9 bilhões. Já a conta de serviços registrou deficit de US$4,5 bilhões em julho, 12,2% acima do valor registrado no mesmo mês de 2013.

Ao mesmo tempo, as despesas de brasileiros no exterior chegaram a US$ 2,415 bilhões, em julho, o maior resultado registrado na série histórica mensal do indicador, iniciada em 1995. Nos sete meses do ano, os gastos no exterior alcançaram US$ 14,9 bilhões, contra US$ 14,403 bilhões em igual período de 2013. Em julho do ano passado, as despesas totalizaram US$ 2,194 bilhões. As receitas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 789 milhões em julho, contra US$ 540 milhões igual mês do ano passado. De janeiro a julho, as receitas chegaram a US$ 4,436 bilhões, contra US$ 4,020 bilhões nos sete meses de 2013. Com esses resultados de despesas e receitas, a conta das viagens internacionais ficou negativa em US$ 1,625 bilhão, no mês passado, contra US$ 1,654 bilhão em julho de 2013.

As despesas líquidas com transportes somaram US$ 680 milhões em julho, decréscimo de 30,8% comparativamente ao mesmo mês de 2013. Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se as elevações de 53,2% nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos; de 22,8% com computação e informações; de 21,1% com royalties e licenças; e de 15,2% em seguros, na mesma base de comparação.

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$ 3,2 bilhões no mês, 2,4% inferiores ao resultado de julho de 2013. As remessas líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 1,1 bilhão, recuo de 9% na comparação a igual período de 2013. As despesas líquidas de juros alcançaram US$ 2,1 bilhões, mantendo-se estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. As saídas líquidas de renda de investimento direto atingiram US$717 milhões, ante US$ 1,1 bilhão registrado no mês equivalente de 2013. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira totalizaram US$2 bilhões, aumento de 31,2% na mesma base de comparação, enquanto as despesas de renda de outros investimentos atingiram US$ 512 milhões, recuo de 28,8%.

No mês, as transferências unilaterais registraram ingressos líquidos de US$ 170 milhões, 38,4% inferiores ao resultado de julho de 2013, quando o valor ficou em US$ 276 milhões. O ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$ 165 milhões, redução de 7% no mesmo período comparativo.

De acordo com os dados divulgados, os investimentos brasileiros diretos no exterior em julho registraram retornos líquidos de US$ 2,4 bilhões. A aquisição líquida de participação no capital de empresas no exterior somou US$ 775 milhões, enquanto os ingressos líquidos provenientes de empréstimos intercompanhias somaram US$3,2 bilhões.

Os outros investimentos brasileiros registraram retornos líquidos no exterior de US$ 2,1 bilhões, compreendendo, dentre outros, uma redução de US$ 9,9 bilhões no saldo de depósitos mantidos por bancos brasileiros no exterior, e expansão de US$1,1 bilhão nos depósitos de empresas não financeiras. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior somaram US$ 6,7 bilhões no mês.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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