Vale reduz lucro trimestral em 7,6%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A mineradora Vale encerrou o primeiro trimestre de 2013 com um lucro líquido de R$ 6,366 bilhões, o que corresponde a uma redução de 7,6% sobre o resultado no mesmo período de 2012, quando o montante foi de R$ 5,9 bilhões. Mas houve melhora em relação aos R$ 4,102 bilhões dos últimos três meses.

 

Segundo balanço divulgado ao mercado (pelas regras brasileiras de contabilidade), maiores pagamentos de impostos e menores variações monetárias e cambiais são as principais razões da queda do lucro básico em comparação com primeiro trimestre de 2012, mais do que compensando o EBIT (lucros antes de juros e impostos) mais alto.

 

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 666 milhões, apresentando melhora ante a perda de R$ 1,637 bilhão vista no quarto trimestre de 2012. De acordo com a companhia, o câmbio e as variações monetárias exerceram um efeito favorável sobre o indicador, fazendo com que o lucro sofresse um acréscimo de R$ 271 milhões, em comparação com as despesas e ganhos financeiros de R$ 661 milhões no quarto trimestre de 2012.

 

O lucro operacional medido pelo EBIT (lucros antes de juros e impostos) ficou em R$ 8,3 bilhões, alta de 36% ante o quarto trimestre de 2012 e de 20,1% sobre os primeiros três meses do ano que passou. A margem operacional foi de 38%, medido pela Margem EBIT ajustado, após excluir os efeitos não recorrentes.  

 

A receita operacional totalizou R$ 22,332 bilhões, caindo 12,9% em relação ao quarto trimestre, devido aos embarques sazonalmente mais baixos (R$ 4,845 bilhões), especialmente de minério de ferro (R$ 3,956 bilhões), pelotas (R$ 321 milhões) e fertilizantes (R$ 389 milhões). Os preços mais altos compensaram parcialmente este efeito em R$ 1,656 bilhão, dos quais R$ 1,338 bilhão com minério de ferro, e R$ 691 milhões com pelotas.

A Vale ressalta que “custos e despesas tiveram uma boa performance no primeiro trimestre, tendo um papel importante na melhora do nosso resultado financeiro”. Comparado ao primeiro e o último trimestres de 2012, custos e despesas apresentaram uma redução significativa, com economia de R$ 48 milhões e R$ 5,447 bilhões, respectivamente.

Os custos com produtos vendidos (CPV) foram de R$ 11,438 bilhões, queda de R$ 2,769 bilhões em relação ao quarto trimestre de 2012 e um aumento de R$ 521 milhões se comparado ao primeiro trimestre. Segundo a companhia, os menores volumes (-R$ 1,461 bilhão) e depreciação (-R$ 98 milhões) contribuíram para a queda dos custos, enquanto a variação cambial aumentou os custos em R$ 75 milhões.

 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi 14,4% maior, alcançando R$ 10,4 bilhões, e foi considerado pela empresa um dos melhores desempenhos em um primeiro trimestre, inferior apenas ao primeiro trimestre de 2011, quando os preços do minério de ferro, níquel e cobre bateram o pico na recuperação da Grande Recessão Global de 2008-2009.

 

 

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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