Jornal GGN – O valor bruto de produção da agropecuária brasileira (VBP) em 2015 está estimado em R$ 481,4 bilhões, segundo levantamento elaborado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O montante é 1,3 % maior em valores reais que o obtido no ano passado.
Dos R$ 481,4 bilhões contabilizados, as lavouras contribuíram com R$ 309, 2 bilhões, e a pecuária com 172,2 bilhões. A pecuária teve um crescimento real de seu valor de produção de 2,2%, enquanto o avanço apurado pelas lavouras chegou a 0,8 %.
Em nota, o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques, diz que o valor bruto da produção deste ano é o maior nesta série, cujo levantamento teve início em 1989. As atividades agrícolas que vêm apresentando os melhores resultados do VBP são a cebola, com aumento real de 183,6 %; pimenta do reino, 64,1 %; soja, 4,9 %; milho, 4,2 %; e trigo e algodão, 1,1 %. Na pecuária, acrescenta, os melhores resultados foram da carne bovina, com aumento de 7,8 %; suínos, 3,2 %; e ovos, 1,3 %.
Entre os produtos que têm apresentado redução do VBP em 2015, destacam-se a maçã, com -20,8 %; uva, -19,5 %; tomate, -12,9 %; mandioca, -7,7 %; amendoim, -5,7 %; e laranja, -5,3 %. Na pecuária, frango e leite também tiveram queda no faturamento neste ano, com -7,3 % e 0,2%, respectivamente.
De acordo com o levantamento, os preços agrícolas mais baixos têm marcado a presente safra. Entre as atividades analisadas neste levantamento, a maior parte apresenta preços abaixo dos vigentes em 2014. Em alguns produtos, como soja e milho, o aumento de produção compensou a queda de preços, resultando em ganhos no VBP.
Os dados regionais mostram uma superioridade da Região Sul, com VBP de R$ 139,9 bilhões. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste, com R$ 130,3 bilhões; Sudeste, com R$ 121,0 bilhões; Nordeste, com 47,6 bilhões; e Norte, 28,4 bilhões. Em ordem decrescente, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Minas Gerais são os estados com maior valor da produção neste ano.
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Se a venda de produtos sem nota não fossem tão expressivas…