Criptomoedas: vamos perder o bonde da história?, por Luciano Kalatalo

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Thinkstock

Vamos perder o bonde da história novamente?

por Luciano Kalatalo 

Comentário ao post “As criptomoedas e os crimes contra a economia popular, por Luis Nassif

Vamos perder o bonde da história novamente? Sim, tanto o mercado de criptomoedas como o de startups vive uma bolha. Seria o caso de interceder e proibir ambos? Ou pensar que seria o despontar de uma nova maneira de fazer negócios, cujos os modelos econômicos atuais não capazes de explicar? No caso das startups por exemplo, a Argentina hoje possui políticas públicas bem claras a respeito , sendo bem mais eficiente que o nosso BNDES. Para as criptomedas sugiro acompanhar o mercado japonês que está sendo pioneiro em regulamenta-las, justamente por ter sentido na pele a primeira fraude de grandes proporções neste mercado – ver caso MT Gox.

Sim, entre as milhares de criptomoedas existentes, muitas são esquemas de pirâmide, porém também existem projetos inovadores e audaciosos, exemplos:

Ethereum – mais que uma moeda é uma plataforma de “smart contracts”. Não seria interessante termos projeto similar no Brasil visando modernizar nossos cartórios? O SERPRO está com uma inciativa

NEO –  inciativa asiática similar ao Ethereum 

SYSCOIN  – moeda com proposta de ser um market place descentralizado global. Se conquistarem pelo menos 1% do mercado da amazon já será um estrondo

Enfim, acho perigoso jogar tudo no mesmo balaio. Bitcoin não se enquadra na mesmo categoria da kriptacoin, que realmente era um esquema de pirâmide.

Posso listar vários fatos que corroboram para minhas apostas nas criptomoedas:

Tanto o morgan stanley como o goldman sachs operam criptomoedas atualmente, clique (aqui).

A própria Venezuela tenta construir sua própria cryptomoeda numa tentativa de romper as sanções americanas, clique (aqui).  

A Rússia também se movimenta, clique (aqui). 

Promover a caça as bruxas das criptomoedas é repetir novamente o erro da lei da reserva de informática dos 80s, uma herança maldita do regime militar. Ou erro pior, que foi ignorar o poder das redes sociais, tanto a China quanto a Rússia agiram antes que facebook e google dominassem o seu mercado doméstico, os protestos de 2013 mostraram quem estava certo.

 

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

7 Comentários

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  1. Na Historia nem tudo que é

    Na Historia nem tudo que é novo é uma tendencia e  uma evolução. Pode ser apenas uma onda. O mundo está cheio de bobagens que duraram enquanto houve idiotas para comprar a ideia. Quando surgiu o E-book um bom numero de “sabios” disse que em dez anos o livro impresso acabaria. Não aconteceu e o E-book não pegou como  algo inevitavel, não atinge 5%

    dos leitores de livros. Muita tolice é apresentada como “avanço” e não fica de pé por muito tempo.

    Quando surgiu a TV o radio foi condenado como velharia. Esquemas de fraude economica surgiram através da Historia,

    tiveram certo espaço de tempo porque o estoque de idiotas é inegotavel.

    A lição da Historia não é uma evolução constyante, é um caos, com avanços, recuos, retrocessos e novos caminhos diferente do novo-antigo que parecia novidade.

    Há 400 amos surgiu uma febre especulativa com “” TULIPAS’ que durou certo tempo. O BITCOIN é a tulipa de hoje.

    1.  
      André, a onda agora é

       

      André, a onda agora é revolucionária e não apenas evelucionista. Veja, a Kodak foi engolida pelas novas tecnologias. O mesmo deve acontecer com a indústria automotiva. A questão não é mais de melhorar os carros, mas de fabricar computadores sobre rodas.

      Tudo está mudando !

      1. Mas nada muda na velocidade e

        Mas nada muda na velocidade e na direção que os oraculos preveem antes de que aconteçam.

        Nada mais revolucionario do que a invenção da maquina a vapor, mudou o cocneito de trabalho que prevalecia  igual há 10.000 anos, baseado na força dos musculos.

  2. Hahaha.
    A produção mundial de
    Hahaha.
    A produção mundial de idiotas supera em muito a criação de boas idéias. Por isso tantos idiotas se acham gênios.

  3. Mude-se o que quiser.

    Mude-se o que quiser. Dinheiro, porém, continuará sendo apenas símbolo de riqueza e não riqueza em si. Isso não tem como mudar, é da natureza do que é dinheiro. Saiu disso, corrompeu. Ninguém come dinheiro, veste dinheiro, usa dinheiro para ir e vir… Dinheiro, em papel ou metal, já é apenas significado, não é significante. Imagine agora meras anotações codificadas em binário em HDs por aí, então… pior que as tais sub-primes.

    Dinheiro que não é produto do trabalho, é bobagem, recurso para aumentar concentração e desigualdade.

    O “bonde da História” me lembra de modismos: uma hora o cóz das calças é largo – e todos usam largo para não perderem o bonde da História. Outra hora é estreito e… lá vamos, de novo, seguindo a turba, conduzida pela propaganda comercial-ideológica das firmas privadas. E um monte de gente com fome e com o potencial humano sub-aproveitado.

  4. Revolucionário foi a pólvora,
    Revolucionário foi a pólvora, o papel, a teoria da evolução, a fissão nuclear, etc. Coisas que mudaram a maneira de pensar e agir da humanidade. Bitcoins é apenas um fundo especulativo, que logo desaparecerá depois de deixar alguns muito ricos e muitos com pires na mão. O mundo está mudando, mas ele ainda precisa 3 coisas desde que ele é mundo: água, comida é energia.

  5. Revolucionário foi a pólvora,
    Revolucionário foi a pólvora, o papel, a teoria da evolução, a fissão nuclear, etc. Coisas que mudaram a maneira de pensar e agir da humanidade. Bitcoins é apenas um fundo especulativo, que logo desaparecerá depois de deixar alguns muito ricos e muitos com o pires na mão. O mundo está mudando, mas ele ainda precisa 3 coisas, desde que ele é mundo: água, comida e energia.

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