A situação da UnB, a inércia e a covardia
por Luis Felipe Miguel
A situação orçamentária da UnB está dramática, como efeito em primeiro lugar da famigerada PEC dos gastos públicos. Além disso, lidamos com conflitos internos mais incandescentes do que o necessário, devido a uma incapacidade de diálogo entre a administração central e parte do movimento estudantil (salomonicamente, eu diria que a incapacidade é de lado a lado), que levou à ocupação da reitoria, na semana passada, por um grupo de alunos. Hoje, foi decretado um dia de paralisação e estudantes fizeram um protesto na frente do MEC.
Ou melhor: tentaram fazer. Depois de poucos minutos de manifestação absolutamente pacífica, diante de um efetivo absurdamente desproporcional de policiais, a cavalaria foi jogada contra eles, com disparos de balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio.
Cenas de dar orgulho a Newton Cruz. A repressão policial contra manifestações populares não precisa mais de motivo ou pretexto, nem se prende a qualquer moderação.
Enquanto isso, a Associação dos Docentes da UnB, que se mantém inerte diante da crise da universidade, assim como inerte esteve e está ao longo do desmonte de nossos direitos ou face às ameaças à autonomia acadêmica e à perseguição oficial contra um de seus associados, prepara mais um jantar dançante.
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E o Ministério Público calado…
O Ministério Público, que é o controle externo da atividade policial, por determinação da Constituição, não faz nada. Nem se ouve qualquer manifestação deles.
Me pergunto se essa inação é por viés ideológico ou simples falta de vontade mesmo…
Ministério Público
Alan,
depois do delaguenol, o ministério público perdeu a noção de suas atribuições.
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Velhos tempos, velhos dias…
Fazia tempo que não se via o povo sob as patas dos cavalos.
“Novos” tempos se anunciam.
Normalidade democrática
Eis a “plena democracia” nacional bananeira, com as instituições funcionando normalmente; tudo dentro do mais estrito estado de direito.
Só matando!